Ao assistir O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON, senti saudades do DAVID FINCHER de CLUBE DA LUTA ou SEVEN – OS SETE CRIMES CAPITAIS.
Não que seu novo filme seja uma total perda de tempo, mas é um épico pouco emocional, calcado na imagem do galã BRAD PITT – no terço final, seu rosto se confunde com o de uma boneca de porcelana, tamanha perfeição ‘computadorizada’ – e feito única e exclusivamente para arrebatar prêmios mundo afora.
O roteiro fantástico de um homem que nasce velho e vai rejuvenescendo ao longo dos anos, renderia uma obra prima lindíssima, caso o ‘comandante’ fosse outro. Seu primeiro ato é até promissor, porém o roteiro de ERIC ROTH alonga-se muitíssimo, dando sérios sinais de desgaste. Outra situação que me incomodou, foi o fato de algumas passagens e revelações serem tão clichês que já sabia a próxima cena, antes mesmo delas acontecerem.
A maquiagem está sublime, a fotografia e a reconstrução da época idem, mas como não deixar de citar FORREST GUMP nesta crítica – já que o roteirista foi responsável pelas duas películas –, pois há semelhanças gritantes entre os dois personagens centrais e todo ambiente que os envolve.
CATE BLANCHETT (NÃO ESTOU LÁ) está pragmática e sem brilho, ao dar vida a Daisy, ao contrário de TILDA SWILTON (CÓDIGO DE CONDUTA) e as narrações em off (que não são poucas) irritam.
FINCHER nunca esteve tão perdido, raz ângulos nervosos em seqüências inoportunas, mescla a história americana – e seus ‘heroísmos’ - com a de Button e coloca uma idosa moribunda para nos fazer chorar.
Não é preciso esperar as 2 horas e 47 minutos, para percebermos a capacidade do diretor em criar muitos maneirismos com sua mão pesada e poucas imagens que valham realmente a pena.
Assim como o furacão Katrina que vai assolar Nova Orleans – local onde a ‘Daisy idosa’ e sua filha estão –, O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON assola nossos neurônios com todas as pieguices e despreparo do cinemão hollywoodiano.
Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Ano Lançamento: 2008 (EUA)
Dir.: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton, Elle Fanning, Jason Flemyng, Elias Koteas
ORÇAMENTO: 150 Milhões de Dólares
1 comentários:
Esse filme é fascinante, ele me remete á minha própria vida, porque minha namorada é vinte anos mais velha do que eu e sei que mais cedo ou mais tarde.... pra ser exato daqui á uns vinte anos eu estarei com a idade dela hoje. E ela terá sessenta anos.
Mas isso não me incomoda porque eu falo pra ela que nascemos um para o outro na hora certa, e no momento certo.
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