DEIXA ELA ENTRAR

Tire da cabeça vampiros que andam de dia, jovens ‘bombadinhos’ cheios de pieguice para dar e vender, uma estrutura romântica, que parece ter sido tirada das novelas mexicanas – sim, estou falando de CREPÚSCULO –, e veja DEIXA ELA ENTRAR, produção sueca, extremamente caprichada e protagonizada com louvor pelos talentosos KARE HEDEBRANT e LINA LEANDRESSON, deixando Robert Pattinson e Kirsten Stewart no chinelo.

O diretor TOMAS ALFREDSON, consegue contornar a obviedade da fotografia esbranquiçada e fundi-la perfeitamente com o tom sombrio ditado nos 115 minutos.
O aprofundamento pessoal dado aos personagens principais, no roteiro de JOHN AJVIDE LINDQVIST é belíssimo e aborda temas freqüentes na vida dos adolescentes, como solidão e angústia , de forma contundente e nunca gratuita.

Oskar é um garotinho de 12 anos, que vive com a mãe num apartamento. Na escola é constantemente menosprezado e ridicularizado pelos colegas, numa noite fria conhece Eli, uma menina misteriosa, que guarda muitos segredos e apaixona-se por ela. Conhecerá então, o gosto da vingança e fará escolhas que mudarão sua vida para sempre.

As seqüências violentas, são vistas de longe e convencem muito mais do que qualquer membro exposto, visto nos ‘torture-porns da vida’.
No fim, percebemos a grandiosidade do produto, pois ALFREDSON entregando as surpresas vagarosamente, testando nossa inteligência e sobriedade em relação aos acontecimentos.
Esqueça LUA NOVA... DEIXA ELA ENTRAR é cinema de verdade!

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