segunda-feira, outubro 13, 2008

O CAÇADOR DE PIPAS

www.adorocinema.com.brAssistir ao ótimo PARADISE NOW, é como viajar num mundo completamente tenebroso, onde a entrega e a religiosidade são evidentes na cultura dos mesmos.
Por esse e outros exemplos percebemos o quanto a sétima arte entende desta diversidade ampla.
Nestes moldes, MARC FORSTER (007 – QUANTUM OF SOLACE) percebeu potencial tremendo no best-seller de KHALED HOSSEINI.

Comparando às nossa películas, o primeiro ato deste O CAÇADOR DE PIPAS (pontuado pela lentidão demasiada), lembra-se (tirando devidas proporções), O DIA EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, focado nas crianças e nas suas visões em meio ao caos, de mudanças significativas no país.
Porém, os diálogos entre atores mirins soam tão adultos e com aura enorme de sabedoria, que perde quase toda naturalidade.

Quando Shaun Toub encontra-se doente, surge relação forte entre Amir e a filha do general (mesmo contra vontade dele), com isso consegue-se estabilidade no longa.
No clímax, faz-se revelação surpreendente, portanto juntando isso, ao belo trabalho de KHALID ABDALLA, FORSTER maximiza (tardiamente) emoções e sentimentalismos.

Talvez, se o “barulho” causado pela produção, antes da estréia fosse menor, relevaríamos algumas seqüências desnecessárias e nos emocionaríamos sem esforço.

NOTA: 6,0
ORÇAMENTO: --

sábado, outubro 11, 2008

ANTES DA ESTRÉIA





REBOBINE, POR FAVOR
Diretor: Michel Gondry
Elenco: Jack Black, Mos Def, Danny Glover, Mia Farrow
Gênero: Comédia
Lançamento: 02 de Novembro de 2008

Desde sempre, reclamamos da falta de criatividade que assola Hollywood (2009 vem com incontáveis seqüências e refilmagens), portanto, presenciarmos novo trabalho da mente por trás do delicado BRILHO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS, é sempre bom.
MICHEL GONDRY dirige JACK BLACK (KING KONG) e MOS DEF (16 QUADRAS), numa comédia absurdamente interessante.
DEF é dono de vídeo locadora, porém por algum motivo, o corpo do amigo (BLACK) têm "magnetismo" que apaga conteúdo das fitas VHS.
Nesse instante, resolvem regravar alguns clássicos da sétima arte (aí, o time cômico entra num nível definitivo à REBOBINE, POR FAVOR).
Desejamos sorte na interessantíssima empreitada.

EXPECTATIVA: 8,5


007 - QUANTUM OF SOLACE
Diretor: Marc Forster
Elenco: Daniel Craig, Judi Dench, Jeffrey Wright
Gênero: Ação
Lançamento: 07 de Novembro de 2008


MARC FORSTER dividiu opiniões no seu CAÇADOR DE PIPAS, mesmo assim ganhou oportunidade de dirigir um dos blockbusters mais aguardados do ano.
007 - QUANTUM OF SOLACE, traz novamente DANIEL CRAIG (MUNIQUE), como James Bond (agora com aval dos fãs, após sucesso em CASSINO ROYALE) e JUDI DENCH (SHAKESPEARE APAIXONADO).
Espera-se tom realista, continuando trabalho de MARTIN CAMPBELL, para fazer-nos esquecer de vez dos fiascos protagonizados pelo caricato PIERCE BROSNAN.
Vida longa ao protetor da rainha.

EXPECTATIVA: 9,0


APPALOOSA
Diretor: Ed Harris
Elenco: Ed Harris, Viggo Mortensen, Renee Zellweger e Jeremy Irons Gênero: Western
Lançamento: 21 de Novembro de 2008

Uma das mentes mais brilhantes (e experiente) do cinema, ED HARRIS moldou carreira, sempre em dramas humanos (SHOW DE TRUMAN é grande exemplo).
Após POLLOCK, volta dirigir filmes, agora pautado no velho oeste, com astros pesos pesados, no quilate de VIGGO MORTENSEN (O SENHOR DOS ANÉIS - O RETORNO DO REI), RENEE ZELWEGER (CHICAGO) e JEREMY IRONS (CRUZADA).
Se boa parte da crítica aplaudiu OS INDOMÁVEIS, provavelmente APPALOOSA chegue para afirmar de vez o ressurgimento do gênero.
Conseguirá HARRIS, repetir êxito do (também) experiente EASTWOOD e seu OS IMPERDOÁVEIS? Apostamos nossas fichas positivamente.

EXPECTATIVA: 7,0



REDE DE MENTIRAS
Diretor: Ridley Scott
Elenco: Leonardo Di Caprio, Russell Crowe, Oscar Isaac
Gênero: Drama
Lançamento: 28 de Novembro de 2008


Novamente SCOTT dirige RUSSELL CROWE, novamente LEONARDO DI CAPRIO tenta firmar-se como ator sério e fazer-nos esquecer daquele dramalhão de outrora, intitulado TITANIC.
A química funcionará? Teremos realmente roteiro denso, ou apenas presença dos dois astros manterá espectadores ligados nesta trama?
Minimalismos à parte, REDE DE MENTIRAS, desde já, fareja algumas indicações ao Oscar (pegando carona no sucesso de OS INFILTRADOS).
Fator fundamental: os astros ainda tem força para alavancarem uma produção deste porte? Isso apenas o tempo dirá.

