SETE VIDAS

Em 2006, o diretor GRABRIELE MUCCINO filmou um drama choroso e oscilante, intitulado À PROCURA DA FELICIDADE, mas tinha o talentoso WILL SMITH e daí bilheteria falou por si só.
Como em time que está ganhando não se mexe, a dupla surge novamente numa outra película forçosamente piegas e depressiva.

É incrível notar a falta de mobilidade e preparo de MUCCINO na hora de comandar o elenco e SETE VIDAS só não torna-se pior, porque o protagonista e alguns coadjuvantes, como ROSARIO DOWNSON (SANTOS E DEMÔNIOS), numa química incrível com SMITH, WOODY HARRELSON (HOMEM DUPLO), sutil em cada frame e BARRY PEPPER (À ESPERA DE UM MILAGRE), talento que Hollywood nunca reconheceu, dão certo ar de credibilidade.
O roteiro preguiçoso de GRANT NIEPORTE, tem diálogo sumariamente primários e toscos e praticamente obriga o espectador a torcer por Ben Thomas.

Cuidado, contém spoiler...
Thomas é agente do Imposto de Renda e após colisão de trânsito causada por ele – que culminou na morte de sete pessoas - decide ajudar algumas “almas bondosas”.
Lá pela metade envolve-se com Emily Posa, que necessita urgentemente de um transplante de coração. Daí para adivinhar o desfecho é rápido.

O movimento pró doação de órgãos, visto nos 120 minutos é válido e a fotografia simpática captura todo universo melancólico.
Filme clichezão e descartável, que escancara o gosto do diretor pelas almas em decadência profunda, se estiver em depressão, nem chegue perto deste SETE VIDAS.

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 55 Milhões de Dólares

---

PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:
* Qual o maior dramalhão que você já assistiu ?