quarta-feira, julho 27, 2011

ENTREVISTA COM DIRETOR E ROTEIRISTA DE CAFÉ TURCO


Pela primeira vez foi exibido para o público o curta metragem CAFÉ TURCO no FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA e a aprovação dos espectadores foi imediata!
RODRIGO FELDMAN (ator e roteirista) e THIAGO LUCIANO (diretor e roteirista) e sócios da produtora ZERO GRAU, juntamente com KADI MORENO, nos cederam uma ótima entrevista que você lê a seguir!



CINEMA E PIPOCA: Conte-nos um pouco sobre a produtora Zero Grau Filmes.

RODRIGO FELDMAN- A Zero Grau Filmes surgiu há um pouco mais de um ano, mas na verdade já tem muito mais história do que isso. Começou quando os diretores Thiago Luciano e Beto Schultz se uniram para realizar o curta metragem “O poder e a Fé” há mais de 10 anos. A parceria deu certo e realizaram outros projetos juntos. Um destaque foi o longa metragem “Um Dia de Ontem”, escrito pelo Thiago e protagonizado por Caco Ciocler, ganhou diversos prêmios no Brasil, Estados Unidos e Europa. Daí surgiu a vontade de crescer ainda mais, criando sua própria empresa de criação e produção audiovisual. Estavam trabalhando com a atriz Kadi Moreno, no desenvolvimento de um projeto para o cinema e viram que dali poderia surgir uma ótima parceria e a convidaram para esta nova empreitada. Eu já os conhecia e havia trabalhado diversas vezes em projetos anteriores, sempre gostei do trabalho e potencial da dupla. Também tinha chegado há pouco tempo ao Brasil após 4 anos de estudos na Europa. Quando me convidaram para fechar o time, aceitei na hora.

CINEMA E PIPOCA: Quando e como surgiu a idéia do curta-metragem CAFÉ TURCO?

THIAGO LUCIANO - O Rodrigo Feldman, meu amigo e sócio, trouxe uma peça teatral da França. Um dia resolveu me mostrar um roteiro que fez inspirado na peça. Quando li, ainda não estava pronto, mas entendi exatamente o que ele estava querendo dizer e vi ali uma grande discussão sobre o medo que atinge o mundo. No mesmo instante, disse, vamos abraçar esse filme. Eu entrei no roteiro para acrescentar idéias e deixá-lo mais cinematográfico. A partir dai começamos a pré-produção.

RODRIGO FELDMAN - Pois é, na verdade eu tinha escrito CAFÉ TURCO há mais de 3 anos, mas não consegui alguém que comprasse a idéia e investisse em produzi-lo. Na época, trabalhava na tradução de uma peça que tinha dirigido e atuado durante meus estudos na França, Terra Santa, do autor argelino Mohamed Kacimi. Vi a possibilidade de criar um roteiro em cima daquela idéia, baseada em um tema e gênero pouco explorado no nosso cinema e teatro: a guerra. E o que me chamava mais atenção era justamente o fato de tratar de um viés diferente do qual estamos habituados a ver. O cotidiano vivido por pessoas, uma guerra universal, não era só vivida no Afeganistão, Iraque, Africa... O conflito era dentro do ser humano, não sendo tão diferente da guerra não declarada que vivemos por aqui. Queria tratar daquela assunto, infelizmente sempre atual, mostrar o cotidiano daqueles que já se habituaram a viver em conflitos armados mas continuam suas vidas normalmente. Dá pra ver que não difere muito do que vemos nas favelas brasileiras, até mesmo nos nossos centros urbanos, onde o medo impera e sobreviver se tornou regra. Viver, luxo para poucos.


CINEMA E PIPOCA: CAFÉ TURCO tem uma linguagem e uma fotografia que são vistos mais em filmes internacionais. Isso sempre estava no contexto de vocês ou surgiu ao longo da edição?

THIAGO LUCIANO - Conversei bastante com o David, diretor de fotografia e como já trabalhamos antes em outros filmes, sempre falamos a mesma língua. Ele captou bastante a linguagem que imaginei, assim como a Marina, diretora de arte. Tínhamos que criar uma atmosfera neutra, um lugar inexistente, essa era a maior preocupação. O filme foi feito com a 5D, que tem a característica de uma imagem limpa e bonita e não queríamos isso. O David foi pra correção de cor pra deixar um pouco mais denso. Estamos passando o filme pra película, e estou ficando feliz com a densidade e textura que o filme esta ganhando. A escolha da câmera na mão foi essencial pra trazer o publico pra dentro do filme. A câmera começa calma, e vai aos poucos buscando os personagens e crescendo junto com eles até o fim. Tudo foi planejado antes pra que na hora da gravação ficássemos aberto ao momento mágico. E posso dizer, que tivemos alguns. O mais interessante em dirigir é se cercar de artistas criativos e talentosos, e que estejam imaginando a mesma coisa que você . Tenho me cercado desses artistas, dai fica fácil, é só conduzir tudo pra que saia como imaginou.

RODRIGO FELDMAN - Mas também sempre temos que aprender a trabalhar sabendo que mesmo planejando o máximo possível, nem sempre as coisas saem como desejamos. A maior dificuldade de todo diretor e produtor é aprender a lidar com isso, dar um jeito para que no final tudo dê certo. O Thiago soube muito bem lidar com isso, já que muito das ações e falas do filme foram criadas durante o set, já que ele soube nos deixar livres para sentir o que o personagem pedia além do que estava no papel. A Kadi (que interpreta Kya no filme) e eu nos preparamos e discutimos muito, porém muita coisa apareceu no momento que o “ação” foi dado, com figurino, armas e naquela locação maravilhosa. Se o Thiago não tivesse a confiança de saber exatamente o que queria, poderia ter cortado, perdido muita coisa legal que surgiu lá. Mas seguiu seguro e nos deixou livres para criar dentro do que tínhamos estabelecido. Foi um prazer e honra enorme trabalhar com ele, já que poucos diretores possuem essa segurança e capacidade de permitir a livre expressão dos artistas criando além do que estava previsto no roteiro.


