WILLIAN FRIEDKLIN (O EXORCISTA) sintetiza todos os traumas norte americanos pós 11 de setembro, num suspense interessante, paranóico e eletrizante.
Os diálogos secos deixam espectadores ainda mais ligados na trama, que conta com no máximo 4 atores para segurar (muito bem!) os noventa minutos de projeção e usa-se praticamente um único cenário, causando uma sensação impressionante de claustrofóbica.
Peter (MICHAEL SHANNON) acredita estar infectado por insetos que se alojam dentro dele, com isso isola-se numa casa juntamente com sua nova companheira.
O tempo corre, suas atitudes viram ato desesperado de tentar salvar a própria raça humana, mas isso realmente é real ou não passa de imaginação fértil ?
ASHLEY JUDD (CRIMES EM PRIMEIRO GRAU) acertou em cheio no tom, levando à personagem força e loucura acima da média, FRIEDKLIN mesmo no alto dos seus 71 anos, transforma este enredo psicótico numa obra digna e original.
A fotografia azulada e gélida, funde-se perfeitamente naquilo proposto em POSSUÍDOS.
Grande filme, diferente do normal, com atuações competentes e sérias.
NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --