NORBIT

Algumas escolhas em Hollywood são totalmente sem cabimento, caso de Ben Kingsley em BLOODRAYNE, Hally Berry em MULHER GATO ou EDDIE MURPHY neste NORBIT.

Após a indicação ao Oscar por DREAMGIRLS - adição positiva em sua filmografia - e Jamie Foxx como porta voz da campanha "EDDIE MURPHY ator sério", o humorista entrega-se novamente a projetos de gosto duvidoso (dê ênfase no duvidoso).
Ele faz diversos personagens, tenta reciclar piadas batidas (e ofensivas), exagera nos trejeitos dos protagonistas e volta a ser um completo canastrão.

Norbit separa-se da amada quando criança, casa-se com uma mulher exageradamente obesa. Vive infeliz, tomando patada diariamente da esposa, quando de repente sua paixão retorna à cidade. O problema: ela está noiva.

São noventa minutos de constrangimentos, onde todos os atores - sem excessão - estão perdidos. Contamos com CUBA GOODING JR. (HOMENS DE HONRA), tentando ser engraçado e THENDIE NEWTON (CRASH - NO LIMITE), ruim demais.
Um dos filmes mais imbecis do ano, alugue apenas em caso de insônia extrema ou depressão fortíssima, ao contrário veja AS BRANQUELAS ou COM A BOLA TODA (produções péssimas, porém mais 'assistíveis' que NORBIT). É tão ruim quanto ver Galvão Bueno narrar jogo da seleção.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: --

MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Monica Bellucci
Natural de: Citta di Castello, Perugia, Itália
Nascimento: 30 de Setembro de 1968

A beleza européia da estonteante MONICA BELLUCCI, adicionada à sua técnica em cena, deixa-nos com mais água na boca.
Apareceu em SOB SUSPEITA, contracenando ao lado de GENE HACKMAN e MORGAN FREEMAN, filmou o fraquinho PACTO DOS LOBOS, ASTERIX E OBELIX - MISSÃO CLEÓPATRA. Jutamente com BRUCE WILLIS fez o drama de guerra LÁGRIMAS DO SOL, também entrou na MATRIX no segundo e terceiro episódio.
O drama A PAIXÃO DE CRISTO só provou o quanto a atriz tem talento e seu último filme a estrear por aqui foi IRMÃO GRIMM.
Se as bilheterias são boas ou não, isso pouco importa se tivermos o gostinho da belíssima presença da italiana em cena.

APOCALYPTO

"Só louco para fazer os filmes que faço", esta foi uma frase extremamente sábia de MEL GIBSON, homem por trás do interessante APOCALYPTO.
A nova empreitada está longe do impacto causado por A PAIXÃO DE CRISTO, porém continua sendo entretenimento grandioso e de certa forma diferente daquilo que os espectadores estão acostumados a ver.

As tomadas curtas dão sensação desconfortável, as recriações antigas, roupas, aldeias e as pirâmides são incrivelmente bem reproduzidos.
Os atores são desconhecidos e saem-se bem em suas interpretações (principalmente nos momentos dramáticos).
O roteiro nem é lá tão bom quanto a parte técnica e as cenas de ação, pois na verdade o filme na sua última hora (136 minutos de duração) transforma-se numa correria desenfrada, cheia de adrenalina, sangue, armadilhas e mais sangue.

Na história, grupo de mercenários atacam aldeia maia, alguns guerreiros sobrevivem à investida, porém são levados e servirão como escravos ou de "alimento" aos deuses. Jaguar Pow (que deixou esposa e filho escondidos numa caverna) foge e tenta voltar para rever a família, no seu encalço estão alguns "vilões" querendo sua cabeça.

Nesta premissa APOCALYPTO desenrola-se, os atores dão tudo de si e MEL GIBSON continua sendo um dos diretores mais diferenciados da atualidade.

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: 40 Milhões de Dólares

SHREK TERCEIRO

Provavelmente nem TOY STORY foi tão decisivo no gênero animação como SHREK, o ogro impôs piadas inteligentes, provou que desenhos não eram mundo apenas infantil e estraçalhou os contos de fadas com suas tiradas ácidas.

Chega então, depois dos sucessos anteriores seu terceiro episódio. A Computação Gráfica continua caprichada, mas o personagem principal não é tão bem usado (apesar de ainda fazer-nos rir). Por isso abre-se brechas aos coadjuvantes aparecerem, como o Príncipe Encantado ou a hilária Bela Adormecida.

No roteiro, o pai de Fiona morre e Shrek rejeita o posto de rei, então eles saem à procura do único herdeiro: Arthur.
Neste meio tempo, vilões se juntam pois querem fazer seu próprio "final feliz" e invadem o castelo em Tão Tão Distante, travando batalhas enlouquecedoras entre mocinhos e bandidos.

