quarta-feira, dezembro 28, 2005

EDITOR CINEMA E PIPOCA

Gostaria de agradecer a todos que postaram comentários e para aqueles que leram minhas críticas.
Estou muito satisfeito com o resultado, e apesar de toda a correria, é sempre prazeroso fazer algo no qual gostamos.
Todos sabem que sou cinéfilo, e em 2006 muitas críticas virão, e terei o prazer de responder a todos os interessados em cinema.

Obrigado mais uma vez, um grande abraço a todos, FELIZ ANO NOVO e que 2006 seja repleto de paz, amor e muito entretenimento cinematográfico.

Nos vemos no ano que vem
O EDITOR

AI - INTELIGENCIA ARTIFICIAL

www.adorocinema.com.brHollywood tem tanta confiança em STEVEN SPIELBERG, que dá sinal verde para a maioria quase absoluta dos seus projetos.
AI - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - drama regado por ficção científica - teve orçamento robusto, apesar de não ser um blockbuster de 'degustação' fácil. Tal película era sonho antigo do conhecido diretor STANLEY KUBRICK (falecido após filmagens de DE OLHOS BEM FECHADOS em 1999).

A grande revelação HALEY JOEL OSMENT (O 6º SENTIDO), drena para si toda força dos diálogos, deixando os coadjuvantes, como simples fantoches de sua gigantesca capacidade interpretativa e JUDE LAW (ESTRADA PARA PERDIÇÃO), traz tom levemente cômico como um "robô de programa".

No terço final, SPIELBERG alonga-se demasiadamente e quase se perde no meio de um punhado de referências discutíveis (na realidade, presta homenagem ao amigo falecido, por isso há erros ou exageros em certas particularidades). Ainda assim, o ponto principal (discutir até onde máquinas poderão substituir-nos) fica intacto.

A fotografia esbranquiçada - lembrando bastante a usada em MINORITY REPORT - A NOVA LEI - é bem utilizada e JOHN WILLIAMS compõe trilha sonora 'no ponto', como de costume.
Difícil será segurar as lágrimas... boa diversão.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --

SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA

www.adorocinema.com.brIndiscutivelmente caímos nas armadilhas dos (inúteis) reality-shows, mostrando a vida das pessoas comuns, presas numa casa durante vários dias, testando paciência e caráter e todas um objetivo em comum: a "bolada" no final da atração.

SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA, é um soco no estômago não só deste tipo de programa, mas da televisão em geral e seus métodos inescrupulosos para ganharem a audiência do espectador, entregando-se a propagandas imbecis por cada frame e ajudando a alienar a população que influencia-se imensamente por isso.

Rotulado como astro pastelão, após O MENTIROSO, DEBY E LOIDE, ACE VENTURA e etc., JIM CARREY pulveriza qualquer dúvida sobre seu lado dramático, convencendo todo espectador minimamente atento.
Truman Burbank é tão inocente (e as pessoas que "contracenam" com ele, tão desprezíveis), que cria-se uma empatia momentânea.
No outro ponto deste iceberg encontramos ED HARRIS (POLLOCK) - genial -, personificando o produtor nada cético e com manias de grandeza.

PETER WEIR (MESTRE DOS MARES), chega ao ápice da própria filmografia, debatendo temas tão influentes e sem pieguices que dificilmente você sairá com os mesmos pensamentos do início do filme.

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: --

domingo, dezembro 18, 2005

MEDOPONTOCOM

www.adorocinema.com.brSe O CHAMADO é repaginação americana do terror oriental RINGU, MEDOPONTOCOM pode ser considerado a cópia da cópia.

Tudo é tão parecido com o suspense estrelado por Naomi Watts, que sustos são inexistentes e mesmo tendo três vezes mais sangue, ninguém sente-se incomodado por tal "artifício cinematográfico" (usado tão inutilmente).

Está tudo lá, como manda o Manual dos Diretores Caras de Pau:
- Pessoas comuns, jogadas numa 'situação mortal';
- Mulheres (quase) indefesas em perigo;
- Locações escurecidas;
- Qualquer coisa para usar como trilha sonora;
- Desfecho premeditado por qualquer espectador atento.

Roteirizado pelo preço de um modem usado, cabe-nos a ingrata e cansativa tarefa de assisti-lo sem pegar no sono, antes dos primeiros trinta minutos.
Caso reembolsassem o dinheiro pago por toda película idiota passada no cinema, MEDOPONTOCOM jamais existiria.

NOTA: 2,5
ORÇAMENTO: --

sábado, dezembro 10, 2005

DEVORADOR DE PECADOS

www.adorocinema.com.brSe fôssemos comparar esse produto sem pé nem cabeça com um jogo de futebol, HEATH LEDGER (O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN) seria aquele típico jogador sem nenhuma função dentro de campo, completamente perdido e inútil (num trabalho desnecessário ao currículo do falecido ator) e BRIAN HELGELAND (diretor), ficaria à beira do gramado gritando em vão com seu time.

