MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Julia Stiles
Natural de: Nova York, EUA
Nascimento: 28 de Março de 1981

A gata da semana apareceu realmente em 10 COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ, contracenando com o falecido Heath Ledger, numa comédia ligeira e agradável.
Ganhou o MTV Awards por NO BALANÇO DO AMOR e não parou mais, deixando sua marca também na trilogia BOURNE, O SORRISO DE MONA LISA e A PROFECIA.

CLÁSSICOS DO CINEMA

Filme: O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO
Diretor: D. W. GRIFFITH
Ano: 1915
Parte: 5/20

O OPERÁRIO

A degradação física em CHRISTIAN BALE (BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS) – vista logo na cena de abertura – é tremendamente impactante, causando sensação de desconforto, mas ainda há momentos de terror psicológico como nos velhos tempos, onde espectadores acabam ficando reféns do ótimo roteiro de SCOTT KOSAR, que monta quebra cabeças minucioso, intercalando realidade e imaginação no ponto certo.

Os exemplos (mesmo inconscientes) de como cidadãos norte-americanos encontraram-se após o 11 de setembro é evidente aqui – a confiança era algo raro, todos ao redor eram suspeitos e o medo tomava conta do dia a dia deles.
BRAD ANDERSON (diretor) explora intensidade dramática do caquético BALE, transpondo a interpretação mais perturbadora da carreira do astro. Há ainda JENNIFER JASON LEIGH (ESTRADA PARA PERDIÇÃO), correta frente às câmeras.

Trevor Reznik não dorme há um ano, por causa disso emagreceu muito. Para piorar tem alucinações e algum desconhecido o faz participar de um jogo doentio dentro do próprio apartamento, colocando bilhetes com desenhos e palavras inacabadas.

As locações sujas e decadentes dão originalidade e naturalidade aos 100 minutos de projeção, o clima de suspense é sufocante principalmente no terço final – quando acabamos entendendo o porque das ações de Trevor.
O OPERÁRIO é produção de difícil apreciação, mas vê-lo atentamente causa tensão maior que a maioria esmagadora de torture porns espalhados por aí...

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 5 Milhões de Dólares

MONSTROS VS. ALIENÍGENAS

Na atual circunstância, MONSTROS VS. ALIENÍGENAS é apenas passatempo agradável que homenageia as cine-séries como Godzilla, King Kong (há pequenos indícios até de Cloverfield) e todos aqueles filmes regidos por monstros descomunais e suas manias de destruírem grandes metrópoles como Tóquio ou Nova York.

Caso a gloriosa Pixar (e seu filão de obras primas) não existisse, nos contentaríamos com tais personagens simpáticos, esteticamente bem elaborados, mas sem a empatia de Wall-E por exemplo - e talvez a nota final aumentaria.
A dublagem caprichada - sem equívocos absurdos - faz a animação fluir sem tropeços e tira certa desconfiança da minha mente.

Após mulher ser atingida por meteorito no dia do casamento, cresce descomunalmente e vai presa num local super-secreto onde governo norte-americano cuida das "aberrações", longe da civilização comum.
Porém um alienígena aparece para recuperar o guantônio (espécie de energia que causou a mutação em Susan Murphy) e destruir nosso planeta. Neste momento, é hora de saírem do esconderijo e lutarem contra o inimigo.

As crianças irão divertir-se abessa, com cores berrantes, "traços" cartunescos e situações cômicas. Os adultos podem abrir a mente e acompanhar aventura sadia, sem novidades, mas com cheirinho de nostalgia no ar.
Apesar das qualidades, a Dreamworks precisa de muito "feijão com arroz" para alcançar a poderosa empresa de John Lasseter.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --

MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Olga Kostyantynivna Kurylenko (Olga Kurylenko)
Natural de: Berdyansk, Ucrânia
Nascimento: 14 de novembro de 1979

A gata ucraniana, foi descoberta em A MARCA DA SERPENTE e passou a participar de algumas produções hollywodianas principalmente por causa da beleza exótica.
Pode estar longe de ser atriz talentosa (foi fraca em 007 - QUANTUM OF SOLACE e MAX PAYNE), mas quem quer saber de talento quando OLGA KURYLENKO aparece...

