É a segunda vez que RODRIGO ARAGÃO 'aparece' aqui nas páginas do Cinema e Pipoca. A primeira, foi para falar sobre Mangue Negro e agora, que está finalizando A NOITE DO CHUPACABRAS, ele volta e abre o jogo sobre dificuldades e prazeres de se fazer cinema por aqui!
CINEMA E PIPOCA: Após todo trabalho relacionado a MANGUE NEGRO, você acha que ficou mais fácil de fazer este novo longa?
RODRIGO ARAGÃO: Não (risos)
Estou trabalhando com parte da equipe Mangue Negro e com algumas pessoas novas. A produção está mais profissional e afinada, temos o dobro de orçamento e de pessoal. Melhoramos não apenas em relação às pessoas, como também, ao equipamento e continuamos com as locações maravilhosas do Espírito Santo, agora nas montanhas e cachoeiras. Com isso, todos os envolvidos têm outro nível de comprometimento. Se Mangue Negro foi a nossa escola, “A NOITE DO CHUPACABRAS” esta sendo a faculdade.
CP: Os patrocínios chegaram mais rápido?
RA: Também não. Nunca recebemos nenhum tipo de patrocínio. ” A NOITE DO CHUPACABRAS” tem como produtor executivo Hermann Pidner, o mesmo de Mangue Negro e, continuamos tentando fazer cinema independente auto-sustentável. Sei que isto parece um sonho, mas sonhar é o primeiro passo.
CP: Existem muitas lendas sobre o Chupa-Cabras e suas supostas vítimas por aí? Chegou a entrevistas alguém que tenha 'visto' o bicho para ter idéias de roteiro?
RA: Na verdade não. O roteiro é todo fruto de minha imaginação, mas, eu já tive uma experiência estranha quando 14 galinhas foram mortas no quintal de casa em 1997, no auge das historias sobre o Chupa-cabras. Mais tarde descobrimos que o culpado foi um Husky Siberiano, mas admito que foi assustador. Desde então criei interesse na criatura.
CINEMA E PIPOCA: Após todo trabalho relacionado a MANGUE NEGRO, você acha que ficou mais fácil de fazer este novo longa?
RODRIGO ARAGÃO: Não (risos)
Estou trabalhando com parte da equipe Mangue Negro e com algumas pessoas novas. A produção está mais profissional e afinada, temos o dobro de orçamento e de pessoal. Melhoramos não apenas em relação às pessoas, como também, ao equipamento e continuamos com as locações maravilhosas do Espírito Santo, agora nas montanhas e cachoeiras. Com isso, todos os envolvidos têm outro nível de comprometimento. Se Mangue Negro foi a nossa escola, “A NOITE DO CHUPACABRAS” esta sendo a faculdade.
CP: Os patrocínios chegaram mais rápido?
RA: Também não. Nunca recebemos nenhum tipo de patrocínio. ” A NOITE DO CHUPACABRAS” tem como produtor executivo Hermann Pidner, o mesmo de Mangue Negro e, continuamos tentando fazer cinema independente auto-sustentável. Sei que isto parece um sonho, mas sonhar é o primeiro passo.
CP: Existem muitas lendas sobre o Chupa-Cabras e suas supostas vítimas por aí? Chegou a entrevistas alguém que tenha 'visto' o bicho para ter idéias de roteiro?
RA: Na verdade não. O roteiro é todo fruto de minha imaginação, mas, eu já tive uma experiência estranha quando 14 galinhas foram mortas no quintal de casa em 1997, no auge das historias sobre o Chupa-cabras. Mais tarde descobrimos que o culpado foi um Husky Siberiano, mas admito que foi assustador. Desde então criei interesse na criatura.
CP: Dá uma resumida para a gente da história de A NOITE DO CHUPA- CABRAS.
RA: Um jovem casal retorna à terra de origem, no interior do Espírito Santo. Eles reencontram os parentes, transtornados pela morte misteriosa de todos os animais da fazenda, além disso, os velhos conflitos do passado que atormentam duas famílias rivais. Os irmãos Silva estão convencidos de uma vingança planejada pelos Carvalho, porém, o pai sabe que algo muito mais sinistro se esconde na mata.
CP: Como foi criar o visual do monstro? Tiraram as idéias de onde?
RA: Esta foi a parte mais divertida de todas, quatro meses de trabalho e cinco horas para vestir a complicada roupa em Walderrama dos Santos, ator que interpreta o monstro. Baseei-me em pontos comuns de varias ilustrações da criatura, e claro, alguma liberdade artística, afinal, fazer um monstro que ninguém sabe muito bem como se parece, é uma das melhores coisas da profissão.
CP: Acredita que, após esses anos, o cinema de terror nacional conseguiu seu espaço ou ainda depende muito de realizadores independentes como você ?
RA: Estamos em um caminho que se abre um pouco mais a cada ano, mas, ainda falta muito para o cinema de gênero ter um espaço digno no mercado Brasileiro. Acho que os diretores de filmes de terror são os únicos que tentam fazer cinema auto-sustentável neste país. Este é o ponto em comum mais importante de filmes como Capital dos Mortos, do Tiago Belotti; Porto dos Mortos, do Davi de Oliveira Pinheiro e Mangue Negro. Todos são filmes que não receberam apoio de leis e que tentam se pagar com retorno do publico e não do governo.
CP: Tem em mente algum tipo de continuação para MANGUE NEGRO, após a ótima repercussão do longa?
RA: Estou fazendo uma trilogia que se passa nos ecossistemas que cercam a região onde moro, o primeiro filme se passa no mangue, o segundo na mata atlântica e o terceiro será no litoral e terá o titulo de “Mar Negro”, quando criaturas marinhas são contaminadas por uma misteriosa mancha negra. Tenho a impressão que Petrobras não vai querer me dar dinheiro para filmar isto. (risos)
CP: E para finalizar, você é organizador do evento Cine Terror na Praia. Quais as maiores dificuldades na hora de se organizar um evento como este?
RA: Não sou muito bom em organizar coisas, mas, com tantos amigos cheios de boa vontade tudo fica mais fácil. Reunir pessoas com boa comida, bebida e filmes de terror a beira mar, é uma festa, estamos ansiosos pela próxima edição.
CP: Quantos filmes foram passados e qual a média de público nas sessões?
RA: Ao todo foram 32 curtas, com produção local, do Sul e premiados do CineFantasy; e 3 longas em 3 dias com uma media de 200 pessoas por noite.
Meu amigo, estou as ordens para qualquer coisa que precisar, grande abraço.
2 comentários:
Que legal, boa sorte para os realizadores, assim que sair procurarei pelo filme. O terror nacional é fraco (em questão de quantidade), precisamos de idéias assim mesmo. Nunca imaginei um filme sobre o chupa-cabra, muito interessante.
Rodrigo Aragão tem um futuro brilhante pela frente!
MANGUE NEGRO já é obrigatório para o estudo do cinema independente no brasil.
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