Em noventa minutos, vemos um roteiro que não decide-se entre suspense, drama, comédia involuntária lotada de efeitos (ou seriam defeitos ?!) especiais e diálogos descabíveis.
Salva-se as fotografias (paisagens enquadradas corretamente) e algumas locações interessantes da capital italiana e do Vaticano.

Padre morre misteriosamente, com isso Alex Bernier vai à Roma desvendar o ocorrido.
Conhece então a história sobre os Devoradores de Pecados (imortais que "perdoam" por completo as pessoas antes do falecimento, absorvendo todos esses erros para si).

Se na obra anterior - CORAÇÃO DE CAVALEIRO - a equipe impôs ritmo escapista (com direito a canções do Queen), tiradas espertas , numa típica Sessão da Tarde, DEVORADOR DE PECADOS fica no "0 a 0", irritando a torcida.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 35 Milhões de Dólares

MENINA DE OURO

www.adorocinema.com.brPermanecer céptico e relevante, numa indústria onde inovações são quase impossíveis e bons roteiros dramáticos praticamente sumiram, é proeza para uns poucos gênios (RICHARD LINKLARTER, STEPHEN FREARS, CLINT EASTWOOD, por exemplo).
Este último, ao longo da carreira criou ícones do western - heróis durões, com poucos diálogos - mas foi no auge da maturidade que presenteou-nos com obras primas, dignas de serem lembradas por qualquer cinéfilo.

Em MENINA DE OURO, faz HILARY SWANK (P. S. - EU TE AMO) retomar as boas interpretações, misturando inocência, seriedade e força (sem nunca entregar-se aos clichês), privilegia a experiência do magistral MORGAN FREEMAN (SEVEN - OS SETE CRIMES CAPITAIS) e vai para frente das câmeras, viver um treinador desiludido, velho e sem novas perspectivas.

Usando uma fotografia escurecida (como é o dia a dia dos personagens centrais), cobre o roteiro de alegrias e conquistas no primeiro ato, para depois jogar um "balde de água fria" do meio para o final (como se disesse: "nossa existência é completamente insignificante neste mundo").

As seqüências no ringue valem cada segundo e os coadjuvantes irradiam seriedade, numa das películas mais contundentes e tristes dos últimos anos.
Assim como SOBRE MENINOS E LOBOS, os espectadores precisarão recuperar-se do baque - um soco no estômago (com o perdão do trocadilho).
Observação: venceu os Oscares nas categoriasFilme, Diretor, Atriz e Ator Coadjuvante.

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares

quinta-feira, dezembro 08, 2005

O GRITO

www.adorocinema.com.brJá leu aquela conhecida frase: "Nada se cria, tudo se copia", pois bem, algum produtor de Hollywood deve tê-la pronunciado pela primeira vez, já que 90 % dos filmes atuais não passam de picaretagem e estas refilmagens dos sucessos orientais também o são.
Bastou O CHAMADO "fazer dinheiro" e pronto... estúdios correram atrás dos direitos de qualquer roteiro que trouxesse garotinhas cabeludas, assombrando pessoas indefesas.

Quem em sã consciência convidaria SARAH MICHELLE GELLAR (seriado BUFFY - A CAÇADORA DE VAMPIROS), para protagonizar uma película do gênero?

GELLAR é insossa, tirando risos da platéia ao invés de causar medo. Mas também absolutamente nada dá certo neste O GRITO (que deveria chamar-se "O Grunhido"), desde a direção inexistente de TAKASHI SHIMIZU (responsável pelo original), incapaz de criar ângulos minimamente tensos, trilha sonora risível e coadjuvantes medíocres.

Do outro lado do televisor, o espectador boceja, torcendo para presenciar o desfecho rapidamente. É quando cai no sono, acordando apenas quando créditos finais sobem, ele esforça-se para lembrar qual filme assistia, mas esqueceu completamente... até O GRITO 2 estrear.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: --

ALEXANDRE

www.adorocinema.com.brCinema é como política, existem os candidatos que prometem 'mundos e fundos', que fazem tudo antes das eleições, porém esquecem-se dessas dívidas ao serem eleitos.
A indústria hollywoodiana assemelha-se nisso. Produções supostamente poderosas (escoradas num marketing ferrenho, antecipadamente à estréia), esperançosas por bilheterias estratosféricas, chegam aos multiplex e caem diante da fria recepção de público e crítica, foi o que aconteceu com ALEXANDRE.

OLIVER STONE (AS TORRES GÊMEAS), orçou seu novo trabalho em 150 milhões de dólares, contratou elenco estelar, filmando obra sonolenta e vagarosa.

O martírio começa com COLIN FARRELL (MIAMI VICE), terrivelmente caracterizado, com a cabeleira loira, ANTHONY HOPKINS (UM CRIME DE MESTRE), como narrador da história, está contido nas pequenas aparições, ANGELINA JOLIE (O PROCURADO), perde até a sensualidade habitual. Mas VAL KILMER (FOGO CONTRA FOGO), surpreende, fazendo seu coadjuvante ser mais interessante que o personagem título.