O único defeito é não conseguir desvencilhar-se das mesmices, das frases feitas ou do fim melo-dramático (algo driblado com sabedoria nos episódios anteriores), mas todas as referências pop estão lá ajudando a moldar falas e gestos.

Comparado a obras como OS INCRÍVEIS, EXPRESSO POLAR esta película fica devendo, porém é muitíssimo melhor do que qualquer GALINHO CHICKEN LITTLE.
Difícil fazer uma crítica e deixar de pensar numa próxima aventura do personagem politicamente incorreto da Dreamworks

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: --

CARTAS DE IWO JIMA

Mais incrível que o próprio filme é perceber o amor de CLINT EASTWWOD (SOBRE MENINOS E LOBOS) - diretor de 71 anos - para com a sétima arte.
Nós, meros espectadores, vamos ao cinema sem medo, pois em suas produções são encontrados roteiros bem amarrados, dramas convincentes e um tratamento artístico vista em poucos longas americanos atuais.

CARTAS DE IWO JIMA é a visão da guerra pelos japoneses (são os mesmos acontecimentos vistos em A CONQUISTA DA HONRA), e podemos presenciar KEN WATANABE (MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA) muito à vontade, interpretando com coração e alma.
E há outros nomes de peso envolvidos no trabalho, como PAUL HAGGIS (CRASH - NO LIMITE) e STEVEN SPIELBERG (MUNIQUE), estes dão credibilidade ainda maior à película.

O patriotismo (quase descarado) visto em O RESGATE DO SOLDADO RYAN por exemplo, não é encontrado aqui, pois EASTWOOD decidiu tomar um rumo diferente do convencional, transformando as mais de duas horas numa história repleta de desespero, entrega e veracidade.
A fotografia envelhecida, os diálogos em japonês e a dramaticidade imposta, fazem CARTAS DE IWO JIMA ser uma aula histórica e cinematográfica do mais alto nível.

Inteligente, realista, detalhista, enfim CLINT continua sendo, simplesmente CLINT e para nós isto já é mais que o suficiente.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 15 Milhões

O LABIRINTO DO FAUNO

GUILHERMO DEL TORO usa e abusa dos atores mirins em suas tramas lotadas de estilo, ambientações ímpares e atuações soberbas.
Após o cultuado A ESPINHA DO DIABO, ele foi à Hollywood filmar HELLBOY. E agora volta às origens, com uma obra prima irretocável e um dos melhores filmes de 2007, LABIRINTO DO FAUNO vencedor de 3 Oscars (Direção de Arte, Maquiagem e Fotografia).

Numa era de clichês infinitos, o mexicano conseguiu desfazer-se deles, dando-nos roteiro que mescla a seriedade e inconstância dos adultos, com a inocência e os sonhos infantis.

Na Espanha fascista, violenta e cheia de guerras vive Ofelia (IVANA BAQUERO, sensacional), sua mãe (grávida) e o padrasto (que importa-se apenas com seu herdeiro), comandante das tropas que matam os "desertores".
A garota encontra no meio da floresta um fauno. O ser acredita que ela seja a reencarnação da princesa de seu mundo e a fará passar por três tarefas.

Outro detalhe lindíssimo e que particularmente me encantou muito foi o idioma. Castelhano soa como música aos ouvidos mais atentos, somando pontos à obra.
Os efeitos especiais dão conta do recado, a maquiagem é impecável, os diálogos soam hora como contos de fadas, hora como realidade e os extras agradam.

Poucas produções atuais trazem uma força tão gritante quanto O LABIRINTO DO FAUNO e poucos diretores tem tanta competência e segurança na hora de equilibrar vários gêneros numa só película!
Faltou uma indicação para melhor filme!

NOTA: 10
ORÇAMENTO: 5 Milhões de Dólares

QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO

Tudo aquilo que HOMEM ARANHA 3 tentou ser (em relação principalmente a roteiro) e não conseguiu está em QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO.
Há humor leve à todas as idades, história interessante e os melhores efeitos especiais que um estúdio pode comprar.

Nesta segunda aventura vemos Homem Elástico e Mulher Invisível planejando o casamento. No exato instante da cerimônia surge um contratempo vindo dos céus, seu nome: Surfista Prateado.
Este conta que a Terra será destruída por Galacto (ser super poderoso devorador de planetas), aí os heróis correrão contra tudo e contra todos para impedí-lo, tendo a "ajuda" do vilão Dr. Destino.