CINEMA E PIPOCA: Qual a maior dificuldade na hora de tirar uma idéia dessas do papel?

THIAGO LUCIANO - Era falar sobre um assunto distante de nós. Falar sobre a guerra, sem falar sobre ela, sem levantar nenhuma bandeira, nenhum país. Discutimos muito sobre a língua a ser usada no filme. Não poderia ser falado em português. Pensamos em criar um dialeto, pra não levantar bandeira, mas escolhemos um personagem falar em francês e o outro em inglês. O filme é uma fração de um cotidiano na guerra. Uma guerra invisível, que se vive em todos os lugares do mundo. É sobre um soldado que vê uma mulher com um pacote nos braços e resolve segui–la e no ambiente onde ela mora se inicia uma discussão. Ele é falado em francês e inglês propositadamente. Temos a intervenção do russo, japonês e o café é turco. Uma brincadeira com algumas potências da guerra, mas sobre um sentimento que todos têm, em qualquer lugar.

RODRIGO FELDMAN - No personagem do soldado, a dificuldade era em não julgar. Resgatar no típico carrasco seu lado mais puro, humano. Além disso, ia trabalhar o personagem de um soldado real. Precisava de um físico e treinamento específico que não tinha. Para piorar, tínhamos pouco tempo do momento que decidimos realizar o curta e as filmagens. Tive que fazer uma preparação intensa de treinos físicos e práticas com armas e técnincas de invasão que os soldados tem. Se parecesse artificial qualquer gesto, fala ou ato do soldado, toda credibilidade seria perdida rapidamente. Era uma imensa responsabilidade.


CINEMA E PIPOCA: Quanto tempo duraram as filmagens e existiram alguns percalços durante este período? E onde foram as locações?

THIAGO LUCIANO - As filmagens foram rápidas, ate porque não tínhamos verba pra fazer varias diárias. Foram três diárias, claro que gostaria do dobro disso. No inicio fizemos contato com produtoras de Kiev na Ucrânia. Porque vimos algumas locações lá que eram perfeitas pra nós, mas ficou difícil viajar pra lá e não tínhamos verba pra isso. Então começamos a caçar locações aqui no Brasil, mais especificamente São Paulo, pra não encarecer a produção. Pesquisando no Google, achei a Vila Maria Zélia, no Belenzinho e marcamos uma visita com Seu Dedé. Na hora que entramos em um espaço abandonado, fechamos na hora, aquilo ali era perfeito com o que imaginamos. A Marina Previato foi junto e já começou a pirar na arte que iria montar ali. O mais interessante de um filme, é que ele vai crescendo sozinho, você só tem que segurar as rédeas e deixar fluir. O Fausto Noro, que é diretor e já montou outros filmes comigo, fez um trabalho muito bacana na montagem, propondo cortes descontínuos e passagem de tempo. Sempre acrescenta na minha visão.

CINEMA E PIPOCA: Além do Festival de Cinema de Paulínia 2011, participaram de mais algum festival? Se sim, quais?

THIAGO LUCIANO - O filme estreou em Paulínia, ele está saindo do forno agora. Foi a primeira vez que vi na tela grande e não foi fácil. O primeiro contato do filme com o publico é muito marcante, nunca sabemos se aquilo vai atingir alguém. E quando ouvi que o júri popular tinha escolhido o CAFÉ TURCO, foi o carimbo de que ele tinha chegado ao publico. E agora começamos a mandar para outros festivais, vamos torcer para que tenha uma carreira bacana.

CINEMA E PIPOCA: Já têm planos para outros curtas-metrangens? Poderiam nos contar alguns?

THIAGO LUCIANO - Tenho alguns roteiros de curtas-metragens. Agora, estamos atrás de parceiros pra poder produzi-los. Vou colocar abaixo o titulo e a sinopse, pra ter uma idéia do que falam.

“Laranja Volúpia”
SHIRLEYA, um travesti do pobre bairro onde vive, trabalha em um minúsculo banheiro feito de compensado e objetos que encontra no lixo. Luta por sua sobrevivência transando com velhos e lixeiros, em troca de um pó, um x-tudo, ou algumas moedas. Ela quer e sonha com peitos turbinados e investe nisso. Junta o que tem e entrega sua vida nas mãos de uma senhora travesti que aplica silicone industrial nas mais novas.

“Quase Proveta”
Keila e Kilvia vivem juntas desde os primeiros anos de vida. Na adolescencia, fazem um pacto de sangue e prometem fazer de tudo para nunca se separarem. Kilvia conhece Mikael e se casam. A vontade de ter um filho cresce, e nesse meio tempo, Kilvia descobre uma doença que a impede de ter filhos. Agora, Keila tera que cumprir a promessa. Empresta sua barriga para que Kilvia tenha um filho. Porém estamos no ano de 1976, onde a inseminacao artificial ainda nao existe. De uma forma divertida e leve, abordamos a tão discutida “Barriga de Aluguel”.

“Liquido da Vida”
Acidentes no mesmo horário, o mesmo instante. Os dois vão para o mesmo hospital, Pedro no quarto 313 e Rita no 311. Apenas um quarto os separam, antes era uma vida inteira. Ele não pode mais andar e ela sofre de amnésia. Agora eles tem todo tempo do mundo pra se conhecerem e ficarem juntos. Esses são os protagonistas dessa história, onde a qualidade de vida, o tempo, o recomeço e o amor se encontram. Uma mistura que pode virar felicidade.

“Girassóis de Exógeno”
Estamos no ano de 2010. A policia está fazendo testes no aeroporto e colocando explosivos dentro da mala de nove passageiros, sem o consentimento deles. Um desses nove passageiros passa pelos cães e raio-x, nada acusa. Sua mala está cheia de explosivos. Imagine isso acontecendo com você?