Após uma contundente aula cinematográfica de Ridley Scott em GLADIADOR, é irritante notar as fracas cenas de luta, os diálogos mornos e a tentativa (em vão!) de criar seqüências polêmicas (lê-se homossexuais).
Dica: espere passar na Tela Quente!

NOTA: 3,5
ORÇAMENTO: 150 Milhões de Dólares

domingo, dezembro 04, 2005

EFEITO BORBOLETA

www.adorocinema.com.brEFEITO BORBOLETA poderia transformar-se facilmente num produto sem pé nem cabeça, onde diretores e produtores misturam tantos gêneros picotados em um único filme, que tornaria impossível a perfeita compreensão dos fatos.
Porém ERIC BRESS e J. MACKYE GRUBER (diretores e roteiristas) moldam uma trama tão feroz, onde cada ato do protagonista (interpretado por ASHTON KUTCHER, saindo das infelizes comédias românticas) sentimentos de culpa, vingança, remorso e amor são fortemente maximizados.

O baixo orçamento é notado, principalmente nas cenas contendo computação gráfica, mas tudo isso é seguramente driblado pela eficácia na narrativa.
Os 100 minutos do longa ganham reviravoltas interessantes, calcado numa trilha sonora bacana, mas sem grandes novidades.

Evan tem o dom de retornar ao passado para tentar concertar algumas burradas do passado, toda vez que lê seu diário. Mas a cada "viagem", algumas feridas fecham-se e outras sempre acabam abrindo-se, quase como ciclo vicioso.

AMY SMART (TÁ TODO MUNDO LOUCO) está levemente deslocada e algumas seqüências poderiam ser cortadas, porém como esparava pouquíssimas coisas boas desta produção, fiquei contente por EFEITO BORBOLETA não ser apenas outro caça-níquel de quinta categoria.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 13 Milhões de Dólares

JOGOS MORTAIS 2

www.adorocinema.com.brDiante das continuações medíocres como PÂNICO 2, EU AINDA SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO, A BRUXA DE BLAIR 2 - O LIVRO DAS TREVAS, JOGOS MORTAIS 2 pode ser considerado uma obra muito acima da média, pois DARREN LYNN BOUSMAN mantém o nível claustrofóbico usado por James Wan no primeiro episódio.

O orçamento foi maior, por isso o tratamento em relação às famosas armadilhas do serial killer tornaram-se incrivelmente reais (a piscina de agulhas ou a máscara com pregos são exemplos), a fotografia continua num tom esverdeado e "sujo", o ambiente contendo pouca iluminação e todas as barbáries deste sub-gênero estão lá.
O roteiro ainda esconde diversas reviravoltas bem boladas e o desfecho é indiscutivelmente arrebatador.

Agora oito pessoas, trancadas numa casa são as novas vítimas de JigSaw (que é encontrado pela polícia) e tentarão provar que têm direito de continuarem vivas.
Acabamos entendendo as motivações do protagonista para executar tais atitudes e TOBIN BELL segura firme todos os momentos em frente às câmeras.

Falta a dramaticidade do primeiro, porém as famosas cenas sangrentas, conseguem dez vezes mais impacto. Que venha JOGOS MORTAIS 3.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 4 Milhões de Dólares

SIN CITY - A CIDADE DO PECADO

www.adorocinema.com.brHouveram épocas em que quadrinhos e cinema não entendiam-se por completo. Víamos bizarrices como SPAWN - O SOLDADO DO INFERNO, BATMAN E ROBIN, O JUIZ, O FANTASMA (praticamente comédias involuntárias), mas após alguns tropeços, vieram HOMEM ARANHA, BATMAN BEGINS, CONSTANTINE, X-MEN, provando que a paciência seria a melhor das virtudes.

Por isso, SIN CITY - A CIDADE DO PECADO não poderia chegar num momento tão oportuno, pois os diretores (QUENTIN TARANTINO, ROBERT RODRIGUEZ e FRANK MILLER) usam e abusam dos recursos digitais, deixando assim, película e HQ complemento uma da outra.
RODRIGUEZ aliás, copiou diálogos ao pé da letra, teceu fotografia preto e branco minuciosamente e contou com astros entregues acertadamente aos personagens.

Há BRUCE WILLIS (DURO DE MATAR), como típico policial dos antigos noir, BENICIO DEL TORO (21 GRAMAS), provando novamente competência, JESSICA ALBA (QUARTETO FANTÁSTICO) como musa da película, ELIJAH WOOD (O SENHOR DOS ANÉIS) quase irreconhecível, por trás da maquiagem pesada, JOSH HARNETT (XEQUE-MATE), sempre canastrão, CLIVE OWEN driblando as escolhas erradas, como REI ARTHUR, MICHEY ROURKE (O IMPLACÁVEL) e outras beldades: BRITANNY MURPHY (RECÉM CASADOS), DEVON AOKI (+ VELOZES + FURIOSOS) e ROSARIO DOWNSON (SANTOS E DEMÔNIOS).

