ANJOS DA NOITE: A EVOLUÇÃO

Ainda que seja blockbuster, ANJOS DA NOITE: A EVOLUÇÃO tem seus méritos principalmente em relação aos efeitos especiais, indiscutivelmente melhorados.
Há mocinhos e vilões, paixões previsíveis e ação intensa, porém o roteiro é infinitamente inferior.
A ambientação sempre gótica, as transformações incríveis e KATE BECKINSALE (PEARL HARBOR) sempre linda e totalmente entrosada - assim como SCOTT SPEEDMAN (TRIPLO X 2) - trazem pontos importantes no fim das contas.

Agora um novo ser maligno chamado Markus 'acorda', e já na primeira cena prova o quão mortífero é - ele tem o dom de saber o passado de quem recebe sua mordida.
No meio disso, Selene e Michael continuam a jornada para descobrirem segredos sobre seus antepassados.

A trilha sonora está frenética - mas nem por isso boa - usando rocks pesados e ininterruptos.
LEN WISEMAN não traz novidades à sua saga, mas segura razoavelmente aqueles que tornaram-se fãs do longa anterior.

Os ângulos no momento das lutas são péssimos e os coadjuvantes ficam sem espaço.
Os extras trazem bastante informações como maquiagem, efeitos especiais, dublês, entrevistas e alguns acontecimentos ocorridos por trás das câmeras.
Espera-se, no terceiro episódio o desfecho em alta da promissora e surpreendente guerrra entre lobisomens e vampiros.

NOTA: 6,0
ORÇAMENTO: 50 Milhões de Dólares

O ILUSIONISTA

Com elenco de peso, encabeçado pelo talentoso EDWARD NORTON (UMA SAÍDA DE MESTRE), pela estonteante JESSICA BIEL (O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA) e o experiente PAUL GIAMATTI (A DAMA NA ÁGUA), O ILUSIONISTA ultrapassou expectativas não só dos críticos de cinema, mas dos espectadores em geral.
Além disto, ganhamos novo entretenimento com qualidade e roteirizado da maneira mais inteligente e redonda a qual podíamos prever.

O astro principal é Eisenhiem, ilusionista da cidade de Viena, que com seus truques acaba acendendo a ira do príncipe herdeiro (RUFUS SEWELL sensacional). Como se isto não bastasse, reencontra a namorada de infância - que é noiva do príncipe.
Ninguém sabe ao certo, se os truques são verdadeiros ou meras mágicas.

O que posso dizer é: os efeitos especiais são belíssimos, NORTON segura firme e seriamente seu personagem, fazendo dele peça extremamente fundamental ao longa.
Após O GRANDE TRUQUE, O ILUSIONISTA poderia passar despercebido, porém NEIL BURGER esbanja talento em todas os frames.

Além disto tudo citado acima, ainda há a elegância nas fotografias, nos planos de fundo esteticamente belos e no figurino caprichado.
O desfecho é o ponto alto, trazendo clímax arrebatador. Excelente e indiscutivelmente indicado.

NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: 16,5 Milhões de Dólares

NOTA DO EDITOR

Sei que ficamos ausentes por algumas semanas, mas foi justamente por culpa do meu "aparelho de trabalho" (o PC).
Agora estamos de volta e 2007 começa com o pé direito, pois vencemos o 3º Concurso de Blogs na Categoria Mídia com média 8,5.

Agradeço de coração a todos vocês, que fizeram do CINEMA E PIPOCA algo extremamente interessante e saudável não só para os cinéfilos, mas para o público em geral.

Graças a vocês conseguimos este registro:

POR ÁGUA ABAIXO

Ainda que a qualidade das animações tenham sido elevadas às alturas, tanto em relação ao acabamento quanto ao roteiro, começamos a perceber os cliches típicos e personagens fracos.
POR ÁGUA ABAIXO esta longe de ser um desperdício de tempo, pois existem sempre coadjuvantes para salvarem aquele protagonista “meia boca”.
Contando com produtores do fantástico SHREK e do simpático MADAGASCAR, esta nova investida da DREAMWORKS tem um 'quê' de precipitada.

