sábado, dezembro 10, 2005

MENINA DE OURO

www.adorocinema.com.brPermanecer céptico e relevante, numa indústria onde inovações são quase impossíveis e bons roteiros dramáticos praticamente sumiram, é proeza para uns poucos gênios (RICHARD LINKLARTER, STEPHEN FREARS, CLINT EASTWOOD, por exemplo).
Este último, ao longo da carreira criou ícones do western - heróis durões, com poucos diálogos - mas foi no auge da maturidade que presenteou-nos com obras primas, dignas de serem lembradas por qualquer cinéfilo.

Em MENINA DE OURO, faz HILARY SWANK (P. S. - EU TE AMO) retomar as boas interpretações, misturando inocência, seriedade e força (sem nunca entregar-se aos clichês), privilegia a experiência do magistral MORGAN FREEMAN (SEVEN - OS SETE CRIMES CAPITAIS) e vai para frente das câmeras, viver um treinador desiludido, velho e sem novas perspectivas.

Usando uma fotografia escurecida (como é o dia a dia dos personagens centrais), cobre o roteiro de alegrias e conquistas no primeiro ato, para depois jogar um "balde de água fria" do meio para o final (como se disesse: "nossa existência é completamente insignificante neste mundo").

As seqüências no ringue valem cada segundo e os coadjuvantes irradiam seriedade, numa das películas mais contundentes e tristes dos últimos anos.
Assim como SOBRE MENINOS E LOBOS, os espectadores precisarão recuperar-se do baque - um soco no estômago (com o perdão do trocadilho).
Observação: venceu os Oscares nas categoriasFilme, Diretor, Atriz e Ator Coadjuvante.

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares

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