Mas foi com CECIL B. DEMILLE que o gênero deslanchou de vez. Na estréia de OS DEZ MANDAMENTOS, em 1923, os espectadores foram surpreendidos por imagens, até então impensáveis, como a abertura do Mar Vermelho feita por Moisés. Faturou 14 milhões de dólares, o que para a época era uma quantia espetacular.
Em 1925, outro diretor chamado FRED NIBLO, viu que os épicos estavam em alta e rodos a 2ª versão de BEM-HUR nos cinemas – a 1ª versão é de 1907 – e conseguiu ir bem nas bilheterias.
REI DOS REIS (1927), foi outro filme com a assinatura de DEMILLE, e tinha como tema o Evangelho. Novamente contou-se com um sem número de figurantes e grandes locações.
Com a chegada de algumas melhorias para a Sétima Arte no início da década de 30, DEMILLE resolveu arriscar mais com outros dois títulos: O SINAL DA CRUZ (1932) e CLEOPATRA (1934). Já na década seguinte, se inicia a chamada Era de Ouro do cinema épico, com filmes como SANSÃO E DALILA (1949).
Em 1951 e usando mais de 60 mil figurantes, o diretor MERVYN LEROY rodou QUO VODIS, orçado em 12 milhões de dólares. Teve a benção do Papa Pio XII e foi mais uma obra bem sucedida. Dois anos depois e com menos sucesso, foi rodado O MANTO SAGRADO, mas foi em 1956 que novamente CECIL B. DEMILLE faz o genial remake de OS DEZ MANDAMENTOS, estrelado pelo galã da época CHARLTON HESTON e faturando 80 milhões, contra seu orçamento de 13 milhões, sem contar o Oscar de Efeitos Especiais.
E BEN-HUR voltou em 1959, na 3ª adaptação para o cinema e com HELSTON como protagonista. Somente na cena da corrida de bigas foram usados 8 mil figurantes e 80 cavalos... No fim das contas, faturou 11 Oscars.
Chega a década de 60 e STANLEY KUBRICK monta sua epopeia intitulada SPARTACUS – tido por muitos como um dos melhores filmes de todos os tempos - e em 1961, HELSTON vai a luta outra vez na pele de EL CID.
Daí em diante o filão vai, gradativamente, perdendo fôlego e nem filmes como BARRABÁS (1962) ou CLEÓPATRA (1963), conseguem recuperá-lo.
Nesse período a TV produziu algumas coisas do gênero, mas no cinema ficou bastante tempo esquecido, até o retorno com produções como DANÇA COM LOBOS (1990) e CORAÇÃO VALENTE (1995). Com uma roupagem nova e usando as mais variadas tecnologias, podemos citar, entre os novos títulos o horroroso ALEXANDRE (2004), o ótimo GLADIADOR ( 2000), este talvez tenha sido o que melhor homenageou os épicos de outrora, TRÓIA (2004), que se preocupava mais com a beleza de BRAD PITT do que com qualquer outra coisa, 300 (2007), que tinha uma interessante e bem utilizada mescla de cinema e HQ e agora a bomba intitulada IMORTAIS (2011).
Talvez CECIL B. DEMILLE esteja se revirando no túmulo, mas quem sabe ainda não apareça um sucessor a sua altura? É esperar e conferir!
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