Definitivamente, essas mídias fizeram as pazes e atualmente são "grandes amigas"... bom pra gente.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 45,5 Milhões de Dólares

COLATERAL

www.adorocinema.com.brSenhor de filmes respeitáveis como O INFORMANTE, MICHAL MANN colocou as mãos numa obra complexa, porém moldou-a num tom onde dinamismo e seriedade competem entre si.
Quem estava enjoado de ver TOM CRUISE (O ÚLTIMO SAMURAI), interpretando "bons-moços" caricatos, entendiantes e "hollywoodianos" demais, se surpreenderá, não só pelo o cabelo e as barbas grisalhas, mas também em relação ao poder frente às câmeras, como vilão.

JAMIE FOXX (RAY), começa tímido, sobretudo no decorrer deste COLATERAL captura a essência imposta por MANN, transformando o taxista Max, num herói de primeira (a seqüência dele, recuperando a "lista" das vítimas, gela a espinha).

A fotografia noturna aumenta qualquer faísca de tensão, portanto, é correto dizer que a pragmática cidade de Los Angeles vira outro personagem.
Diálogos precisos e tremendamente naturais, como quando FOXX pergunta: "Você o matou?", e CRUISE retruca friamente: "Não. Eu atirei nele. As balas e a queda o mataram", estão lá intensificando a maturidade ímpar do diretor.

Porém, nada estaria completo, se o clímax fosse falho. Então ganhamos uma bela reviravolta, com o táxi em alta velocidade, ao som de Shadow of the Sun (Audioslave), para fechar uma das melhores películas do ano.

NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares

COM AS PRÓPRIAS MÃOS

www.adorocinema.com.brNos anos 80, brucutus como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Dolph Ludgren, Steven Seagal, dentre outros reinavam absolutos, tendo sempre como pano de fundo de seus filmes "guerras particulares mal resolvidas".
Como já era esperado, a nova geração necessitava de heróis que resolvessem tudo no sopapo, sem muita conversa. Portanto Jason Statham (CARGA EXPLOSIVA), Vin Diesel (TRIPLO X) e DYWANE "THE ROCK" JOHNSON, surgiram nas telonas.

Este último segura "no lombo" COM AS PRÓPRIAS MÃOS, filme com pequenas doses de drama e participação de JOHNNY KNOXILLE (JACKASS), tão deslocado quanto Sean Willian Scott em BEM VINDO À SELVA.

O fortão Chris Vaughn volta à cidade natal, após servir o exército por longos anos, mas encontra apenas vestígios daquela pacata vila.
Um cassino foi aberto e nele dinheiro é lavado, drogas contrabandeadas e garotas usadas como diversão. Então, Vaugh torna-se xerife para liquidar tais bandidos.

As cenas de ação convencem (o quebra pau na casa de jogos é ótimo) e o ator têm empatia instantânea com o público. É testosterona para todo lado, num bom exemplo de entretenimento pipoca e refrigerante.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 56 Milhões de Dólares

O PAGAMENTO

www.adorocinema.com.brAs obras do mestre Stephen King, oscilam tremendamente quando repassadas ao cinema, vide o fantástico À ESPERA DE UM MILAGRE e o fraquinho 1408. Das páginas de outro gênio, PHILIP K. DICK, também saíram inúmeras produções bacanas: BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES, HOMEM DUPLO, MINORITY REPORT - A NOVA LEI, para citar alguns.

Infelizmente, neste O PAGAMENTO, JOHN WOO esqueceu os conceitos interessantes do escritor, focando sua direção nas fracas seqüências de tiros e explosões (desde MISSÃO IMPOSSÍVEL 2, ele perdeu completamente o impacto visual de outrora).

BEN AFFLECK (A SOMA DE TODOS OS MEDOS), sacrifica-se, num personagem sofrível, UMA THURMAN (KILL BILL), deslocada, como "dama em perigo" da vez (aliás, a química entre eles, precisaria urgentemente de melhoras) e AARON ECKHART (OBRIGADO POR FUMAR) cem por cento apático.

Parte da culpa pelo fiasco está no roteiro, entregue às "idéias" dos executivos e produtores (vê-se um emaranhado de situações absurdas, trilha sonora pobre e coadjuvantes bobocas).
WOO fica devendo e DICK revira-se no caixão, com tamanha bobagem.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares

sábado, dezembro 03, 2005

KILL BILL VOL. 1 E 2

www.adorocinema.com.brOk, QUENTIN TARANTINO têm grandes idéias, projetos inovadores e ousados, desmestificou padrões e salvou a Miramax da falência com PULP FICTION.
Nesta nova empreitada, ele quis homenagear as produções de artes marciais do Oriente, filmando pesadamente várias cenas e entregando aos espectadores algo violento e sanguinário, "decorado" com referências pop e humor negro, típicos do diretor.

No primeira (e melhor) episódio, UMA THURMAN (O PAGAMENTO), passa desenvoltura como noiva em busca de vingança. O roteiro - dividido em capítulos - é um deleite e a luta contra LUCY LIU (AS PANTERAS), que mescla seqüências em animê é perfeitamente sincronizada, para satisfazer tanto os fãs, quanto o próprio TARANTINO.

