quinta-feira, janeiro 31, 2008

EU SOU A LENDA

www.adorocinema.com.brO diretor FRANCIS LAWRENCE (CONSTANTINE) coloca toda e qualquer responsabilidade nos ombros do astro WILL SMITH (EU, ROBÔ). Sabendo disso o ator mostra porque é um dos mais talentosos de Hollywood.
O segundo personagem aparece após setenta minutos e é a brazuca ALICE BRAGA (CIDADE BAIXA). Ela, por sinal está deslocada e tem uma interpretação aquém das expectativas.

A visão soturna de uma Nova York completamente devastada e deserta realmente incomoda, esse clima flui bem, até encontrarmos os monstros (iguais aos zumbis do primeiro episódio de RESIDENT EVIL).
A ação oscila absurdamente, os diálogos são apenas pretexto para SMITH provar seu valor (divide o primeiro ato apenas com Pastor Alemão), enfim EU SOU A LENDA apenas diverte.

A vulnerabilidade na direção diminui o entusiasmo, ouve-se ao fundo uma trilha sonora morna e sai-se do cinema indiferente. Não que eu esperasse uma obra prima, mas ao menos algo caprichado em seu todo, sem as amarras do gênero (nas quais praticamente ninguém tenta mudar).

Se qualquer outro ator filmasse esta ficção seríamos "presenteados" com um filme sonolento e entediante, mas SMITH é talentoso e por isso a frustração diminui consideravelmente.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --

quarta-feira, janeiro 23, 2008

EDITOR CINEMA E PIPOCA

A maioria das mortes nos cinemas são encaradas naturalmente (tiradas raras exceções), pois sabemos que o personagem pode ter partido, mas o ator estará diante dos nossos olhos em outro filme.
Infelizmente a vida não imita a arte nessas horas.

Pode parecer exagero, porém fiquei extremamente triste com a notícia da morte do jovem astro HEATH LEDGER, de 28 anos.
Simples, sem exageros nas atuações, teve coragem e encarou uma produção que muitos produtores e estúdios recusaram, por tocar num assunto delicado: a homossexualidade.
O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN o levou ao Oscar, virou astro e cativou críticos em trabalhos como CANDY e CASANOVA. Interpretou o mais novo (e pode apostar, o mais perverso) Coringa em BATMAN - THE DARK KNIGHT (ainda inédito por aqui) e se foi, deixando fãs chateados e Hollywood sem o brilho de alguém que era mais que uma mera promessa.

Nascimento: 4 de Abril de 1979
Falecimento: 22 de Janeiro de 2008


sábado, janeiro 19, 2008

EU OS DECLARO MARIDO E... LARRY

www.adorocinema.com.brADAM SANDLER (O PAIZÃO) sempre teve momentos canastras e nunca envergonhou-se disso. Mas atualmente sua carreira toma UM rumo duvidoso, com projetos e interpretações igualmente rasas.
Neste EU OS DECLARO MARIDO E... LARRY, divide a cena com KEVIN JAMES (o gordinho de HITCH - CONSELHEIRO AMOROSO) e a química dos protagonistas passa longe do ideal.

Há participações especiais de JESSICA BIEL (O ILUSIONISTA) - e seu corpaço magnífico -, tentando "levar à sério" seu tato humorístico, VING RHAMES (MISSÃO IMPOSSÍVEL 3) que ganha os momentos mais hilários do longa como homossexual e ROB SCHNEIDER (GIGOLÔ POR ACIDENTE) aparecendo desnecessariamente numa cena ridícula. Outros nomes como DAN AYKROYD (OS CAÇA FANTASMAS), STEVE BUSCEMI (CON AIR - A ROTA DA FUGA) figuram como coadjuvantes.
Contém duas ou três boas sacadas, o roteiro traz típicos personagens idiotas e a péssima lição de moral no desfecho, dando sensação de descontentamento aos cinéfilos.

A história: dois homens (heterossexuais) fingem um relacionamento gay para deixar de pagarem alguns impostos. Trabalham nos bombeiros e (obviamente) alguém descobre a farsa... o resto é mais do mesmo.

O sucesso veio devido ao nome de SANDLER no topo do cartaz, senão passaria despercebido. Caso já tenha assistido todos os lançamentos nas locadoras e faltar apenas este, alugue-o, caso contrário BORAT estará à disposição dos que apreciam humor inteligente.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 85 Milhões de Dólares

quinta-feira, janeiro 17, 2008

MEU NOME NÃO É JOHNNY

www.adorocinema.com.brÓtima surpresa nacional, que prova novamente a curva ascendente que o Brasil vem tendo dos últimos anos para cá.
Realmente existem coadjuvantes luxuosos, emprestando o talento à obra (como JULIA LEMMERTZ), CLÉO PIRES arrebata qualquer marmanjo dentro do seu jeito angelical, mas MEU NOME NÃO É JOHNNY (baseado em fatos reais) é de SELTON MELLO (O AUTO DA COMPADECIDA).

O astro mostra nas cenas dramáticas sua liberdade criativa, coloca João Guilherme (jovem de classe média alta) primeiramente como usuário de drogas, passando a contrabandista e sendo escravizado cada dia mais pelas substâncias ilegais.

O diretor estreante MAURO LIMA monta clima pesado, amenizando-o com algumas sacadas engraçadas.
É indicado aos pais, filhos, avós, tios das classes A, B, C, D e E, e visa um tema que pode estar dentro da sua casa sem você saber. Bate na tecla do diálogo, do respeito mútuo em um dos meios mais antigos da humanidade: a família, alicerce incondicional a qualquer pessoa (e o melhor, sem apelar à pieguices).

A trilha sonora expõe perfeitamente as frustrações e delinqüências dos "futuros cidadãos da nossa pátria amada" e a fotografia (principalmente noturna) faz juz ao clima sombrio da vida deles. Entretenimento acima da média.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 6 Milhões
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