DRAGONBALL - EVOLUTION

O fato iminente neste DRAGONBALL – EVOLUTION é: JAMES WONG (PREMONIÇÃO) nunca, jamais, em hipótese alguma passou os olhos no anime ou nos mangás de Akira Toriyama, filmando algo tão patético e desprovido de inteligência que deixa espectadores envergonhados por tal adaptação.

Sou fanático pelo seriado e desde as primeiras cenas divulgadas na internet, sabia que a película mancharia todo universo fantasioso e bacana.
Ao subirem os créditos percebi meu erro: DB – EVOLUTION não era apenas fraco, era o pior filme do ano, com os diálogos mais mal escritos da década, atores medíocres e efeitos especiais inexistentes.

Goku já não é menino da floresta, mas adolescente americano em crise de identidade, excluído e reprimido na escola (ponto de vista tão imbecil e preguiçoso que dá repulsa), Bulma, Chi Chi e Mai são as “bonitinhas” e servem como alento aos olhos do público masculino, Yamcha e Kame perdem impacto por serem os mais mal utilizados e Piccolo pronuncia três frases na projeção inteira.
No elenco temos o dublê de ator JUSTIN CHATWIN (GUERRA DOS MUNDOS), CHOW YUN-FAT (O MONGE À PROVA DE BALAS), EMMY ROSSUM (O DIA DEPOIS DE AMANHÃ) e JAMES MASTERS, tenebrosos e dignos de várias indicações ao prêmio Framboesa.

2000 anos após prenderem Piccolo num jarro, ele retorna para tentar dominar a Terra. Um jovem guerreiro que perdeu seu avô, ganha uma esfera do dragão (unindo as sete esferas, pode-se realizar um desejo) e junta-se aos novos amigos para salvar tal ameaça.

Particularmente Dragon Ball só funcionaria em Captura de Performance (ferramenta utilizada em O EXPRESSO POLAR), mas como WONG tem raciocínio limitadíssimo e visão parcial do que é cinema, seremos obrigados a nos contentar com este tórrido “universo paralelo” das aventuras do Saiyajin e sua trupe.

NOTA: 1,0

ORÇAMENTO: 45 Milhões de Reais

FIEL

Você, caro leitor é corintiano ? Chorou ou se emudeceu quando nosso time foi rebaixado ? Canta com os torcedores em frente seu aparelho televisor ? Vai aos estádios e extravasa toda emoção guardada ? Usa camisa mesmo quando perdemos ? Então FIEL é o seu filme (e o de milhões de “loucos” espalhados Brasil afora).

Minha tese de que somos a torcida mais apaixonada, foi confirmada quando entrei na sala de cinema e deparei-me com uma belíssima bandeira alvinegra exposta na última fileira.
Manter-se inerte nos noventa minutos de projeção é impossível, pois rever o atacante Juan Arce perder gol incrível contra o Vasco ou relembrar trechos do jogo contra o Grêmio naquele fatídico 02 de dezembro de 2007, ainda machucam nossa alma.

Nas arquibancadas milhares de pessoas desabaram num pranto incontido – não existia divisão de classes sociais, cor ou sexo... por poucos instantes nossa nação se igualou e se calou, incrédula (nunca acompanhei, num multiplex, silêncio tão perturbador como nesta seqüência).

Veio a Segundona e novamente estávamos lá, vibrando e contagiando os onze jogadores em cada partida. Cada ponto era um passo adiante rumo ao retorno à elite futebolística e quando isso foi alcançado ANDRÉA PASQUINI (diretora) presenteia-nos com imagens indescritíveis, anestesiando-nos com momentos de pura magia.

