domingo, junho 15, 2008

HOMEM DE FERRO

www.adorocinema.com.brA Marvel vem agradando-nos com escolhas, no mínimo surpreendentes. Quem diria que ROBERT DOWNEY JR. (ZODÍACO), daria as caras numa super produção, depois de ter passado por clínicas para reabilitação ? (Também veremos Edward Norton como HULK).
Porém ele conseguiu, incorporando com vigor fora do comum Tony Stark - que é quase um alter-ego de Downey Jr. Extremamente correto nos momentos dramáticos e cínico e arrogante quando necessário.

JON FAVREAU (ZATHURA), outro nome interessante, segurou esta oportunidade muitíssimo bem. As cenas de ação tiram nosso fôlego, mas nos momentos menos densos, percebemos verdadeiramente o grande trunfo em HOMEM DE FERRO: elenco afiadíssimo, coadjuvantes sensacionais (GWYNETH PALTROW lidíssima, TERRENCE HOWARD bem à vontade), trilha sonora arrebatadora (pop até a medula), enfim, meticulosamente criado para ter entretenimento aos fãs e também a espectadores ocasionais.

Tony Stark, o dono de indústria armamentista, é sequestrado no Oriente Médio, enquanto faz testes com mísseis teleguiados. Trancafiado dentro da caverna, obrigam-no a costruírem armas de destruição em massa, ao invés disso, ele monta a "primeira versão" da armadura, foge e arrepende-se do modo como "vê o mundo". Volta aos Estados Unidos, querendo dar fim à fábrica, porém Obadiah Stane (JEFF BRIDGES), se põe contra, dando início ao grande embate final.

DOWNEY JR. liberta-se do esquecimento, tornando-se nome forte na (normalmente injusta) indústria do entretenimento, fazendo algo pouco provável: brincar com sua antiga imagem de 'garoto-problema'. Agora, é só aguardarmos HOMEM DE FERRO 2.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --

domingo, junho 08, 2008

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA CRISTAL

www.adorocinema.com.brVocê, jovem internauta que, por descuido nunca assistiu aos filmes estrelados pelo arqueólogo mais famoso do cinema, entenda: é preciso entrar no espírito absurdo e engraçado do longa.
Recado dado, então vamos tirar poeira dos nossos chapéus, sentar nas poltronas confortáveis dos multiplex e nos divertir.
Isso mesmo, INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA CRISTAL continua, acima de tudo, despretensioso ao extremo.

Já algum tempo STEVEN SPIELBERG (MUNIQUE), GEORGE LUCAS (STAR WARS) e o ex-astro HARRISON FORD (BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES), estudavam roteiros, sempre chegando à mesma conclusão: ainda não era a hora certa.
Porém, 2008 "ressuscitou" figurinhas carimbadas das décadas passsadas e Indy jamais ficaria de fora dessa "festa VIP".

Misturando inúmeros elementos (Área 51, socialismo contra comunisto, a própria Caveira Cristal do título e etc.), juntamente com SHIA LABEOUF (TRANSFORMERS), KAREN ALLEN, CATE BLANCHETT (BABEL) - como vilã da história - dentro da "salada nostálgica", há seqüências exageradas - como a das formigas -, mas é um bom 'reboot' aos anos 80.

No último (e arrastado) ato, somos apresentados ao desfecho boboca (apesar dos efeitos especiais magníficos), nada totalmente prejudicial. O REINO DA CAVEIRA CRISTAL prova que FORD ainda tem força (mesmo amparado por outros pesos pesados da inústria do entretenimento).

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 125 Milhões de Dólares

domingo, junho 01, 2008

SANTOS E DEMÔNIOS

www.omelete.com.brCaso SANTOS E DEMÔNIOS conseguisse a estabilidade vista no terceiro ato, sua nota seria melhor. O roteiro vai e volta no tempo, contando a vida de Dito, seus traumas, família desconectada, perdas, amigos sem perspectivas futuras, enfim retrata a decadência juvenil (vista atualmente, não só nos Estados Unidos).
Porém, sua percepção o manda embora do bairro, vivendo então como escritor. Após anos afastado, volta para reencontrar seu passado.

ROBERT DOWNEY JR. (HOMEM DE FERRO), nos brinda com uma interpretação bastante gestual, com muito representatividade em olhares e gestos. SHIA LEBOUEF (TRANSFORMERS), ao contrário da "versão adulta" é bastante explosivo, porém não esconde seus medos e frustrações.
Na cena com o pai (CHAZZ PALMINTERI de MÁFIA NO DIVÃ), crava seu nome entre uma das grandes revelações hollywoodianas dos últimos tempos.

As fotografias sempre opacas, pálidas e propositadamente envelhecida, nos passa (tanto no presente quanto no passado) que os alicerces estão diferentes naquela redondeza, porém algumas cicatrizes antigas nunca fecham-se completamente.

Na estréia, o diretor DITO MONTIEL empolga, trazendo boas expectativas aos filmes futuros. SANTOS E DEMÔNIOS pode não ser essencial, mas tem ritmo e dinamismo na medida certa

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: --

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS

www.adorocinema.com.brHá três visões do "Brasil" neste drama sobre Ditadura Militar, esperança e sonhos de CAO HAMBURGER (seriado CASTELO RATIMBUM).
O primeiro, pelo ângulo inocente, criativo e tocante do garoto interpretado por MICHEL JOELSAS, deixado num abrigo pelos pais e preocupando-se apenas com a Copa do Mundo, passada no México.
No segundo, adultos desesperados tentam sobreviver como animais, amontoados nos edifícios.
Em terceiro, atitudes governamentais, levavam muitos jovens a irem contra essas duvidosas (e rigorosas) leis (porém o diretor decide mostrar pouco este lado).

Nessa forma delicada, sutil e facilmente "degustativa", O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS acaba sendo minimalista àqueles mais atentos, e belo drama aos espectadores ocasionais.
A trilha sonora (obviamente derivativa daquela época), mantém esse ar nostálgico, necessário à obra.

Longe do impacto (tanto visual, como no roteiro) do mega-sucesso TROPA DE ELITE, a produção entoa características tremendamente nacionais e talvez por isso, tenha sido escolhida para (tentar) representar o Brasil no Oscar.

Provavelmente com outro diretor, esse tom infantil (presente na maior parte do longa) seria entoado numa forma enfadonha. CAO, prova entender o achado, entregando-nos "experiência" capaz de fazer crer na "salvação" (tanto governamental, quanto espiritualmente), mesmo sendo por poucas horas.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 3 Milhões de Reais
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