BESOURO tinha tudo para ser o nosso primeiro ‘herói nacional’ com H maiúsculo, pois todos os elementos estão lá: o lance da segregação racial como fator primordial para o desenvolvimento do personagem central, os orixás como mestres e sábios, a capoeira como forma de libertação, as paixões proibidas e muito da fauna e flora brasileira.
Mas, há momentos em que as seqüências beiram a panfletagem publicitária – é impossível ver as filmagens embaixo da água, por exemplo, e não se lembrar dos comerciais televisivos presentes em qualquer emissora – até porque, o diretor JOÃO DANIEL TIKHOMIROFF, faz parte deste nicho e tem no currículo várias premiações em Cannes.
Apesar disso, BESOURO é um suspiro de inovação no cinema nacional, que já estava carente de outros gêneros, senão os de ‘drama na favela’ e as irritantes ‘globoxanxadas’.
As lutas até apresentam-se bem, mas infelizmente não podemos dizer o mesmo dos atores na hora de atuar. O trio principal, formado por AÍLTON GRAÇA, ANDERSON SANTOS DE JESUS e JÉSSICA BARBOSA, quase soletram as falas e o triângulo amoroso, por eles encenado é dispensável e medíocre, tendo pouca ou nenhuma química durante os 90 minutos frente às câmeras.
Para coreografar as batalhas, foi chamado o chinês HUEN CHIU KU – o mesmo de KILL BILL e O TIGRE E O DRAGÃO – e é louvável tal experiência e expectativa criadas.
Inspirado livremente no livro ‘Feijoada no Paraíso’, de Marco Carvalho, a produção conta a história do maior capoeirista de todos os tempos, que viveu na época da escravatura. Desde pequeno foi treinado pelo mestre Alípio e, quando este é assassinado parte para tentar vingança e libertar seu povo da opressão.
No fim, BESOURO acaba escondendo-se demais dos inimigos e deixando os espectadores sedentos por mais batalhas épicas.
Como a primeira tentativa de criar um herói ‘identificável’ com os cinéfilos e grande parte dos espectadores, TIKHOMIROFF enraíza uma pequena e valiosa mostra do que podemos esperar daqui para frente em relação a aventura e ação.
Título Original: Besouro
Ano Lançamento: 2009 (Brasil)
Dir.: João Daniel Tikhomiroff
Elenco: Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa, Flavio Rocha, Irandhir Santos, Macalé
ORÇAMENTO: 10 Milhões de Reais
11 comentários:
Cara, gostei da critica. bateu com tudo que imaginei do filme.
me frustrei demais com esse filme.
Desculpa a franqueza... mas o filme é muito ruim!
cara quando eu vi o trailer na internet eu fiquei de queixo caido, pensei q veria um puto filme de ação tupiniquim mas foi só decepção, meu deus onde q bahiano fala dakele jeito? qpee
O filme poderia render muito, muito mais. Mas foi uma experiência super válida. Espero ver uma sequência, ou outros filmes do gênero.
Esse filme passou em branco.
Desculpa a franqueza... mas o filme é muito ruim! [2]
Voto do Capitão Nascimento pra heroi nacional!
AHsAUhSusha
na verdade na verdade...
o filme precisa melhorar muito para ficar ruim ainda...
Bom eu assisti o filme e não achei ruim. Também não achei um filmaça, e fui outro q esperava muito mais, mas foi longe de ser uma decpção. Gostei da experiência de uma nova proposta de tema para o cinema nacional, pois sinceramente mostrar favela ou bandidagem, comédinhas romanticas ou filmes que focam no nordeste já estava cansando.
O cinema nacional precisa buscar novos ares e Besouro foi uma iniciação. Que venham novos filmes com mais variaçõs que o que vemos agora.
Esse filme tinha que melhorar muito pra conseguir ficar ruim.
A categoria dele vai além é trash do começo ao fim, sem falar nos cliches e erros históricos.
é pura que começa
finalmente um filme fora das favelas e documentarios sobre a pobreza do brasil
mesmo assim
por enquanto meu heroi de filme brasileiro é o cap. nascimento
Nâo gostei do filme. Com o decorrer da história, minha expectativa era enorme para oo final do filme. O que eu tive foi uma tremenda decepção e um sentimento de "perda de tempo".
Não recomendo e não recomendei a ninguém que me perguntou.
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