O personagem cromado soma computação gráfica fantástica e a voz poderosa de LAURENCE FISHBURNE (MATRIX), para ter o contorno necessário e atrair fãs novos e antigos.
JESSICA ALBA (MERGULHO RADICAL) está pouquíssimo convincente, IOAN GRUFFUDD (REI ARTHUR) interpreta seu personagem com extrema facilidade, CHRIS EVANS (CELULAR) continua sarcástico e engrassadíssimo e MICHAEL CHIKLINS (do seriado THE SHIELD) está mais solto se comparado à primeira aventura.

O Quarteto provavelmente terá novas continuações e o Surfista está preparadíssimo para segurar as próprias aventuras nas telonas.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 130 Milhões de Dólares

TRANSFORMERS

A nostalgia está de volta, na forma mais fantástica possível pelas mãos do mega diretor MICHAEL BAY (ARMAGEDON) em TRANSFORMERS.
Alguns ficaram descontentes com tal escolha, porém não vejo outro filmando o longa, principalmente porque BAY já está acostumado com superproduções, efeitos especiais e ação ininterrupta.

Presenciamos a guerra entre seres intergalácticos à procura do Cubo (definitivo para a existência da espécie) que está na Terra.
A primeira cena com Optimus Prime é belíssima, elegante e acima das expectativas, a seqüência inicial faz espectadores perderem o fôlego, tamanho realismo dos CGs.
SHIA LEBOUF (PARANÓIA) novo queridinho de Hollywood impõe ritmo, humor e dinamismo ao seu personagem e sua colega em cena - MEGAN FOX - é extremamente linda, fazendo sua parte durante cento e quarento minutos e não podemos esquecer dos veteranos JOHN VOIGHT (ANACONDA) e JOHN TURTURRO (EFEITO COLATERAL).

TRANSFORMERS e BAY podem alegrar-se, pois nem QUARTETO FANTÁSTICO muito menos HOMEM ARANHA 3 têm suas qualidades. Tirando devidas diferenças, o único capaz de igualar é HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX.
Os adultos terão oportunidades de rever esta série extremamente famosa, já os garotos são apresentados aos seus "novos" heróis.

O que poderia ser outro blockbuster boboca, sem cabimento e vergonhoso, provou ter força e capacidade o suficiente para agradar público e crítica. Já esperamos as continuações ansiosamente.

NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: 147 Milhões de Dólares

MUSAS CINEMA E PIPOCA

Nome Completo: Tara Reid
Natural de: Wyckoff, New Jersey, EUA
Nascimento: 8 de Novembro de 1975

Nova beldade postada aqui no CINEMA E PIPOCA. TARA REID pode nem ser boa atriz, mas tem os "atributos" necessários para agradar "gregos e troianos".
O primeiro sucesso foi LENDA URBANA, logo após fez SEGUNDAS INTENÇÕES e AMERICAN PIE e continuou nas comédias de gosto duvidoso com O DONO DA FESTA e A FILHA DO CHEFE. Hoje não emplaca nada muito interessante, mas pelo menos é MUSA CINEMA E PIPOCA.

HARRY POTTER E A ORDEM DA FENIX

Notava-se sempre o esforço tremendo para fazer de HARRY POTTER um produto infantil, sem grandes pretensões para atingir o público adulto, com isso suas aventuras foram perdendo o encanto. Quando O CÁLICE DE FOGO chegou, vimos algo mudando, pois seria um filme pretenso a agradar também estes marmanjos, e aqui em A ORDERM DA FENIX tudo acabou concretizando-se como fato verdadeiro.

DANIEL REDCLIFFE (O ALFAIATE DO PANAMÁ) está adulto, assim como seu personagem, as aventuras demoram a acontecer, porém quando começam são de uma grandeza e beleza digna da série admirada por milhões no mundo.
O primeiro beijo do bruxo é visto (sem muita química ou jeito é verdade, mas é outra demonstração do quanto DAVID YATES entende do achado), alguém importante morre e Valdemort quase nem aparece.
Aliás este transforma-se no maior defeito da produção, pois vemos o vilão apenas por alguns minutos, no fim da projeção.

Ninguém acredita na volta do Lorde das Trevas em Hogwarts, uma nova inspetora (IMELDA STAUNTON, ótima) é escolhida para reger a escola (e somos apresentados aos seus métodos nada ortodoxos junto aos alunos).
Percebendo estar desacreditado pela maioria, Potter monta um grupo de resistência e parte para "cortar o mal pela raiz".

Podemos citar, nesta suposta evolução em relação aos outros filmes temas como opressão e repressão que são levados (não explicitamente) às telas.
Vale uma boa conferida, o melhor episódio da série.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 150 Milhões de Dólares