Perdoe-me se este texto diferencia-se das outras críticas postadas aqui, talvez quem o escreva seja demasiadamente fanático para assistir tal documentário com visão imparcial.
O fato é: SERGINHO GROISMAN e MARCELO RUBENS PAIVA (roteiristas) dialogam naturalmente conosco em grande parte deste FIEL.
Após créditos subirem, saímos da sessão cantando hino e fortalecendo ainda mais a paixão entre torcida e Corinthians.

NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: --

EDITOR CINEMA E PIPOCA (REVISTA SET CANCELADA)

Normalmente na quinta feira postamos as MUSAS DO CINEMA E PIPOCA, porém hoje trataremos de outro assunto: esta semana li uma notícia que me deixou completamente entristecido, o cancelamento da REVISTA SET, que estava nas bancas a 21 anos, sendo a a ferramenta mais ampla e completa sobre cinema no nosso país.
Fui um dos muitos cinéfilos que aprenderam mais sobre sétima arte lendo as páginas da mesma.

Lembro-me como se fosse hoje, quando entrei numa livraria e vi de longe a capa com Antonio Banderas em A Máscara do Zorro, comprei-a mais por curiosidade e ali acabaria conhecendo uma fonte enorme de informações.
ROBERTO SADOVSKI (editor chefe) nada publicou em seu blog -http://fiztv.uol.com.br/blogs/kapow - mas ficamos aguardando que alguma editora minimamente inteligente "reative" o quanto antes a SET.

Havia mescla de críticas, hora sérias, hora engraçadas, escritas por profissionais competentes como o próprio SADOVSKI, RODRIGO SALEM, RICARDO MATSUMOTO, a falecida MARIA DULCE DAMASCENO, SUZANA UCHÔA ITIBERE, dentre outros.
Já sinto saudades de SET, uma publicação de 21 anos que acabou do dia para a noite !

CLÁSSICOS DO CINEMA

Filme: O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO
Direção: D. W. GRIFFITH
Ano: 1915
Parte: 4/20

CREPÚSCULO

A síndrome do “amor perfeito” beira o ridículo nesta obra cinematográfica, adaptada do best seller de Stephenie Meyer. As meninas sonhadoras que suspiraram e sofreram por cada linha do livro, lotaram os cinemas mundiais para conferirem o romance mais fajuta dos últimos tempos em “carne-e-osso” (é quase tão sofrível quanto UM AMOR PRA RECORDAR).

São cento e vinte minutos de uma lentidão assustadora, descaradamente escorada nas interpretações rasas dos protagonistas: KRISTEN STEWART (O QUARTO DO PÂNICO) – tem certos momentos inspirados – e ROBERT PATTINSON (HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX) levando espectadores a envergonharem-se com sua “cara de mal” e as infinitas frases feitas. Os coadjuvantes, servem como pano de fundo para mostrarem jovens brancos idiotas, sarados e sem cérebro.

Para quem não conhece a história: garota muda de cidade, vai morar com o pai e é recebida com certa frieza pelos outros alunos. Mas descobre certos “colegas de classe” com poderes fora do normal e acaba apaixonando-se por um deles (futuramente irá descobrir que são vampiros).
Daí para entender que haverão vilões em busca de sangue-fresco é rapidíssimo, mas nem nas supostas cenas de ação CREPÚSCULO convence.

Há belos enquadramentos nas fotografias e no fim cumpre seu dever (fazer garotinhas suspirarem de emoção). Vá assisti-lo sem expectativas e talvez sairá satisfeito, porém prepare-se para duas horas de choros, lamentações e final feliz digno do cinemão hollywoodiano.
Faltou experiência para CATHERINE HARDWICKE (OS REIS DE DOGTOWN), mas foi início de uma trilogia tremendamente rentável.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 37 Milhões de Dólares

REDE DE MENTIRAS

Obviamente é cedo para que as feridas da “era Bush” tenham cicatrizado completamente na alma norte-americana e apesar de Barack Obama retirar um número expressivo de tropas do Iraque, o cinema continua colocando seus “jovens soldados” para lutarem.

