O FILHO DE RAMBOW

Existem sempre uma visão mais romantizada e ingênua das coisas quando somos mais novos, sei disso porque quando tinha meus 9 anos, amava Jiraya, Cybercops e todos esses heróis coloridos, que vistos hoje em dia, são completamente esquisitos e toscos.
Em O FILHO DE RAMBOW, o diretor GARTH JENNINGS (O GUIA DOS MOCHILEIROS DA GALÁXIA), molda essa visão com um carinho e sutilezas tocantes.

A mistura inusitada de animações, situadas apenas na imaginação dos meninos para escapar de um mundo real cheio de cobranças e de um contexto moral em que os adultos parecem ter mais dúvidas do que os próprios garotos – que querem apenas se divertir e imitar seu herói favorito -, enche a tela.

O diretor só perde a mão, quando inclui no roteiro um terceiro personagem – um garoto francês que quer ser o verdadeiro herói do projeto –, o ator não tem o mínimo talento e seus trejeitos e cacoetes são péssimos, a sorte é que logo depois, entram em cena novamente Will e Lee Carter, caracterizados de Rambo e de Coronel Trautman numa seqüência impagável e maravilhosa.

Vivendo numa família extremamente religiosa e regrada, Will acaba conhecendo Lee Carter, o valentão da escola e descobre que seu novo amigo tem planos para ‘refilmar’ Rambo – Programado para Matar. Juntos começam a planejar como será este épico de guerra, mas como todo cineasta, eles também passam por várias adversidades, antes de completarem sua obra.

Em O FILHO DE RAMBOW, assim como em REBOBINE, POR FAVOR, há um nível extremo de paixão pelo cinema, onde cidadãos comuns decidem fazer o que amam, sem terem o mínimo conhecimento ou os equipamentos necessários. Mas por causa dessa total entrega, tudo acaba dando certo – o desfecho, que não vale ser esmiuçado para não estragar a surpresa é de dar nó na garganta. Se Stallone tiver assistido, tenho certeza de que saiu com um sorriso sincero no rosto!

Título Original: Son of Rambow
Ano Lançamento: 2007 (Alemanha/França/Reino Unido)
Dir: Garth Jennings
Elenco: Bill Milner, Will Poulter, Jessica Hynes, Neil Dudgeon, Jules Sitruk

ORÇAMENTO: 4 Milhões de Dólares

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