Mas é no segundo volume que o diretor tenta, em vão, representar nuances reais dos clássicos japoneses, porém Hollywood não tem os cacoetes nipônicos e de quebra, a violência estilizada e os diálogos, tornam-se demasiadamente tendenciosos.

No desfecho seco e rápido, contra seu marido (interpretado por DAVID CARRADINE), THURMAN minimiza toda expectativa criada para o confronto final.
Apesar do relativo sucesso, KILL BILL 2 (que antes do lançamento era esperado como novo PULP FICTION), é apenas outra obra superestimada do ex-gênio por trás de CÃES DE ALUGUEL.

NOTA: Vol. 1 (8,0) / Vol. 2 (5,0)
ORÇAMENTO: 55 Milhões de Dólares (VOL. 1) / 30 Milhões de Dólares (VOL. 2)

POR UM FIO

www.adorocinema.com.brNum universo tão individualista como nosso, nada melhor que presenciarmos POR UM FIO, do experiente diretor JOEL SCHUMACHER (TIGERLAND). Irradiando destreza nos oitenta minutos do longa, compete a ele dar timing correto a algo que poderia facilmente cair num buraco enorme de clichês e besteiras sem nenhuma finalidade.

Dispensando apresentações iniciais, o roteiro vai direto ao ponto, colocando o protagonista dentro de cabine telefônica, na mira de um atirador. Em cada ato, desperta atenção dos comerciantes e pedestres ao redor, misturando desespero, medo e tensão.
Há diálogos espertos, lotados de situações inteligentes, contando com planos interessantes e entregando-nos um suspense sem grandes pretensões, mas divertido.

COLIN FARRELL (MIAMI VICE), segura a película praticamente sozinho, tendo ajuda dos experientes FOREST WHITAKER (O QUARTO DO PÂNICO), KATIE HOLMES (BATMAN BEGINS) e finalmente KIEFER SUTHERLAND (do seriado 24 HORAS), numa participação rápida.

Quando pensávamos que tal gênero estava fadado ao fracasso absurdo das produções adolescentes, SCHUMACHER "bota mão na massa", agradando tanto público quanto crítica.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 10 Milhões de Dólares

quinta-feira, dezembro 01, 2005

OS INCRIVEIS

www.adorocinema.com.brHá algum tempo atrás, ninguém imaginaria animações recheadas de humor tão ácido (como SHREK), ou que discutissem as relações familiares, pois eram produtos totalmente infantis, onde protagonistas iam de encontro aos clichês do gênero.
Coube a dois estúdios, desmestificar tais "impertinências": PIXAR e DREAMWORKS.
Nessa onda, surgiu OS INCRÍVEIS (encontramos nele várias referências de HQs, como: Quarteto Fantástico ou Watchman), do genial BRAD BIRD (O GIGANTE DE FERRO).

Modelado num estilo "cartunesco", os personagens ganham características bem verdadeiras desde os minutos iniciais - tirando as óbvias proporções - e o roteiro, envolto num humor agradável (tanto para os adultos quanto para as crianças), que são fundamentais para cravar a nova película como obra prima.

Homem é salvo pelo maior herói da Terra contra sua vontade, vai aos tribunais e vence, obrigando governo a indenizá-lo. Por isso uma centena de outros processos são abertos e todos os super-poderosos ficam fora da ativa, até o Sr. Incrível receber uma missão secreta.
Desconfiada, Mulher Elástico vai atras do maridão e os filhos (Flecha e Violeta) viajam escondidos. Está formado novo time contra o mal.

O DVD Duplo, contém extras imperdíveis com o curta-metragem de Zequinha, storyboards e outra infinidade de opções.
Coadjuvantes como Edna ou Gelado, deixam o programa ainda mais divertido... assistam!

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 92 Milhões de Dólares

quarta-feira, novembro 30, 2005

AMALDIÇOADOS

www.adorocinema.com.brWES CRAVEN repaginou o gênero suspense, colocando jovens sarados (e sem inteligência), para serem assassinados por algum cidadão mascarado, com motivações pífias e involuntariamente engraçadas.

A brincadeira deu certo, PÂNICO transformou-se numa trilogia e rendendo tantas cópias que fica difícil citar todas (LENDA URBANA, EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO, CUT - CENAS DE HORROR, dentre outras "pérolas").
Se rir de um gênero morto, deu certo uma vez, porque não tentar novamente ? - Provavelmente essa frase passou pela cabeça do diretor, antes de entrar no novo projeto.

Inicialmente AMALDIÇOADOS traz clima um interessante, segurando o espectador nos dez primeiros minutos.
Daí em diante, a "sessão tortura" começa, com diálogs pobres, interpretações bizarras (alguém pode me explicar o que CHRISTINA RICCI faz aí ?) lobisomens esdrúxulos, trilha sonora e efeitos especiais fracos, tudo dirigido pesadamente pelo canastrão citado acima.

Cabe então, ao corajoso espectador, manter-se acordado até créditos finais subirem, para entender (ou não!) , como Hollywood irradia mediocridade nos momentos mais inoportunos.