CINEMA E PIPOCA: Já pensam em rodar longas metragens? Acreditam que essa transição é muito difícil?

THIAGO LUCIANO- Eu e meu sócio Beto Schultz já rodamos um longa-metragem: “Um Dia de Ontem”. Foi bacana a trajetória dele, ganhamos alguns prêmios pelo Brasil e exterior, mas não conseguimos distribuir, mas vamos lançar esse ano em DVD e também entra em cartaz a partir de agosto no Canal Brasil. Foi uma produção totalmente independente da nossa produtora, das nossas parceiras Na Laje Filmes e Luna Produções artísticas.
Fazer um curta da o mesmo trabalho de fazer um longa, mas são menos diárias e pouca grana. O mais difícil em um longa é conseguir investimento pra realizar.
Até o fim desse ano vamos ter dois longas pra correr atrás de patrocínio. E torcer pra até o final do ano que vem começar a rodar.


CINEMA E PIPOCA: Para finalizar, os atores tiveram alguma preparação especial para interpretar personagens tão complexos? Como foi esta construção?

THIAGO LUCIANO- A minha maior preocupação com o Feldman e a Kadi era que além de produtores e amigos, somos sócios, então tinha receio de como isso iria influenciar no decorrer do processo. Já conhecia o trabalho do Feldman como ator e sabia que ele ia chegar no que imaginava. Com a Kadi, fui descobrindo nas leituras e ensaios qual era o estilo dela. Como sou ator também, gosto de conversar, entender e deixar os atores muito livres pra criar e jogar a bola. A Kadi tem uma força interna em movimento que me deixou muito tranqüilo, sempre querendo fazer mais e mais, ela se jogou de cabeça no filme. O Feldman gosta de fazer na hora, é visceral, deixa tudo pro momento, gosto disso. Eles tiveram uma química muito forte, e é visível no filme. Chamamos o Marcio Mehiel pra trabalhar os dois fora dos nossos ensaios e sem a minha presença. Fizeram um trabalho muito interessante.

RODRIGO FELDMAN- Realmente existia um pouco essa preocupação da convivência diária como sócios e amigos atrapalhar na interpretação. Todos já tinham anos como profissionais na área, porém era nosso primeiro projeto juntos. Fora disso, éramos também produtores do filme e responsáveis por diversas funções. No final, conseguimos gerar sem muitos problemas o acúmulo de funções e transformar em algo positivo. Nossa intimidade e respeito, ao invés de atrapalhar, ajudaram na realização de uma comunicação eficiente, permitindo a todos explorar o máximo do potencial de cada um.


CINEMA E PIPOCA: Desde já agradeço imensamente a oportunidade de poder mostrar o trabalho de vocês no Cinema e Pipoca e aproveito para parabenizá-los por terem ganhado o prêmio de júri popular no Festival de Cinema de Paulínia!

RODRIGO FELDMAN- Nós que agradecemos pela oportunidade de falar um pouco desse filme para seus leitores, esperando que possam assistir em breve em algum Festival perto de vocês. Afinal, esse é o primeiro projeto realizado pela Zero Grau Filmes e pelo resultado que tivemos, esperamos ser apenas o primeiro de muitos. Também aproveitamos para parabenizar o apoio que o Cinema e Pipoca presta para nossa cultura e cinema brasileiro. Vida longa!

terça-feira, julho 26, 2011

CILADA.COM



BRUNO MAZZEO um dos humoristas mais superestimados da atualidade transforma seu programa, que era transmitido pela MultiShow num longa metragem e deixa uma dúvida no ar: será que é tão simples e fácil conseguir o perdão de alguém após uma traição?
Aquela velha fórmula de trazerem várias figurinhas carimbadas da Rede Globo para o filme se mantém, assim como a sensação de superficialidade no uso do tema.

Além de MAZZEO, ROSANA FERRÃO também assina o roteiro e não fosse alguns coadjuvantes como SÉRGIO LOROZA, CILADA.COM não teria a mínima graça.
O ponto alto aqui é notar o temor masculino em relação a sua ‘performance’ com as mulheres e o quanto as mulheres podem ser sagazes nos momentos mais oportunos - no fim das contas há um certo ar de machismo (mesmo que muito superficial).

O diretor JOSÉ ALVARENGA JR. acostumado com o gênero – ele tem no currículo obras como OS NORMAIS, DIVÃ e etc –, dá ao público um humor lotado de palavrões e insinuações sexuais meio descabidas, mas que tiram algumas risadas, porém FERNANDA PAES LEME (O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO) não sustenta sua personagem e parece não achar o timming certo na atuação.

Após ser pego traindo sua namorada, Bruno descobre que um vídeo seu ‘caiu’ na internet e que o conteúdo dele é bastante constrangedor. Tentando melhorar sua reputação diante de seus amigos e das mulheres, acaba atraindo mais complicações.
Agora fará de tudo para reconquistar o coração da amada e recuperar o tempo perdido.

CILADA.COM cumpre o que promete, mas logo após os créditos finais, você provavelmente não se lembrará de muitas cenas.
Se tivessem um cuidado maior na construção dos personagens principais e não se entregassem tão facilmente a gags gratuitas, a comédia tinha tudo para agradar ainda mais.

Título Original: Cilada.com
Ano Lançamento: 2011 (Brasil)
Dir: José Alvarenga Jr.
Elenco: Bruno Mazzeo, Fernanda Paes Leme, Augusto Madeira, Carol Castro, Fabiula Nascimento, Sérgio Loroza


ORÇAMENTO: 5,5 Milhões de Reais

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de CILADA.COM ?
* Bruno Mazzeo é um bom comediante ?

CURTA METRAGEM: TELA




A grande sacada de A TELA é conseguir dar uma visão quase experimental no roteiro proposto, pois há uma inquietação evidente em todos os takes do diretor CARLOS NADER.
E até certo ponto do curta metragem vai tudo muito bem, mas no terço final NADER acaba se perdendo nas idas e vindas.

