Como provavelmente amanhã, teremos uma postagem falando sobre a cobertura que faremos no 21º Festival Internacional de Curtas Metragens de SP, decidi que hoje colocarei uma crítica no ar (ao invés do Diário de um Cinéfilo, que volta na semana que vem... caso eu tenha escrito um texto até lá!)
Ver obras de suspense, do quilate de OS PÁSSAROS, só me faz questionar o quanto o gênero está defasado ultimamente, pois os diretores dão mais atenção ao horror bruto, com esquartejamentos, mutilações e etc... do que, propriamente à tensão.
O uso do som, em diversas situações do filme citado acima, perturba muito mais do que os litros de sangue jorrando em seu televisor – quando a protagonista sobe as escadas da casa escura, e ouvimos apenas as asas dos pássaros batendo, sentimos na pele um temor intenso.
ALFRED HITCHCOCK (PSICOSE), nos prepara já nos créditos iniciais, onde vários pássaros passeiam desgovernados em segundo plano, enquanto o nome dos envolvidos é apresentado.
Muitos poderão me apedrejar por este comentário, mas ao menos aqui, vemos muito mais o ofício de 'mestre do suspense' de HITCHCOCK, do que o de diretor de atores, que cá entre nós são cafonas. A começar pela protagonista TIPPI HEDREN (SEPARAÇÃO DOLOROSA), passando pelo antigo – e desnecessário, diga-se de passagem – ‘namorico’ do galã com a professora da escola.
O aprofundamento maior vai para a personagem de JESSICA TANDY (CONDUZINDO MISS DAISY)
- a atriz mais talentosa do longa –, que é uma mulher viúva, que sente medo de perder seu único elo mais forte, o filho Mitch.
Anne Hayworth conhece Mitch Brenner por acaso, quando ele estava à procura de um canário para presentear sua irmã. A loira (um fetiche do diretor, usado em quase todos os seus trabalhos), passa-se por vendedora e, logo após acaba indo visitá-lo em Bodega Bay, cidade litorânea e pacata.
O que era para ser um passeio tranqüilo vira um caos, quando pássaros começam a atacar e matar moradores locais.
Há inúmeras cenas antológicas, mas o ápice (e uma das mais memoráveis do gênero) é quando Melanie está esperando por Cathy na escola e vagarosamente os pássaros vão pousando, sem que ela perceba... uma aula de tensão.
"A raça humana é que dificulta a vida no planeta"... com essa frase e a seqüência final, que demonstra a incerteza de um novo ataque e a verdadeira fragilidade humana, HITCHCOCK mostrou sua genialidade atrás das câmeras. Indispensável!
Ver obras de suspense, do quilate de OS PÁSSAROS, só me faz questionar o quanto o gênero está defasado ultimamente, pois os diretores dão mais atenção ao horror bruto, com esquartejamentos, mutilações e etc... do que, propriamente à tensão.
O uso do som, em diversas situações do filme citado acima, perturba muito mais do que os litros de sangue jorrando em seu televisor – quando a protagonista sobe as escadas da casa escura, e ouvimos apenas as asas dos pássaros batendo, sentimos na pele um temor intenso.
ALFRED HITCHCOCK (PSICOSE), nos prepara já nos créditos iniciais, onde vários pássaros passeiam desgovernados em segundo plano, enquanto o nome dos envolvidos é apresentado.
Muitos poderão me apedrejar por este comentário, mas ao menos aqui, vemos muito mais o ofício de 'mestre do suspense' de HITCHCOCK, do que o de diretor de atores, que cá entre nós são cafonas. A começar pela protagonista TIPPI HEDREN (SEPARAÇÃO DOLOROSA), passando pelo antigo – e desnecessário, diga-se de passagem – ‘namorico’ do galã com a professora da escola.
O aprofundamento maior vai para a personagem de JESSICA TANDY (CONDUZINDO MISS DAISY)
- a atriz mais talentosa do longa –, que é uma mulher viúva, que sente medo de perder seu único elo mais forte, o filho Mitch.
Anne Hayworth conhece Mitch Brenner por acaso, quando ele estava à procura de um canário para presentear sua irmã. A loira (um fetiche do diretor, usado em quase todos os seus trabalhos), passa-se por vendedora e, logo após acaba indo visitá-lo em Bodega Bay, cidade litorânea e pacata.
O que era para ser um passeio tranqüilo vira um caos, quando pássaros começam a atacar e matar moradores locais.
Há inúmeras cenas antológicas, mas o ápice (e uma das mais memoráveis do gênero) é quando Melanie está esperando por Cathy na escola e vagarosamente os pássaros vão pousando, sem que ela perceba... uma aula de tensão.
"A raça humana é que dificulta a vida no planeta"... com essa frase e a seqüência final, que demonstra a incerteza de um novo ataque e a verdadeira fragilidade humana, HITCHCOCK mostrou sua genialidade atrás das câmeras. Indispensável!
Título Original: The Birds
Ano Lançamento: 1963 (EUA)
Dir: Alfred Hitchcock
Elenco: Rod Taylor, Jessica Tandy, Suzanne Pleshette, Tippi Hedren, Veronica Cartwright, Ethel Griffies
ORÇAMENTO: --
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