NOTA: 1,0
ORÇAMENTO: 35 Milhões de Dólares

SR. E SRA. SMITH

www.adorocinema.com.brFalar de SR. E SRA. SMITH e esquecer do fato ocorrido entre as filmagens é impossível. De lá para cá, BRAD PITT (SEVEN - OS SETE CRIMES CAPITAIS) e ANGELINA JOLIE (ROUBANDO VIDAS) mantiveram-se nas páginas daquelas "revistas de consultório dentário", hora com outro filho adotado, hora com supostas crises no relacionamento.

Mas falando do filme, nas primeiras seqüências, a produção flerta com o gênero da espionagem rapidamente (afinal, DOUG LIMAN foi responsável também por A IDENTIDADE BOURNE). Trinta minutos depois, ninguém quer saber de roteiro, diálogos ou senso de realismo, pois a cada frame se vê uma correria desenfreada e explosões, muitas explosões... por isso, mantenha sempre ao seu lado, guloseimas, pipoca e refrigerante e divirta-se.

Na história, John e Jane são casados, mas levam uma vida dupla (escondendo este segredo um do outro). Por "coincidência hollywoodiana", acabam entrando num trabalho onde um tem que liquidar o outro.

Caso SR. E SRA. SMITH não mantivesse a química indestrutível das estrelas principais nos noventa minutos, tal diversão descerebrada ostentaria o título de repugnante.
No clímax, a adrenalina sobe a níveis incríveis e LIMAN sente-se no habitat natural, podendo manipular câmeras inquietas por todo espaço (quase como Michael Bay).
JOLIE injeta sensualidade e PITT vigor físico invejável. Sempre há quem "torça o nariz" aos blockbusters, mas o que seria do cinema sem estas mega-produções?!

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 100 Milhões de Dólares

O RESGATE DO SOLDADO RYAN

www.adorocinema.com.brQuando saem dos barcos são recebidos com saraivadas dos fuzis inimigos, corpos caem, pedaços desses soldados voam após as explosões das bombas e os espectadores parecem sentir o cheiro intimidador de sangue pairando no ar. São minutos agonizantes, tensos, nervosos, numa cena que redefine o gênero sem exagero algum.

Dali para frente vemos duas horas nervosas (e oscilantes) do épico comandado pelo minimalista STEVEN SPIELBERG (A LISTA DE SCHINDLER).
Lá pelas tantas, O RESGATE DO SOLDADO RYAN cai numa patriotada frenética, porém a fotografia, montagem e outros requisitos técnicos invocam um realismo impressionante (a câmera documental do início, é claro exemplo disso).

TOM HANKS (FORREST GUMP - O CONTADOR DE HISTÓRIAS), MATT DAMON (A IDENTIDADE BOURNE), BARRY PEPPER (3 ENTERROS), PAUL GIAMATTI (MANDANDO BALA) e grande elenco, interpretam descaradamente os mocinhos, que sofrem, choram, contam histórias sobre família, deixando os alemães como luxuosos coadjuvantes e vilões.

Caso fosse outro diretor (Oiver Stone, por exemplo), tudo soaria demagogo, mas SPIELBERG atinge o nervo do espectador, sem deixá-lo irritado ou entediado.
Obra um pouco tendenciosa, mas longe de ser ruim!

NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: --

NÁUFRAGO

www.adorocinema.com.brNeste mundo caótico, onde pessoas trabalham tanto, descansam cada vez menos e o tempo é tão (ou mais) precioso quanto suas próprias vidas, somos apresentados ao personagem interpretado por TOM HANKS (O RESGATE DO SOLDADO RYAN), neste NÁUFRAGO.

Capitaneado por uma direção inteligente do "multi-uso" ROBERT ZEMECKIS (O EXPRESSO POLAR), nosso herói nos transmite força de vontade, medo, coragem e outras milhares de sensações, num estupendo trabalho (tal genialidade reforça-se quando Chuck Noland interage com bola de vôlei).

Planos incrivelmente amplos e uma óbvia exuberância em relação à fotografia, equilibram-se nos frames filmados pelo cineasta. Há um certo exagero no tempo de duração, nada prejudicial é verdade, pois quando percebemos já fomos "sugados" para dentro da ilha também.

Após partir para viagem aérea (onde fariam entregas via Sedex), o avião onde está Chuck Noland passa por turbulências no meio de uma tempestade e cai. Quando acorda, encontra-se numa praia deserta e agora aprenderá a viver conforme as leis da natureza (onde o tempo é apenas mero detalhe).

Bem conduzido, vale uma boa conferida por ser diferente e auto-explicativo.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --

terça-feira, novembro 29, 2005

FURIA EM DUAS RODAS

www.adorocinema.com.brVELOZES E FURIOSOS pode ser uma grande bobagem adolescente, porém agrada nas seqüências de ação desenfreada (principalmente se houver a combinação pipoca/refrigerante), nos enquadramentos dos possantes e pelos atores principais: VIN DIESEL e PAUL WALKER (a química funciona perfeitamente, apesar da pieguice embituda em Toretto e Brian).