No roteiro acontece o seguinte: após sua família ir viajar, Roddy - um ratinho simpático -, vê sua liberdade ir “por água abaixo”, quando outro ser da mesma espécie - Sid - invade seu território e mandando-o literalmente para o esgoto.
Nosso herói encontra amigos, percebe os próprios defeitos, luta contra vilões e salva a humanidade “ratazônica” da extinção.

Sem grandes evoluções na qualidade e com cores fortes e chamativas, o filme inicia-se bem, caindo a cada minuto até seu final previsível.
A grande sacada foi inserirem lesmas cantoras em todo canto, elas são o que os 90 minutos da projeção nos proporcionam de melhor.

Com tantos concorrentes pesos-pesados por aí, POR ÁGUA ABAIXO chega tentando achar espaço, mas fica devendo.

NOTA: 6,5

ORÇAMENTO: --

OLD BOY

Apesar da temática um tanto complexa e a princípio “sem pé nem cabeça”, OLD BOY se dá bem pela entrega total dos astros em cena.
O roteiro tem recortes que vão se “acertando” a cada segundo, e engana-se quem acredita ser outro drama comum, pois há inúmeros motivos para espectadores grudarem os olhos na tela.

Oh Dae-su é seqüestrado durante quinze anos, sem motivo aparente. Após alguns anos acostuma-se com o local, e assim como foi preso repentinamente é libertado.
Agora lutará para entender o porque daquilo e vagarosamente peças chave são mostradas, tendo um final estarrecedor.

São filmagens sempre escuras e minimamente envelhecidas, dando a entender o caos estabelecido na mente do protagonista.
A violência é mostrada da forma mais crua possível e CHOI MIN-SIK tem um fôlego invejável para tais seqüências.
Antes de assistir desacreditava da beleza estética e fotográfica do longa e fiquei feliz ao perceber meu completo engano.

PARK CHAN-WOOK prova sua competência como diretor (OLD BOY venceu inúmeros prêmios dentro e fora da Ásia). O único defeito é: às vezes o roteiro torna-se tão complexo, que acaba deixando os espectadores perdidos. Porém há nele muito mais acertos que erros.

NOTA: 8,0

ORÇAMENTO: --

007 - CASSINO ROYALE

Sean Connery (ARMADILHA) foi o ator que deu cara e performance soberba ao primeiro 007 cinematográfico, após escolheram George Lazenby, este não foi páreo para substituir Sean. O próximo fora Roger Moore (CRUZEIRO DAS LOUCAS), e teve doze anos de sucessos para uns e equívoco a outros. Em 1985, Timothy Dalton o substituiu, dando seriedade e serenidade aos contos do personagem. Porém aqueles fãs do início começaram a desintegrar-se.
Pierce Brosnan (THOMAS CROWN - A ARTE DO CRIME), chegou arrebatando bilheterias incríveis, trouxe novamente espectadores apaixonados pelo agente para dentro dos cinemas, mas em 2002 aposenta-se.

Assume o até então desconhecido DANIEL CRAIG (MUNIQUE). Loiro, sem esteriótipo galã, mas com seu jeitão ágil e sereno, faz os fãs engolirem as críticas negativas, retomando uma das séries de maior prestígio em toda Hollywood.

Mostra-se o primeiro assassinato do herói, tira-se armas ridículas e irrelevantes para a ação, deixa homens malvados que querem dominar o mundo de lado e dá cara séria a CASSINO ROYALE, como a muito não se via.
As seqüências na mesa de pôquer, EVA GREEN (CRUZADA) como uma sensualíssima Bond-Girl e o clima de rivalidade são outros atrativos. Junta-se isso com ótimas tiradas, e as infelizes críticas dissipam-se no ar.

MARTIN CAMPBELL (LIMITE VERTICAL) tem mãos ágeis, molda Bond de maneira correta para o novo século, juntamente com o maléfico vilão, que planeja recuperar dinheiro à custa dos outros, diferentemente dos seus antecessores.
CASSINO ROYALE é de DANIEL CRAIG assim como GOLDFINGER é de CONNERY.
O novo 007 é sério, sedutor e extremamente interessante.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 72 Milhões de Dólares