Com diversas repetições e um desfecho um tanto forçado, TELA fica devendo mas tem em LUIS MIRANDA seu grande trunfo. O ator não deixa sua interpretação cair de nível em momento algum. Aqui a velha frase do ‘menos é mais’ deveria ser ressaltada, mas é uma ótima experiência!

sexta-feira, julho 22, 2011

VELOZES E FURIOSOS 5 - OPERAÇÃO RIO



Há tempos um filme que se passava em terras tupiniquins não me incomodava dessa maneira, devido ao seu alto índice de erros, tanto em relação ao idioma, à cultura e diversos outros pontos mostrados como neste VELOZES E FURIOSOS – OPERAÇÃO RIO. Não sou um espectador que se deixa levar por este tipo de bobeira, pois até no horroroso TURISTAS (que se passa por aqui) consegui dar boas gargalhadas com as coisas estapafúrdias colocadas lá. Mas vamos por partes.

Ao contrário do que sempre se viu nas produções anteriores de VELOZES E FURIOSOS, o foco aqui não são as corridas e os carros turbinados, mas sim o planejamento e a execução de um assalto, que vai desde a formação da equipe – com seus habituais personagens clichês como a mulher sedutora, o alívio cômico, o expert em computação e por aí vai –, até a fuga.

A começar pelo fato de que os traficantes cariocas têm pavor dos policiais americanos, como é visto na seqüência em que DWAYNE ‘THE ROCK’ JOHNSON sobe a favela sem nenhum problema e que na policia brasileira 99,9% dos profissionais são corruptos, além dos carros espetaculares que servem – não sei onde – a Cidade Maravilhosa e seus habitantes, é tudo uma vergonha.

Toretto e Brian estão escondidos no Rio de Janeiro e tem a chance de ganharem a tão sonhada liberdade se terminarem um ‘último’ serviço. Mas um empresário e um policial americano, que vem ao Brasil especialmente para capturá-los querem suas cabeças e agora terão que montar uma equipe para fugirem deste cerco.

A ação no terço final, as tomadas aéreas e a luta entre VIN DIESEL e THE ROCK tiram o fôlego do espectador, mas é pouco para um filme que tem tantos equívocos, como a presença do nada talentoso JOAQUIM DE ALMEIDA (O XANGÔ DE BAKER STREET) ou da exagerada duração de 130 minutos. Espero que nas próximas cidades que a trupe visitar, tenham um pouco mais de bom senso!

Título Original: Fast Five
Ano Lançamento: 2011 (EUA)
Dir: Justin Lin
Elenco: Dwayne Johnson, Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Sung Kang


ORÇAMENTO: 125 Milhões de Dólares

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de VELOZES E FURIOSOS 5 - OPERAÇÃO RIO ?
* A visão do país vista no filme incomodou você ?

CURTA METRAGEM: DOSSIÊ RÊ BORDOSA



Um dos melhores curtas que tive a oportunidade de assistir, DOSSIÊ RÊ BORDOSA é uma animação em stop-motion politicamente incorreta e com personagens muito bem construídos.
Ao criar uma narrativa documental, o diretor CÉSAR CABRAL abre um leque enorme de possibilidades.

Tudo começa após o misterioso assassinato de Rê Bordosa, criada pelo cartunista Angeli. Quanto mais nos aprofundamos nos detalhes e na vida desta irresponsável personagem, mais nos envolvemos com aquele universo criado.
Vencedor de diversos prêmios pelo Brasil afora, o curta-metragem está disponível no YouTube. Vale a pena conferir!

CINEMA: ESTRÉIAS DA SEMANA (22 / 07)

O cinema nacional mostra que sabe fazer filmes de roubo com todo estilo em ASSALTO AO BANCO CENTRAL. Já Hilary Swanky precisa escapar para não ser morta em A INQUILINA e o talentoso Philip Seymour Hoffman dirige e atua no romântico VEJO VOCÊ NO PRÓXIMO VERÃO. Bom divertimento a todos!

ASSALTO AO BANCO CENTRAL
Gênero: Ação
Sinopse: Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre.Um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois? São as perguntas que todo o Brasil se faz desde então.
País/Ano: Brasil/2011
Direção: Marcos Paulo
Elenco: Milhem Cortaz, Hermila Guedes, Lima Duarte, Giulia Gam, Eriberto Leão
Distribuidora: Fox Films

A INQUILINA
Gênero: Suspense
Sinopse: Dra. Juliet Dermer é uma jovem médica, que ao se mudar para um novo apartamento, descobre que seu proprietário tem uma assustadora obsessão por ela.
País/Ano: EUA/2011
Direção: Antti Jokinen
Elenco: Hilary Swank, Jeffrey Dean Morgan, Christopher Lee
Distribuidora: Paris Filmes

VEJO VOCÊ NO PRÓXIMO VERÃO
Gênero: Comédia Romântica, Drama
Sinopse: O filme conta a historia de Jack, um motorista de limosine apaixonado por Reggae que passa a maior parte de seu tempo com seu amigo Clyde e a mulher dele Lucy. Graça a eles, Jack conhece a tímida e desajeitada Connie e se apaixona. Enquanto o relacionamento de Jack e Connie vai aos poucos tomando forma, o dos amigos Clyde e Lucy entra em crise. Enquanto um casal se forma, o outro se desfaz.
País/Ano: EUA/2011
Direção: Philip Seymour Hoffman
Elenco: Stephen Mailer, Emy Ryan, Elizabeth Rainer, Richard Patrocelli, Trevor Long.
Distribuidora: Imovision

por: Bárbara Silva (@_bahsiilva)

quinta-feira, julho 21, 2011

TOP CP - 10 ANIMAIS E MONSTROS ASSUSTADORES DO CINEMA

Eu e a colunista Bárbara Silva (@_bahsiilva) escolhemos os 10 monstros e animais mais assustadores que o cinema já nos mostrou. Temos desde Tubarões até seres completamente desconhecidos e bizarros. A lista está logo abaixo, confira e comente!