Restou uma brecha para JOSEPH KAHN, contratar MARTIN HENDERSEN (O CHAMADO) e ICE CUBE (TRIPLO X - ESTADO DE EMERGÊNCIA) e montar uma película indigesta, sofrível, amarrada num roteiro bizarro e em computações gráficas exageradamente mal feitas (onde foi parar o efeito gravitacional!?).

FÚRIA EM DUAS RODAS uniu detalhes importantíssimos para falhar nas bilheterias: incompetência até no clímax e diálogos dignos de STEVEN SEAGAL.
O estilão 'clipero MTV', imerso em propagandas coloridas, mulheres deslumbrantes e criatividade nula, nos faz lembrar o quanto Hollywood pode ser pífia (a seqüência final, fecha com chave de ouro este projeto horrendo).

Nunca imaginei dizer isto, mas sentimos falta de ROB COHEN.

NOTA: 3,5
ORÇAMENTO: --

CARANDIRU

www.adorocinema.com.brAs centenas de penitenciárias espalhadas Brasil afora (a grande maioria lotadas e sem as mínimas condições para estarem funcionando), mostram o caos governamental, assim como os bandidos mega-organizados, são sinais de uma polícia despreparada e desmotivada.

Inteligente e perceptivo, Dráuzio Varella, escreveu ESTAÇÃO CARANDIRU, debatendo temas como os citados acima. Capturou histórias reais, momentos interessantes e a fatídica chacina dos policiais em 1992.

HECTOR BABENCO (O PASSADO), vendo forte "apelo emocional e comercial" na obra, tirou-a das páginas. Porém suas tramas são rasas e mesmo nomes como RODRIGO SANTORO (SIMPLESMENTE AMOR), LÁZARO RAMOS (O HOMEM QUE COPIAVA) e WAGNER MOURA (TROPA DE ELITE), deixam desejar.

A pieguice é tão grande que os "bom mocismos" entre detentos nos trazendo cenas que beiram a panfletagem, perdendo a naturalidade do texto original.
Numa filmografia tão extensa, BABENCO esqueceu os momentos célebres da carreira, capturando um clima tendencioso e cheio de dramalhões... uma pena!

NOTA: 4,5
ORÇAMENTO: 12 Milhões de Reais

SOBRE MENINOS E LOBOS

www.adorocinema.com.brCLINT EASTWOOD é como bom vinho, quanto mais o tempo passa, melhor fica.
Nos anos em que os faroestes eram febre, lá estava ele (POR UM PUNHADO DE DÓLARES, PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL, MAGNUM 44), moldando personagens heróicos, vibrantes e vingativos. Porém este tempo se foi e chegaram então COWBOYS DO ESPAÇO, OS IMPERDOÁVEIS (releitura dos westerns de outrora) e SOBRE MENINOS E LOBOS.

Tirado das páginas do escritor Dennis Lehane, o diretor nos traz um tom que paira entre a racionalidade e a vingança, trabalhando personagens principais tão furiosamente e entregando um desfecho tão arrebatador que necessita-se de alguns minutos para absorver completamente tal experiência.

No elenco, nomes como SEAN PENN (A INTÉRPRETE), TIM ROBBINS (GUERRA DOS MUNDOS), KEVIN BACON (O HOMEM SEM SOMBRA), LAURENCE FISHBURNE (MATRIX), LAURA LINNEY (A LULA E A BALEIA), MARCIA GAY HARDEN (NA NATUREZA SELVAGEM), cravam diálogos densos do primeiro ao último minuto.

Três amigos de infância são colocados uns contra os outros por causa de um assassinato não esclarecido. Vidas desmoronam, feridas antigas se abrem novamente e a lealdade está à prova.
Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, SOBRE MENINOS E LOBOS pulveriza a idéia do "sonho americano", capitaneado por EASTWOOD na sua total perfeição. Magnífico !

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares

CIDADE DE DEUS

www.adorocinema.com.brA completa decadência do cinema nacional ocorreu tão rapidamente e sem aviso prévio que "ressuscitá-lo" cem por cento é tarefa árdua (houve evolução, mas estamos longe do ideal). Parte desse passo adiante deve-se ao sucesso estrondoso de uma produção sem estereótipos, que garantiu retorno financeiro aqui em nossas terras e foi aclamado nos grandes pólos como Estados Unidos e Alemanha.

Sim, estou falando de CIDADE DE DEUS que fincou nomes como FERNANDO MEIRELLES (O JARDINEIRO FIEL) ou DANIEL REZENDE (para citar alguns) em projetos mundo afora.

Da fotografia de CÉSAR CHARLONE (na primeira parte usa-se clareza quase ofuscante e logo depois a escurece, seguindo o tom bastante decadente), à montagem (entrelaçado em flashbacks), tudo foi milimétricamente calculado, resultando numa película perfeita.