EXPECTATIVA: 6,0

quarta-feira, outubro 08, 2008

P. S. - EU TE AMO

www.adorocinema.com.brHistórias de amor, nos deram obras primas: CASABLANCA, E O VENTO LEVOU..., ANTES DO PÔR DO SOL, dentre outros. Mas atualmente, é difícil sairem da mesmice e nem sempre tal sentimento é levado às telonas, com cem por cento de eficácia.
Outro ponto negativo: as (na maioria das vezes) inúteis “comédias românticas” (terreno de CAMERON DIAZ, ASHTON KUTCHER e companhia), criaram cacoetes desnecessários ao gênero.
Porém, toda regra tem exceções, portanto P.S. – EU TE AMO é uma delas.

Holly e Gerry são casados e completamente apaixonados.
O mundo dela vira pelo avesso, quando ele falece, devido a um tumor no cérebro. Desiludida, sozinha e depressiva, reclusa-se no próprio mundo (o quarto onde dormiam).
Familiares e amigos ajudam-na a recuperar auto estima, mas é com chegada de cartas escritas pelo marido (levando-a numa “missão para auto-conhecimento”), que reaprende o sentido da felicidade.

GERARD BUTLER (300), irradia alegria, esquivando-se do rótulo de “canastrão”, provando certo dom ao humor. HILARY SWANKY (MENINA DE OURO), junta inocência, pitadas de sensualidade, toques dramáticos, escolhendo trabalho acertadamente, após interpretações discutíveis.
Este casal bacana, irradia química, frente às câmeras e até nas “frases feitas” há certa relevância, e os dez minutos iniciais, pontuam todo longa.
LISA KUDROW, praticamente reutiliza Phoebe (personagem no seriado FRIENDS) e isso muitas vezes incomoda.

RICHARD LAGRAVANESE (diretor), conta histórias paralelas, ajudando a trama, quando esta esfria, porém não deixaria de citar que SWANKY, passando-se por adolescente (num dos flashbacks), é risível.
No último terço, P.S. – EU TE AMO, esquece comédias e o drama (palpável) ganha evidência. Em contrapartida a seqüência final, faz-nos lembrar daquelas velhas manias hollywoodianos.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: --

domingo, outubro 05, 2008

MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Diane Lane
Natural de: Nova York, EUA
Nascimento: 22 de Janeiro de 1965


São muitas mulheres lindas, para postar este quadro apenas uma vez por mês. Mas como tempo e espaço são curtos, hoje a escolhida foi DIANE LANE, esbanjando beleza no alto dos seus 43 anos (bem distribuídos).
Participou, no início da carreira de produções como O SELVAGEM DA MOTOCICLETA, RUAS DE FOGO e ANJO ADOLESCENTE.
Dividiu cena, em 1992 com ROBERT DOWNEY JR. em CHAPLIN e após não parou mais, tendo na filmografia, besteiras como O JUÍZ e MEU CACHORRO SKIP e sucessos: MAR EM FÚRIA, INFIDELIDADE, HOLLYWOODLAND - NOS BASTIDORES DA FAMA.


falsehustle.blogspot.com
Outras MUSAS DO CINEMA E PIPOCA:

sexta-feira, outubro 03, 2008

O ORFANATO

www.adorocinema.com.brHollywood poderia aprender com o atual cinema mexicano como fazer terrores e suspenses realmente significativos. Elementos das produções anteriores de GUILLERMO DEL TORO (aqui apenas Produtor Executivo) estão lá: crianças servindo como pano de fundo, atores espetaculares, roteiro mesclando realidade e fantasia na medida correta.

BELÉN RUEDA pode não ter intensidade dramática da talentosíssima IVANA BAQUERO, porém impõe ritmo quando a obra esfria. Isso deve-se ao fato do diretor J. A. BAYONA estar estreando nas telonas (havia filmado apenas seriados televisivos).
Usa-se planos abertos, lindas fotografias escurecidas, trilha sonora sutil e montagem interessante, emanando suspense por todos os cantos.

Laura retorna ao lugar onde morou na infância, sua idéia é abrir um abrigo para crianças especiais. Logo na chegada, o filho (adotivo e portador do vírus da AIDS) "conhece" amigos imaginários, ela nunca dá atenção às constantes e progressivamente perturbadoras brincadeiras, até ele sumir.

Típica produção que não precisa expor fantasmas em qualquer canto para causar medo, pois isso ocorre quando ouvimos passos por corredores, na câmera sensível do diretor e no simples silêncio.
O ORFANATO novamente põe películas do gênero naquele país, como as melhores da atualidade.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --
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