- King Kong (KING KONG - 1933, 1976, 2005)

Uma aberração em forma de gorila, que é capturado, levado para Nova York para servir de espetáculo - Óbvio que alguma coisa sairia errado. A seqüência do Empire State é uma das mais famosas e copiadas do cinema.

- Lobisomem (O LOBISOMEM - 1941, 2010)

Um humano amaldiçoado, que nas noites de lua cheia se transforma em uma criatura sedenta por carne. Na década de 40, Lobisomem foi um dos filmes de terror mais famosos da Universal, assim como Drácula e Frankstein.

- Godzila (GODZILLA - 1954 data do primeiro, de muitos filmes)

Após ser atacado pelas bombas atômicas, o Japão resolveu mostrar ao mundo os perigos das armas nucleares e Goyira, como é conhecido por lá é um dos principais ícones.
Mesmo destruindo Tóquio uma dezena de vezes, também já a salvou de monstros muito mais esquisitos que ele.

- Tubarão (TUBARÃO - 1975)

Com este filme, STEVEN SPIELBERG criou o Summer Movie - a época onde as super produções são lançadas em grande quantidade - e fez um dos melhores suspenses de todos os tempos.
O bichão ataca sem dó nem piedade os moradores de uma pacífica cidade costeira, até encontrar em seu caminho ROY SCHEIDER.

- Orca (ORCA - A BALEIA ASSASSINA - 1977)

Com o sucesso de TUBARÃO, era questão de tempo para as cópias descaradas surgirem. ORCA é um filme babaca, que não era interessante nem em 1977, imagine agora. Mas ela fez lá seu estrago e por isso está em nossa lista!

- Kraken (FÚRIA DE TITÃS - 1981, 2010)

O Kraken do filme de 1981 em stop-motion ainda tem mais presença e imponência do que o de 2010. Não é só assustador, mas também muito grande, perigoso e mortal.

- Tiranossauro Rex (JURASSIC PARK - 1993)

O que dizer deste, que é um dos mais emblemáticos blockbusters de todos os tempos? Rex correndo atrás do jipe ou mesmo ele abocanhando o cidadão que estava no banheiro são emblemáticos. É SPIELBERG mostrando novamente porque é um dos maiores diretores do mundo!

- Anaconda (ANACONDA - 1997)

Outro filme meio inútil, mas que tem a enorme cobra como vilã. A morte de JOHN VOIGHT no final é uma das piores que já foram feitas no cinema.

- Aragogue (HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA - 2002)

Uma aranha gigantesca que dá trabalho para Harry e companhia... precisa dizer mais?!

- Clovie (CLOVERFIELD - MONSTRO - 2008)

Um monstro que vem do nada e arrebenta com Manhattan. Além de ser gigantesco e incontrolável, solta seus filhotes para matar quem estiver pela frente.

quarta-feira, julho 20, 2011

O RESPEITO (OU A FALTA DELE) NOS CINEMAS

Sempre me incomodei com o barulho no cinema, até porque é impressionante como algumas pessoas parecem fazer questão de falar alto para incomodar os outros. Comentei sobre isso na crítica de CONTROLE ABSOLUTO e acho necessário prolongar este desabafo, até porque isso ocorreu novamente quando fui conferir TRANSFORMERS – O LADO OCULTO DA LUA.

E se num primeiro momento as gracinhas eram causadas por jovens com hormônios em ebulição, hoje essa praga se dissipou para todo o tipo de idade, já que não eram tão ‘adolescentes’ assim as duas senhoritas que estavam sentadas há duas fileiras atrás de mim.

A vontade de chamar atenção é tanta que a galera necessita deste subterfúgio e parecem realmente acreditar que educação e cinema são coisas completamente distintas, mas saibam que não são.

É até necessário comentar algo com o amigo que está do seu lado sobre certa seqüência, mas o comentário deve ser baixo e um tanto quanto breve, até porque se você quer ‘dar’ R$ 15,00 e não aproveitar ao máximo aqueles momentos de entretenimento lembre-se que existem pessoas que querem.

E a questão se expande para os malditos celulares, que teimam em tocar no meio da projeção (DESLIGUEM OS CELULARES... não é isso que aquelas animações que são vistas antes de começarem os filmes dizem!), para aqueles que chegam atrasados nas sessões e ainda querem lugares privilegiados (atrasou, senta na primeira poltrona que encontrar rapazeada) e pais, por gentileza, antes de levarem seus filhos, explique que eles precisarão ficar quietos para não atrapalharem os demais.

Acredito que isso tenha melhorado de uns tempos para cá, mas foi algo muito superficial e temos a obrigação de cobrar respeito, afinal de contas, saímos de nossas casas para nos divertirmos, pagamos caro pelo ingresso e às vezes temos como ‘bônus’ filas quilométricas.
No fim das contas, quem lê este post são aqueles cientes de tudo isso comentado acima, mas se conscientizarmos pelo menos um cidadão já será um grande feito!

Por fim, perguntei para o pessoal do twitter: Como é a educação da galera nos cinemas da sua cidade?

@clickfilmes Depende do horário e do dia. Vou muito nas cabines justamente para nao dar sorte ao azar. No geral, tem melhorado aqui.

@igormjsilva Alguns são muito tontos! Quando fui assistir Harry Potter 7 - Parte 1, tinha uma cara que por qualquer coisa ele falava 'safada'.

@andreiadelima Depende muito do horário e do tipo de filme e se é dublado por exemplo. Mas foram poucas as vezes que houve baderna na sala.

@cassioknapp É impossível ir em alguns horários na minha cidade ja desisti.

@duduchacal Em BH no geral a galera é bem educada em salas de cinema mas, tem sempre palhaços(a) querendo aparecer mais que o filme.

