ESPELHOS DO MEDO

Época de Halloween, produtoras abrem cofres para filmarem sangue, mutilações, mortes, assassinatos e afins, numa tentativa (por enquanto em vão) de botar medo nos espectadores.

As motivações estão completamente descabíveis – joga-se culpa em móveis, carros, alfinetes e qualquer coisa que diretores julgarem “amaldiçoados” -, ESPELHOS DO MEDO não difere dos exemplos citados (e as mortes são causadas por espelhos, tirando gargalhadas do público).

Apesar dos apesares, ALEJANDRO AJA (VIAGEM MALDITA), utiliza otimamente tomadas escuras para capturar certo desconforto, mesclado numa trilha sonora modestíssima.
Assim como foi visto em O EXORCISTA ou no oriental MEDO, deveriam usar mais a casa, para dar uma sensação amedrontadora, mas prenderam-se demasiadamente na tentativa de colocar pitadas de drama (inicialmente dá certo, mas arrasta-se no último ato).

Ex-policial, encontra serviço como vigilante, numa mansão abandonada, que anos atrás foi devastada pelas chamas. Mas algumas visões aterradoras, vão perturbando ele e sua família, até deixa-lo paranóico, fazendo com que corra atrás de respostas, num quebra cabeças absurdo.

KIEFER SUTHERLAND (seriado 24 HORAS), interpreta Jack Bauer – isso nem é tão mal – e AMY SMART (EFEITO BORBOLETA), arrancando próprio maxilar gera belíssima seqüência aos fanáticos. Calcado por bons efeitos especiais e diálogos infames, é possível dizer que, com tanta mediocridade nos cinema, ESPELHOS DO MEDO sintetiza como o gênero necessita dos gênios do passado atrás das câmeras.

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 35 Milhões de Dólares