TRÓIA

Começo a perceber que WOLFGANG PETERSEN tem grande potencial, pois não é diretor de gênero único.
Já nos presenteou com A HISTÓRIA SEM FIM, MAR EM FURIA e refilmou POSEIDON (ok, não podemos chamar este de 'presente').
Em TRÓIA consegue trazer às telonas um épico recheado de cenas grandiosas, figurino impecável, atuações simpáticas e elenco de peso.

BRAD PITT (SEVEN - OS SETE CRIMES CAPITAIS), encabeça as estrelas, juntamente com ORLANDO BLOOM (acostumado em manejar espadas nos cinemas: SENHOR DOS ANEIS, PIRATAS DO CARIBE, CRUZADA) e ERIC BANA (MUNIQUE).
A fotografia sempre vibrante e intensa, as coreografias de luta diversificadas, os ótimos efeitos especiais e o número imenso de coadjuvantes dão toque a mais para esta obra.

Infelizmente o roteiro torna-sem um dramalhão sem fim, esbarrando nos velhos (e conhecidos) cacoetes Hollywoodianos. São apresentados desde fugas apaixonadas e impossíveis, vilão arrependido e até o heroico e profético final.
Os closes também deixam a desejar, pois parecem algo realmente planejado e pouco natural.
Apesar disto PITT faz o que pode, para entregar um Aquiles minimamente convincente.

São longos 160 minutos de produção, que cansam a mente e a alma de qualquer um.
TRÓIA agrada pela grandiosidade, fotografia, figurino e lutas, mas deixa a desejar no quesito roteiro, ponto pelo qual PETERSEN tem que tomar mais cuidado em seus filmes futuros.

NOTA: 6,5
ORÇAMENTO: 190 Milhões de Dólares