CONDUTA DE RISCO

O cinismo hollywoodiano impressiona. Vendem “produtos fáceis” aos espectadores mirins praticamente todo ano, porém, quando chega época de Oscar, produções cabeça saem do forno numa velocidade bombástica.
Percebendo a empatia dos votantes da Academia para com sua “nova fase”, GEORGE CLOONEY (ONZE HOMENS E UM SEGREDO), assina CONDUTA DE RISCO como produtor executivo – juntamente com STEVEN SODERBERGH – passando toda responsabilidade a TONY GILROY (roteirista de ADVOGADO DO DIABO).

Como ocorreu na obra prima BOA NOITE E BOA SORTE, presenciamos diálogos densos, feitos para terem relevância e nunca jogados sem fundamentalismos (TOM WILKINSON e CLOONEY na delegacia é prova disso).
Ponto importante fica por conta das personalidades individuais de cada personagem (Michael Clayton principalmente), complementando ainda mais roteiro impactante.
Misturando belíssimas fotografias claras e escurecidas (lembrando muito as do suspense COLATERAL) e edição impecável, somos sugados aos minimalismo da produção.

TILDA SWINTON (CONSTANTINE), aproveita cada segundo, entregando-nos atuação estupenda (lhe rendeu Oscar) e SYDNEY POLLACK (diretor em A INTÉRPRETE), faz última aparição nos cinemas (logo após veio a falecer).

Ainda há luz no final do túnel e CONDUTA DE RISCO é exemplo disso, basta produtoras prontificarem-se e espectadores darem retorno necessário. Afinal, tais gênero também são entretenimento (e de alto nível).

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 25 Milhões de Dólares