Então, PAUL HAGGIS, excelente roteirista de MENINA DE OURO, resolveu dirigir algo parecido, como se fosse um estagiário em fase primária de Iñarritu e o resultado disso foi CRASH – NO LIMITE, que salpica um pouco de fé aqui, desespero ali e muita, mais muita lágrima acolá.
Se HAGGIS trabalhou Los Angeles, para transformar-se também num personagem, erro feio e só conseguiu ofuscá-la cada segundo mais.
Outro detalhe infantil, foi a escolha de boa parte do elenco, como a sempre insossa SANDRA BULLOCK (MISS SIMPATIA), o bobalhão BRENDAN FRASER (GEORGE – O REI DA FLORESTA) ou o ‘rostinho fofo’ RYAN PHILLIPE (ASSASSINATO EM GOSFORD PARK). Já outros como MATT DILLON (QUEM VAI FICAR COM MARY ?) ou DON CHEADLE (HOTEL RUANDA), seguram as pontas e fazem o filme valer a pena.
Após um grave acidente de carro em Los Angeles, uma onda de discriminação racial, de classe e crenças são desencadeadas.
Desde um policial corrupto, sem esperanças de futuro, passando por um pai de família, frente a frente com uma situação de risco, até uma mulher que é abusada.
Dizer que é o pior filme a faturar o Oscar principal, poderia parecer perseguição de minha parte, mas o tempo falará por si e colocará CRASH – NO LIMITE na onde deve: esquecido nas prateleiras das locadoras.
Só mesmo a Academia e seus conceitos estranhos para deixar O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN de lado.
NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 6,5 Milhões
3 comentários:
Prefiro Crash.
Acho que o filme Crash, mostra muito da realidade em que vivemos hoje. Ao menos aqui no Rio de Janeiro. É um filme que me fez refletir em minha vida e minha realidade. Muito bom na minha opinião.
Cara, quanto a Brendan Fraser e Sandra Bullock, acho q Fraser é um grande ator sem merecidas oportunidades, mas Sandra Bullock não tem tanto tato com suas personagens, parecendo-me que ela sempre faz a mesma com outro nome... É apenas opinião pessoal, mas eu não acho que ela seja uma atriz comparável com Rene Russo e muitas outras
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