quarta-feira, abril 06, 2011

O CINEMA E O CIGARRO

‘Hollywood, o sucesso’...

Engana-se quem ache que esteja falando sobre cinema nesta frase acima. Se hoje em dia o marketing dos filmes está todo em cima de computadores, carros, roupas e etc., na década de 20 até meados de 60, o grande impulsionador da ‘Hollywood Cinema’ era o cigarro.

Depois deste período, as produtoras perceberam o quão prejudicial este vício poderia ser para crianças, jovens e adultos e esse ‘casamento perfeito’ foi destruído.
Mas o fato é que, quando assistimos CASABLANCA (1942), por exemplo – que em 75% das cenas possui alguém com um cigarro na mão –, a leveza e a elegância nas tragadas dos protagonistas e toda ‘dança corporal’ que acompanha o gesto é visualmente deslumbrante.

Outro gênero que flertou absurdamente com isso foi o ‘noir’. Policiais, mocinhas e bandidos fumavam e instigavam os espectadores a se viciarem no produto.
Em RELÍQUIA MACABRA (1941) foi quando começamos a nos acostumar com esse tipo de situação (os protagonistas empunham a arma numa das mãos e o cigarro na outra) e aí, alguns atores como HUMPHREY BOGART e JOHN HUSTON viraram símbolos dessa geração.

Mas as atrizes também dispunham de um pulmão privilegiado (ou não!), para encararem personagens viciadas no tabaco, como foi o caso de GINGER ROGERS em THE MAJOR AND THE MINOR (1942), AUDREY HEPBURN em BONEQUINHA DE LUXO (1961), GRETA GARBO em FLESH AND THE DEVIL (1926) e etc.
Atualmente, mesmo com a diminuição, podemos encontrar muitas bitucas em COCO ANTES DE CHANEL e em CONSTANTINE.

Então, na década de 90, a indústria cinematográfica fez um acordo com os órgãos de saúde, com o objetivo de diminuir drasticamente a aparição destes produtos na telona, até porque uma pesquisa realizada em 2003, pelo jornal ‘The Lancet’, mostrou que 52% dos iniciantes no vício entre 10 e 14 anos, experimentaram, influenciados pelos filmes.

Se por um lado, é essencial este tipo de pesquisa, por outro, podemos chegar à conclusão de que, grande parte destes ‘52%’, não tenha um molde familiar tão estável quanto deveria, pois se fosse assim, após assistirmos 11 HOMENS E UM SEGREDO, sairíamos assaltando bancos por aí... é tudo uma questão de bom senso e de educação.

Antes que me perguntem, eu não fumo, detesto o cheiro do cigarro, mas como já foi dito, o Cinema e o Cigarro, formam um casal belíssimo!

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