Obrigado a todos que participaram.

E na sua cidade, o pessoal respeita e fica em silêncio dentro das salas de cinema?

terça-feira, julho 19, 2011

TRANSFORMERS - O LADO OCULTO DA LUA



Não acredito quando algum cinéfilo diz que vai conferir uma mega-produção como TRANSFORMERS – O LADO OCULTO DA LUA sem nenhuma expectativa. As minhas eram muito, mas muito baixas mesmo, até porque fui surpreendido negativamente com o segundo filme da saga de Optimus Prime, Bumblebee e companhia, mas não é que nesse me diverti!

MICHAEL BAY parece mais contido e não maltrata tanto o espectador com suas câmeras giratórias e incessantes (e faz bem em ‘reciclar’ passagens que deram certo, como Sam Witwicky correndo no meio da rua toda destruída ou quando coloca Bumblebee escondido dentro da casa) e mesmo exagerando na duração, na tentativa de lançar um tom cômico e nas cenas em que a novata ROSIE HUNTINGTON-WHITELEY aparece semi-nua, encontramos indícios do primeiro (e muito melhor) capítulo do blockbuster.

Os primeiros quinze minutos, onde o roteirista EHREN KRUGER mescla fatos importantes da história da humanidade com Cybertron é uma ótima sacada, mas o segundo ato é cansativo e desnecessário – o que é aquele personagem de JOHN MALKOVICH (QUEIME DEPOIS DE LER) ou o 'vilanismo' apático de PATRICK DEMPSEY (PÂNICO 3)? – voltando com todo o vapor nas explosivas e maravilhosas cenas de ação do final.

Sam não mora mais com seus pais, tem uma nova namorada e procura um emprego para não depender de ninguém. E os Autobouts agora, ajudam o governo americano a manter a paz no mundo, porém uma nova ameaça surge quando descobrem destroços de uma nave alienígena que fora capturada nos anos 60. É questão de tempo para que Megatron e sua trupe voltem a causar estragos pelas ruas do país.

SHIA LABEOUF (CONTROLE ABSOLUTO) continua tendo uma ótima presença frente às câmeras, mas a teimosia ‘patriótica’ de BAY em mostrar o poder bélico norte-americano e seus soldados, que morrem pela bandeira azul vermelha e branca é irritante, sem contar a dublagem nacional que está patética.
Não fossem os efeitos especiais, a ação hipnótica – e por vezes em câmera lenta - e o carisma do protagonista, talvez eu não sairia tão satisfeito! Desligue o cérebro e vá assistir!

Obs.: para quem quer saber se MEGAN FOX faz falta... a resposta é não!

Título Original: Transformers: The Dark of the Moon
Ano Lançamento: 2011 (EUA)
Dir: Michael Bay
Elenco: Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley, Josh Duhamel, John Malkovich, Ken Jeong, Patrick Dempsey, Frances McDormand, John Turturro


ORÇAMENTO: 200 Milhões de Dólares

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de TRANSFORMERS - O LADO OCULTO DA LUA ?
* Merece uma nova trilogia ?

CURTA METRAGEM: O ÚLTIMO FILME

Dirigido pelo estudante de Produção Audiovisual EUDALDO JÚNIOR (no twitter @eudaldojr), o curta metragem O ÚLTIMO FILME trata a morte de uma forma sutil, levando o espectador a visitar as memórias mais importantes da personagem principal.

Óbvio que tem todo o detalhe independente e os atores amadores, mas o roteiro de VANESSA GOMES esmiúça bem as passagens da jovem em pouco mais de sessenta segundos e o final, com a imagem de uma praia deserta cria um aspecto bacana de ‘paraíso’.



sábado, julho 16, 2011

VENCEDORES DO FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA


FILMES DE LONGA METRAGEM
• Melhor Filme Ficção (R$ 250 mil) - "Febre do Rato", Cláudio Assis
• Melhor Documentário (R$ 100 mil) - "Rock Brasília", Vladimir Carvalho
• Melhor Diretor Ficção (R$ 35 mil) - Selton Mello, "O Palhaço"
• Melhor Diretor Documentário (R$ 35 mil) - Maíra Bühler e Matias Mariani, "Ela Sonhou Que eu Morri"
• Melhor Ator (R$ 30 mil) - Irandhyr Santos, "Febre do Rato"
• Melhor Atriz (R$ 30 mil) - Nanda Costa, "Febre do Rato"
• Melhor Ator Coadjuvante (R$ 15 mil) - Moarcir Franco, "O Palhaço"
• Melhor Atriz Coadjuvante (R$ 15 mil) - Maria Pujalte, "Onde está a felicidade?"
• Melhor Roteiro (R$ 15 mil) - Selton Mello e Marcelo Vindicatto, "O Palhaço"
• Melhor Fotografia (R$ 15 mil) - Walter Carvalho, "Febre do Rato"
• Melhor Montagem (R$ 15 mil) - Karen Harley, "Febre do Rato"
• Melhor Som (R$ 15 mil) - Gabriela Cunha, Daniel Turini e Fernando Henna, "Trabalhar Cansa"
• Melhor Direção de Arte (R$ 15 mil) - Renata Pinheiro, "Febre do Rato"
• Melhor Trilha Sonora (R$ 15 mil) - Jorde Du Peixe, "Febre do Rato"
• Melhor Figurino (R$ 15 mil) - Kika Lopes, "O Palhaço"
• Especial do Júri (R$ 35 mil) - "Trabalhar Cansa", de Marco Dutra e Juliana Rojas

CURTAS REGIONAIS
• Melhor Filme (R$ 25 mil) - "Argentino", Diego da Costa
• Melhor Direção (R$ 15 mil) - Diego da Costa, "Argentino"
• Melhor Roteiro (R$ 10 mil) - Caue Nunes e Maurício de Almeira, "3x4"

