BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS

Falar sobre heróis em quadrinhos foi sempre pedra no sapato daqueles críticos conservadores, por acharem tais produções escapistas demais e feitas exclusivamente para lucrarem.
Ok, O CAVALEIRO DAS TREVAS necessita do dinheiro nas bilheterias (obviamente), porém CHRISTOPHER NOLAN (AMNÉSIA) deu aos fãs e espectadores em geral, algo tão grandioso, palpável e inteligente que merece toda expectativa criada.
Se produtos cinematográficos usassem o marketing pesado (como ocorreu aqui) e brindasse-nos com tais obras, a sétima arte (lê-se Hollywood) evitaria o trabalho dos “especialistas”.

Troque mocinhas em perigo por mafiosos, roteiro ilusório por algo assustadoramente real e Jack Nicholson pelo poderoso HEATH LEDGER (O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN) e verá os maiores êxitos do blockbuster.
Além disso há também: CHRISTIAN BALE (O GRANDE TRUQUE), MICHAEL CANE (O SOL DE CADA MANHÃ), MORGAN FREEMAN (MENINA DE OURO), GARY OLDMAN (HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX), MAGGIE GYLENHALL (MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO) e AARON ECKHART (OBRIGADO POR FUMAR), em atuações, no mínimo, competentes - para não dizer perfeitas.
Aliás, ECKHART amplifica essência de Duas Caras, deixando interpretações como de Tommy Lee Jones ridículas, perto da fúria compreensiva do “ex-mocinho”.

Como Coringa cita em certa altura, ninguém é completamente bom ou mal, somos apenas complemento da sociedade que nos cerca, e cada ser humano tem um preço, basta simplesmente encontrarmos a linha tênue que separa racionalidade da irracionalidade e corta-la.

Neste O CAVALEIRO DAS TREVAS, quem é BATMAN perto de um vilão tão determinante ao cinema mundial como Coringa e onde está a “performance” do astro principal CHRIS BALE, perto do irreconhecível HEATH LEDGER ?
Não estranhe, caso pegar-se torcendo pelo bandido, tudo aqui vai contra princípios e esteriótipos. Você está à frente do maior trunfo hollywoodiano em 2008.

NOTA: 10,0

ORÇAMENTO: 150 Milhões