Dessa vez há o agente de campo da CIA, interpretado por LEONARDO DI CAPRIO (OS INFILTRADOS) que anda meio mundo atrás de um perigoso terrorista e RUSSELL CROWE (UMA MENTE BRILHANTE) dando-o coordenadas via satélite, sentado numa sala luxuosa e sem perigo de ser alvejado ou morto.
Essa diferença de valores e padrões morais dá tom às duas horas em REDE DE MENTIRAS, nova empreitada do diretor RIDLEY SCOTT (GLADIADOR).

Se DI CAPRIO convence, criando personagem explosivo (só perde impacto quando entra uma “paixão proibida”), CROWE parece incomodado e desconectado em certos momentos e nas raras seqüências onde dividem a tela, SCOTT não aproveita toda qualidade dramática dos dois.
A filmagem opaca agrada bastante e as reviravoltas do bom roteiro de WILLIAN MONAHAN (roteirizou também OS INFILTRADOS) não deixam a obra esfriar (Roger Ferris sendo interrogado e torturado pelos terroristas é de gelar a espinha !).

A patriotada está toda lá, intacta para gringo nenhum botar defeito, mas a ação tira o fôlego e locações mantém o ar claustrofóbico.
E a era Obama começa sem grandes mudanças, ao menos na sétima arte... e viva o Tio Sam !

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 70 Milhões de Dólares

MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Mélanie Thierry

Natural de: França
Nascimento: 17 de julho de 1981

A gata abaixo fez apenas um filme que mereça destaque: MISSÃO BABILÔNIA, com Vin Diesel. É uma ficção científica fajuta, mas ela salva toda e qualquer mediocridade da película... Simplesmente maravilhosa

CLÁSSICOS DO CINEMA

Filme: O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO
Direção: D. W. GRIFFITH
Ano: 1915
Parte: 3/20

007 - QUANTUM OF SOLACE

Ah, que saudade de Eva Green e sua interpretação como Vesper Lynd. Ela sim era uma Bond Girl de verdade – sensual e ao mesmo tempo impulsiva – trazendo química instantânea com o novo 007 em CASSINO ROYALE.Neste QUANTUM OF SOLACE, OLGA KURYLENKO (MAX PAYNE) serve para atrapalhar DANIEL CRAIG (ESTRADA PARA PERDIÇÃO) na missão comandada por MARC FORSTER (do irregular O CAÇADOR DE PIPAS).

Presenciamos perseguições a pé (novamente sensacionais), na mar (bem clichezona), no ar (simpática), no asfalto (a melhor nos cem minutos de projeção), levando adrenalina a níveis inacreditáveis, porém o roteiro (escrito por PAUL HAGGIS, NEAL PURVIS e ROBERT WADE) deixa vácuos enormes para diálogos sem pertinência, montando assim um James Bond sem charme ou elegância.Do outro lado vilões também perdem poder com entrada de MATHIEU AMALRIC.

QUANTUM OF SOLACE inicia-se logo após o término do episódio anterior. Bond procura vingança pela morte da amada e acaba confrontando mercenários que parecem querer campos para escavação ilegal de petróleo. Obviamente “o buraco é mais embaixo” e as motivações destes são maiores, fazendo nosso herói viajar meio mundo para encontrar e aniquilar os verdadeiros responsáveis.

El Chiffre foi arquiinimigo a altura de 007, Martin Campbell foi indiscutivelmente melhor que FORSTER e, novamente friso que a sensualidade de Eva Green é hipnotizante, enquanto a de KURYLENKO é apenas comum. Espere por bastante ação e pouco cérebro nesta empreitada razoável, mas digna da milionária franquia.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 225 Milhões de Dólares