CURTAS NACIONAIS
• Melhor Filme (R$ 25 mil) - "Tela", Carlos Nader
• Melhor Direção (R$ 15 mil) - "Uma Primavera", Gabriela Amaral Almeida
• Melhor Roteiro (R$ 10 mil) - "O Pai Daquele Menino", Gustavo Suzuki

JÚRI POPULAR
• Melhor Longa Ficção (R$ 25 mil) - "Onde Está a Felicidade?", Carlos Alberto Riccelli
• Melhor Documentário (R$ 15 mil) - "À Margem do Xingu – Vozes Não Consideradas", Damià Puig
• Melhor Curta Nacional (R$ 5 mil) - "Café Turco", Thiago Luciano
• Melhor Curta Regional (R$ 5 mil) - "Argentino", Diego da Costa

JÚRI DA CRÍTICA
• Melhor Longa Ficção - "Febre do Rato", Claudio Assis
• Melhor Documentário - "Uma Longa Viagem", Lucia Murat
• Melhor Curta Nacional - "Tela", Carlos Nader

sexta-feira, julho 15, 2011

A CIDADE IMÃ




O Rio de Janeiro por si só já é uma cidade estereotipada e lotada de clichês, culpa das novelas globais que usam e abusam de tudo o que a Cidade Maravilhosa tem de melhor – e algumas poucas vezes, do que tem de pior também. A CIDADE IMÃ, documentário de RONALDO GERMAN (que além de dirigir também produziu, roteirizou, fotografou e montou), não sai nem um pouco desta máxima e por isso fica devendo.

A idéia é interessante e coloca três estrangeiros que tem em comum duas coisas: a música e o fato de terem visitado a cidade uma vez, se apaixonado pelo ambiente, pelas pessoas e pela cultura e resolverem se mudar para lá.
Se eu, que sou brasileiro quase acreditei que nosso país resumia-se apenas em Rio de Janeiro, imagine o que um estrangeiro que assistir A CIDADE IMÃ irá deduzir!

E mesmo se deixássemos esta questão de lado, ainda existe a burocracia dos documentários nacionais – ou pelo menos a grande parte deles –, onde os ‘astros’ em cena conversam com a câmera, mas não conseguem a sintonia necessária para transpô-la.
A confusão primária também é notada quando GERMAN mistura a conversa dos entrevistados com alguma ‘cantoria’ no fundo.

IDRISS, DAVID, BRUCE e MAKO (que obviamente tem a função de ser a mais carismática de todos), mostram pontos interessantes do Rio de Janeiro, são filmados com o corcovado ao fundo, falam sobre as lindas mulheres e etc., mas ao ocultar o lado difícil e caótico da cidade enganam ainda mais o espectador. É verdade que lá pelas tantas se comenta sobre assaltos, sobre a tragédia com o deslizamento de terra nos morros e etc., mas logo depois a coisa toda é maquiada novamente.

Potencial para termos algo diferente existia, mas pelo visto o Rio de Janeiro virou clichê demais para a 7ª arte e isso é um pecado!

Título Original: A Cidade Imã
Ano Lançamento: 2011 (Brasil)
Dir: Ronaldo German
Elenco: Bruce Henri, Idriss Boudrioua, David Chew, Masako Tanaka


ORÇAMENTO: --

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de A CIDADE IMÃ ?
* Qual o melhor documentário nacional que viu recentemente ?

CURTA METRAGEM: CAFÉ TURCO




Desde o primeiro momento o diretor THIAGO LUCIANO, do curta metragem CAFÉ TURCO incorpora uma tensão e um grau de claustrofobia gigantescos. Não só a montagem está maravilhosa, como também as atuações de RODRIGO FELDMAN e KADI MORENO e as locações. Me lembrou bastante do longa de Kathryn Bigelow, GUERRA AO TERROR.

Além disso, o roteiro (também escrito por RODRIGO FELDMAN) tenta desassociar-se dos velhos clichês do gênero e o faz com louvor – obviamente não escapa de todos.
Minimalista com o jogo de luz e sombra, CAFÉ TURCO surpreende pela maturidade e esperteza, fora que o desfecho tem o impacto necessário para deixar o espectador pensativo por um bom tempo.

quinta-feira, julho 14, 2011

TOP CP - 10 MOMENTOS MAIS MARCANTES NA SAGA HARRY POTTER

Nossa nova colunista, Bárbara Silva (@_BahSiilva) faz a lista dos 10 melhores momentos da saga de Harry Potter nos cinemas, em forma de homenagear a estréia do último filme do bruxo na telona. E você, concorda? Acha que faltou alguma cena importante? Comentem!



- Harry descobre que a magia existe. Ele vê os pais num espelho mágico encontrado em uma das salas do terceiro andar. (Harry Potter e a Pedra Filosofal)

- Quando Harry descobre semelhanças suas com o Lorde das Trevas, momento também em que o bruxinho mata o Basilisco. (Harry Potter e a Câmara Secreta)

- Harry descobre que Sirius Black não é um traidor, mas sim seu padrinho. (Harry Potter e o Prizioneiro de Azkaban)

- A morte de Cedrico Diggory e a volta do Lorde das Trevas. Para aterrorizar a vida de Harry e todo o mundo da magia! (Harry Potter e o Cálice de Fogo)

- O ministério da magia passa a interferir em Hogwarts, por intermédio de Dolores Umbridge. (Harry Potter e a Ordem da Fênix)



- A criação de uma nova Ordem, com fim de agir contra o Lorde das Trevas. Harry Descobre a profecia. (Harry Potter e a Ordem da Fênix)

- Sirius Black morre após duelar com os comensais da morte. (Harry Potter e a Ordem da Fênix)

- A descoberta das Horcruxes de Voldemort. Draco Malfoy torna-se pupilo do Lorde das Trevas. (Harry Potter e o Enigma do Príncipe)

- A trágica morte de Dumbleodore. (Harry Potter e o Enigma do Príncipe)

- A saga inicia seu fim. Mais confrontos com as trevas e a morte de Dobby. (Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1)

quarta-feira, julho 13, 2011

ENTREVISTA COM CARLOS ALBERTO RICCELLI E BRUNA LOMBARDI


CARLOS ALBERTO RICCELLI e BRUNA LOMBARDI contam para os espectadores como surgiu o projeto do filme ONDE ESTÁ A FELICIDADE?, qual a emoção de estreá-lo no FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA 2011 e muito mais.

