sexta-feira, abril 09, 2010

BESOURO

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BESOURO tinha tudo para ser o nosso primeiro ‘herói nacional’ com H maiúsculo, pois todos os elementos estão lá: o lance da segregação racial como fator primordial para o desenvolvimento do personagem central, os orixás como mestres e sábios, a capoeira como forma de libertação, as paixões proibidas e muito da fauna e flora brasileira.

Mas, há momentos em que as seqüências beiram a panfletagem publicitária – é impossível ver as filmagens embaixo da água, por exemplo, e não se lembrar dos comerciais televisivos presentes em qualquer emissora – até porque, o diretor JOÃO DANIEL TIKHOMIROFF, faz parte deste nicho e tem no currículo várias premiações em Cannes.
Apesar disso, BESOURO é um suspiro de inovação no cinema nacional, que já estava carente de outros gêneros, senão os de ‘drama na favela’ e as irritantes ‘globoxanxadas’.

As lutas até apresentam-se bem, mas infelizmente não podemos dizer o mesmo dos atores na hora de atuar. O trio principal, formado por AÍLTON GRAÇA, ANDERSON SANTOS DE JESUS e JÉSSICA BARBOSA, quase soletram as falas e o triângulo amoroso, por eles encenado é dispensável e medíocre, tendo pouca ou nenhuma química durante os 90 minutos frente às câmeras.
Para coreografar as batalhas, foi chamado o chinês HUEN CHIU KU – o mesmo de KILL BILL e O TIGRE E O DRAGÃO – e é louvável tal experiência e expectativa criadas.

Inspirado livremente no livro ‘Feijoada no Paraíso’, de Marco Carvalho, a produção conta a história do maior capoeirista de todos os tempos, que viveu na época da escravatura. Desde pequeno foi treinado pelo mestre Alípio e, quando este é assassinado parte para tentar vingança e libertar seu povo da opressão.

No fim, BESOURO acaba escondendo-se demais dos inimigos e deixando os espectadores sedentos por mais batalhas épicas.
Como a primeira tentativa de criar um herói ‘identificável’ com os cinéfilos e grande parte dos espectadores, TIKHOMIROFF enraíza uma pequena e valiosa mostra do que podemos esperar daqui para frente em relação a aventura e ação.

Título Original: Besouro
Ano Lançamento:
2009 (Brasil)

Dir.:
João Daniel Tikhomiroff

Elenco: Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa, Flavio Rocha, Irandhir Santos, Macalé

ORÇAMENTO: 10 Milhões de Reais

11 comentários:

Raul disse...

Cara, gostei da critica. bateu com tudo que imaginei do filme.
me frustrei demais com esse filme.

Unknown disse...

Desculpa a franqueza... mas o filme é muito ruim!

KAIO_MG disse...

cara quando eu vi o trailer na internet eu fiquei de queixo caido, pensei q veria um puto filme de ação tupiniquim mas foi só decepção, meu deus onde q bahiano fala dakele jeito? qpee

roberta disse...

O filme poderia render muito, muito mais. Mas foi uma experiência super válida. Espero ver uma sequência, ou outros filmes do gênero.

Jimmy Nightwing disse...

Esse filme passou em branco.

Ivie disse...

Desculpa a franqueza... mas o filme é muito ruim! [2]
Voto do Capitão Nascimento pra heroi nacional!
AHsAUhSusha

PROTABOSSA disse...

na verdade na verdade...

o filme precisa melhorar muito para ficar ruim ainda...

Unknown disse...

Bom eu assisti o filme e não achei ruim. Também não achei um filmaça, e fui outro q esperava muito mais, mas foi longe de ser uma decpção. Gostei da experiência de uma nova proposta de tema para o cinema nacional, pois sinceramente mostrar favela ou bandidagem, comédinhas romanticas ou filmes que focam no nordeste já estava cansando.

O cinema nacional precisa buscar novos ares e Besouro foi uma iniciação. Que venham novos filmes com mais variaçõs que o que vemos agora.

Aju disse...

Esse filme tinha que melhorar muito pra conseguir ficar ruim.

A categoria dele vai além é trash do começo ao fim, sem falar nos cliches e erros históricos.

@_okey disse...

é pura que começa
finalmente um filme fora das favelas e documentarios sobre a pobreza do brasil
mesmo assim
por enquanto meu heroi de filme brasileiro é o cap. nascimento

Thatah disse...

Nâo gostei do filme. Com o decorrer da história, minha expectativa era enorme para oo final do filme. O que eu tive foi uma tremenda decepção e um sentimento de "perda de tempo".

Não recomendo e não recomendei a ninguém que me perguntou.

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