MOSCOU

O experiente EDUARDO COUTINHO filmou no ano passado JOGO DE CENA, aclamado pela crítica como um de seus melhores documentários.
Passados pouco mais de doze meses, apresenta-nos outra obra, porém ao contrário da anterior, fica devendo e muito na maioria dos quesitos, entregando-nos algo frouxo e pouco “aproveitável”.

A intenção dele é óbvia: homenagear atores e atrizes de teatro, de forma bastante inusitada e, num primeiro momento, chega até ser interessante.
Porém a falta de dinamismo, faz o público desligar-se do roteiro já nos primeiros vinte minutos e grande parte do impacto é diminuído, por um texto maçante e massacrante.

Escolhe-se uma peça de Checov para ser encenada, num tempo mínimo e colocando referências atuais dentro daquele contexto.
Os noventa minutos arrastam-se – e praticamente um terço da platéia no Festival de Paulínia, retirou-se antes do término – e MOSCOU transforma-se num mar de boas intenções má dirigidas.

Daí os créditos finais sobem, COUTINHO narra frases em off, que já não fazem sentido – pois estamos anestesiados, pela pouca mobilidade vista até então – e damos graças a Deus pelo fim da sessão.
Dentre todos, MOSCOU foi o filme mais pretensioso que o CINEMA E PIPOCA acompanhou lá em Paulínia.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: --