Aqui está uma entrevista que eles cederam ao portal Youtube Cinema. Aperte play e divertam-se!



terça-feira, julho 12, 2011

ONDE ESTÁ A FELICIDADE?




O filme que fechou a noite no dia 10 de julho de 2011 no Festival de Cinema de Paulínia 2011 foi ONDE ESTÁ A FELICIDADE?, dirigido por ninguém menos que CARLOS ALBERTO RICCELLI, que antes havia atuado em uma das piores produções nacionais de todos os tempos, chamada FEDERAL. Em 2007 estreou atrás das câmeras dirigindo sua esposa, BRUNA LOMBARDI em O SIGNO DA CIDADE e sua personagem é o que temos de menos ruim aqui (muito pela beleza estonteante da veterana atriz).

A mescla de comédia com road-movies já rendeu produções inspiradoras como PEQUENA MISS SUNSHINE ou mesmo SE BEBER, NÃO CASE, mas nem RICCELLI e muito menos o roteiro pretensioso e descaradamente tirado das novelas das sete da Rede Globo (com direito a uma espanhola que fala ‘portunhol’), escrito por BRUNA tem força para segurar o ritmo durante as quase duas horas de projeção.

BRUNO GARCIA está bem descontraído e fazendo o possível para ser minimamente engraçado, além da utilização de uma animação simples e divertida em alguns momentos. As cores vivas e intensas, que acompanham praticamente toda a projeção parecem colocadas lá de forma gratuita, não somando em nada na narrativa.
E assim como em MUITA CALMA NESSA HORA, personagens vão e vem numa gratuidade medíocre e sem fundamento, como nas pontas de MARCELO ADNET e DANI CALABRESA.

Teo é uma apresentadora, que vê seu casamento desmoronar quando descobre uma ‘traição virtual’ de seu marido. Para piorar, a emissora onde trabalha foi vendida e seu programa culinário será tirado do ar. Em meio à crise, decide fazer o caminho de Santiago de Compostela e terá companhia de seu ex-diretor e da espanhola Milena.

No final, voltam ao Brasil, no meio das ruínas históricas do Piauí e tocam um forró sem pé nem cabeça, saindo completamente do contexto – como se RICCELLI tivesse dirigido essas últimas cenas, sem que o roteiro fosse finalizado.
Se o Caminho de Santiago de Compostela for tão entediante e burocrático quanto o filme, prefiro procurar minha felicidade em território nacional mesmo!

Título Original: Onde está a Felicidade?
Ano Lançamento: 2011 (Brasil)
Dir: Carlos Alberto Riccelli
Elenco: Bruna Lombardi, Marta Larralde, Marcello Airoldi, Bruno Garcia, Marcelo Adnet e Dani Calabresa

ORÇAMENTO: --

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de ONDE ESTÁ A FELICIDADE ?
* Já foi em algum Festival de Cinema ? O que achou?

CURTA METRAGEM: TROCAM-SE BOLINHOS POR HISTÓRIAS DE VIDA




Ao contextualizar o espectador tão bem e tão rapidamente pela vida da protagonista do curta-metragem TROCAM-SE BOLINHOS POR HISTÓRIAS DE VIDA, a diretora e roteirista DENISE MARCHI ganha um tempo precioso para brincar e flertar com tudo aquilo que o amor pode nos trazer, desde momentos mega felizes e lotados de sonhos, até as maiores decepções nas ocasiões mais indesejadas.

SISSI VENTURIN, atriz principal do curta, tem uma doçura que encantam e preenche a tela desde o primeiro instante.
Mesmo tendo a consciência do que irá acontecer ao final, somos convidados a torcer, sonhar e se emocionar com a jovem. Delicado, sensível e com um toque de personalidade TROCAM-SE BOLINHOS... abre espaço para DENISE MARCHI mostrar seu generoso talento!

segunda-feira, julho 11, 2011

PODCAST 22 - REFILMAGENS


Éder (@cinema_e_pipoca), Dan (@danpessoa), Jone (@euvoudemochila) comentam neste podcast, sobre alguns filmes originais e suas respectivas refilmagens.
E você, acha legal Hollywood fazer remakes ou acha desnecessário ? Aperte o play e bom programa!

Obs.: Lembrando que seus comentários podem ser lidos no próximo podcast. Não se esqueça de colocar seu nome e cidade.

DURAÇÃO: 47 minutos aprox.

SUGESTÕES, CRÍTICAS OU PERGUNTAS TOSCAS:
enviel e-mails para blogcinemaepipoca@hotmail.com

INFORMAÇÕES: Aperte o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (o arquivo está no formato MP3) para desfrutar dessa baboseira no seu PC.



domingo, julho 10, 2011

PODCAST EXTRA - FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA (1º DIA DE COBERTURA)


Éder (@cinema_e_pipoca) e Dan (@danpessoa) comentam neste podcast extra, sobre o primeiro dia de cobertura do Cinema e Pipoca no FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA 2011 (dia 08 de julho), quais suas primeiras impressões e as críticas positivas e negativas do evento.
Aperte o play e bom programa!

DURAÇÃO: 10 minutos aprox.

SUGESTÕES, CRÍTICAS OU PERGUNTAS TOSCAS:
enviel e-mails para blogcinemaepipoca@hotmail.com

INFORMAÇÕES: Aperte o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (o arquivo está no formato MP3) para desfrutar dessa baboseira no seu PC.




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