sexta-feira, dezembro 28, 2007

POSSUÍDOS

A tradução de títulos nacionais dificilmente agradam e em POSSUÍDOS não é diferente.
WILLIAN FRIEDKLIN (O EXORCISTA) sintetiza todos os traumas norte americanos pós 11 de setembro, num suspense interessante, paranóico e eletrizante.
Os diálogos secos deixam espectadores ainda mais ligados na trama, que conta com no máximo 4 atores para segurar (muito bem!) os noventa minutos de projeção e usa-se praticamente um único cenário, causando uma sensação impressionante de claustrofóbica.

Peter (MICHAEL SHANNON) acredita estar infectado por insetos que se alojam dentro dele, com isso isola-se numa casa juntamente com sua nova companheira.
O tempo corre, suas atitudes viram ato desesperado de tentar salvar a própria raça humana, mas isso realmente é real ou não passa de imaginação fértil ?

ASHLEY JUDD (CRIMES EM PRIMEIRO GRAU) acertou em cheio no tom, levando à personagem força e loucura acima da média, FRIEDKLIN mesmo no alto dos seus 71 anos, transforma este enredo psicótico numa obra digna e original.

A fotografia azulada e gélida, funde-se perfeitamente naquilo proposto em POSSUÍDOS.
Grande filme, diferente do normal, com atuações competentes e sérias.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --

quarta-feira, dezembro 05, 2007

JOGOS MORTAIS 4

www.adorocinema.com.brTalvez, se a cine-série JOGOS MORTAIS parasse como uma trilogia seria excelente, até porque prolongar algo que teve um ‘ponto final’ tão reticente e poderoso – com a morte de JigSaw e sua aprendiz Amanda – seria desnecessário e irrelevante.
Mas como os números falam por si mesmo, a Lion Gates resolveu bancar outra continuação.

O início é, realmente impactante e de uma realidade implacável, mas após esses primeiros instantes, os roteiristas PATRICK MELTON e MARCUS DUNSTAN entregam-se aos clichês do gênero e o diretor DARREN LYNN BOUSMAN faz de JOGOS MORTAIS 4, apenas uma extensão de tudo que deu errado em películas menores, como O ALBERGUE.

Ao fazerem a autópsia no corpo do serial killer, os legistas encontram uma fita em seu estômago e descobrem que os jogos não acabaram.
É quando o comandante Rigg é seqüestrado e a busca incessante pelo seu paradeiro começa. No mesmo instante, o policial passa por uma série de armadilhas bizarras que poderão (ou não), salvar sua pele.

COSTAS MANDYLOR e ANGUS MACFADYEN tem atuações medonhas e quem “segura a barra” é TOBIN BELL, sempre naturalíssimo como JigSaw.
E após o sucesso, percebemos que a brutalidade iniciada por James Wan, está longe do fim.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: --

domingo, dezembro 02, 2007

O NOVO MUNDO

TERRENCE MALICK (ALÉM DA LINHA VERMELHA) desvencilha-se da máquina Hollywoodiana de padrões muitas vezes equivocados, flertando com espectadores momentos sutis, narrações em off tão belas quanto as fotografias apresentadas e um roteiro delicado.

Poderá ser de difícil apreciação a alguns, mas por trás destes frames sempre 'pacientes', vemos a luta dos indígenas contra a colonização da sua terra.
Nos momentos em que os americanos acreditavam em sua autocapacidade e autocontrole, eram onde os nativos provavam valores verdadeiros.
Como já citei acima, a fotografia é atrativo à parte, exposta com tanto charme que nos leva para dentro do longa.

COLIN FARRELL (MIAMI VICE) como sempre está competente, mas desta vez sua interpretação é sufocada pela presença hipnotizante da desconhecida Q'ORIANKA KILCHER, presenteando-nos com ingenuidade inquietante, mesclando ar inocente, com o poder de uma verdadeira mulher.
A colonização em si fica em segundo plano, pois a paixão dos astros principais ecoa pelas duas horas de duração.
MALICK diferencia-se com estilo particular (e inteligente) dos cacoetes do cinemão.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares
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