sexta-feira, outubro 01, 2010

BONEQUINHA DE LUXO

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Acho que antes de mais nada, temos que parar de ficar procurando substitutas para as ‘divas do cinema’, pois nenhuma chegará aos pés de atrizes como Judi Dench, Meryl Streep ou AUDREY HEPBURN (A PRINCESA E O PLEBEU). Esta última, além de uma beleza descomunal, era dona de uma doçura e elegância que conquistava todo e qualquer espectador.

BLAKE EDWARDS (UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO), levou às telas o romance de Truman Capote e no terço inicial, tenta trazer suavidade e leveza, mas se na época o humor pastelão funcionou, hoje em dia está ultrapassado e burocrático (principalmente se citarmos o ator oriental que faz o síndico do prédio, absurdamente ruim).

Depois deste trecho, o drama ganha força e aí sim, BONEQUINHA DE LUXO mostra o porque de todo o prestígio. Os diálogos entre O. J. Berman e Varjak no parque ou os 15 minutos finais, dão um banho em qualquer comédia dramática que se preze, colocando no roteiro artifícios densos, como a crítica à burguesia e ao consumismo exacerbado, pois se os homens queriam prazer fácil com a garota, ela queria o luxo e o glamour... portanto EDWARDS acaba questionando, até que ponto isso vale a pena!?

Holly é uma garota de programa, louca para encontrar um homem milionário, casar-se e viver às custas dele. Sonhadora e um tanto inocente, se entrega nos braços de qualquer ricaço e sempre acaba se dando mal, até conhecer um pobretão, que é bancado por sua amante e apaixonar-se por ele.

No fim das contas, todos acabam tirando suas máscaras'..., principalmente Paul Varjak. Mas não da forma palpável como é mostrada, e sim emocionalmente.
O estilo fashion, com um figurino sensacional dá mais brilho à obra e apesar de vermos dois ou três beijos ao longo da projeção, a sensualidade paira no ar em todos os 115 minutos... bem que o tempo poderia ter parado para HEPBURN!

Título Original: Breakfast at Tiffany's
Ano Lançamento: 1961 (EUA)
Dir: Blake Edwards
Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen, Martin Balsam, José Luis de Villalonga

ORÇAMENTO: 2,5 Milhões de Dólares

1 comentários:

Ariana Prestes disse...

Concordo com tudo, principalmente a primeira parte onde cita a atriz Audrey Hepburn (que é incomparável).
O filme é maravilhoso também, certamente hoje seria julgado ultrapassado (como citado no texto), mas acredito que devemos saber usar a visão sensata, e não permitir que clássicos deste tipo acabem esquecidos.
Parabéns pela postagem homenageando/indicando.
Abraço!

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