No meio das intrincadas relações entre os "donos das bocas", há espaço para seqüências descontraídas (é impagável ver Dadinho pedindo para dançar com uma garota) e para trilha sonora competente de ANTÔNIO PINTO e ED CÔRTES.
4 indicações ao Oscar (Diretor, Roteiro Adaptado, Montagem e Fotografia) e belíssimas críticas provam que  nossos produtos cinematográficos estão amadurecendo e aparecendo.

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 3 Milhões de Dólares

segunda-feira, novembro 28, 2005

A SOGRA

www.cinemacomrapadura.com.brTípico filme de redenção, nem tanto para JANE FONDA (DÍVIDA DE SANGUE) mas para JENNIFER LOPEZ (A CELA), que vinha acumulando fracasso após fracasso. Portanto, nada melhor que uma comédia romântica com roteiro funcional e manjado para as bilheterias alavancarem novamente.

Inicialmente as cenas inusitadas e o humor peculiar jorram na tela, deixando os espectadores entusiasmados. Trinta minutos depois, essas seqüências repetiram-se inúmeras vezes e os sorrisos transformam-se numa grande frustração.

Num ritmo oscilante, um desfecho premeditado e uma trilha sonora sonolenta, cabe à FONDA injetar momentos inspirados para moldar a pior sogra do mundo.
Em contrapartida, os coadjuvantes poderiam dar certo ânimo nessa baboseira hollywoodiana, mas ficam só na tentativa, pois nem o par romântico de LOPEZ, MICHAEL VARTAN (RETRATOS DE UMA OBSESSÃO) acerta no humor pastelão.

Após MARIAH CAREY no entediante GLITTER - O BRILHO DE UMA ESTRELA, BRITNEY SPEARS em CROSSROADS - AMIGAS PARA SEMPRE (pelo título, já vale uma indigestão), BEYONCÉ em RESISTINDO ÀS TENTAÇÕES e a protagonista deste A SOGRA, esperar mais o que? CELINE DION numa ficção científica?

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: --

GUERRA DOS MUNDOS

www.adorocinema.com.brOs americanos foram surpreendidos pelo ataque às Torres Gêmeas e seus medos ficaram evidentes e a paranóia em relação a isso foi parar nos cinemas bem rápido.
STEVEN SPIELBERG ousou refilmar GUERRA DOS MUNDOS (1953) e a cena da destruição inicial foi claramente influenciada pelas imagens vistas naquele fatídico 11 de setembro. Porém ao invés de aviões, temos Ovnis, ao invés de Bin Laden, temos seres interplanetários.

Aliás, é no primeiro ato que o diretor mostra a capacidade genial em criar momentos tensos, sintonizando perfeitamente os efeitos especiais, com as locações abertas (a cena da ponte sendo destruída nos deixa boquiabertos), calcado por uma trilha sonora intensa.

TOM CRUISE (MINORITY REPORT - A NOVA LEI) está oscilante e é ofuscado pelos coadjuvantes pesos-pesados: DAKOTA FANNING (CHAMAS DA VINGANÇA) que a cada olhar faz gelar as 'espinhas alheias' e TIM ROBBINS (SOBRE MENINOS E LOBOS), em atuação acima do esperado.

Para ter idéia da ferida exposta no orgulho desses conterrâneos de George W. Bush, até o diretor de ET - O EXTRATERRESTRE e CONTATOS IMEDIATOS EM TERCEIRO GRAU (visões pacificadoras e ingênuas dos extraterrestres), mudou conceitos sem piedade, pior para nós.

NOTA: 6,0
ORÇAMENTO: 128 Milhões de Dólares

JOGOS MORTAIS

www.adorocinema.com.brQuando pensávamos que terror era um gênero morto, por filmes como PÂNICO, EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO ou LENDA URBANA (onde jovens descerebrados são assassinados pelo vizinho, sem nenhum motivo aparente), surge JAMES WAN, apresentando-nos uma obra acima da média, bem escrita e otimamente atuada.

Ninguém imaginaria tal sucesso, pois num primeiro momento, JOGOS MORTAIS sairia diretamente para DVD, mas por causa do diferencial (câmeras furiosas, montagem fragmentada, personegens fortes, horror psicológico desde o primeiro minuto), os produtores assumiram a responsabilidade e levaram para as telonas.

Dois homens acordam numa sala, acorrentados e atordoados, sem saber ao certo como foram parar ali ou quem está por trás do suposto seqüestro.
No decorrer do longa, pequenas peças encaixam-se até a chegada do desfecho, poderoso e inesperado.

Astros como DANNY GLOVER (MÁQUINA MORTÍFERA), MONICA POTTER (CON AIR - A ROTA DA FUGA), CARIE ELWIS (DIAS DE TROVÃO), potencializam as emoções, expõem os medos, angústias e desespero. Talvez, a grande surpresa do ano. Sensacional!

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 1,2 Milhões

Boas Vindas!

Amo cinema, filmes, por isso resolvi fazer este blog, para poder tentar passar as informações para voce, que assim como eu é um fã de carteirinha de filmes e cinema... Bom, agora é torcer e esperar para que gostem do meu trabalho.
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