quarta-feira, novembro 09, 2011

O CINEMA E O AUTOMOBILISMO

É impressionante como Cinema e Automobilismo conseguem dialogar tão bem entre si. E ao juntar a agilidade das câmeras com a velocidade imponente dos carros, surgiram diversas obras e cenas maravilhosas.

 Em 1966, chegava as telonas GRAN PRIX, que tinha como diferencial, além do drama inserido no roteiro, a adrenalina das corridas. Foi dirigido categoricamente por JOHN FRANKNHEIMER e deu mais reconhecimento à carreira de JAMES GARNER. 500 MILHAS chegou em 1968, estrelado por PAUL NEWMAN, arrasou nas bilheterias e além disso fez com que a paixão do ator pelo esporte aflorasse tanto que pilotar transformou-se em um dos seus hobbies favoritos – em 1972 foi vice-campeão da ‘24 Horas de LeMans’.


No mesmo ano, a Walt Disney resolveu arriscar e nos contou a história de um fusca que ajudava seu piloto a vencer corridas em SE MEU FUSCA FALASSE. Visto hoje é bem fraquinho, mas foi o primeiro de uma série de sucesso.
Além dos dois, tivemos também STEVE MCQUEEN, que dispensou dublês e gravou uma das cenas de perseguição mais espetaculares do cinema em BULLITT e em 1971 foi a vez de estrelar LEMANS. Era outro ator que competia nas horas vagas e foi vice-campeão na prova ’12 Horas de Sebring’.

Algo bem peculiar é este CORRIDA DA MORTE – ANO 2000, que tem um grau de trasheira incomensurável em seu roteiro (vence quem atropelar o maior número de pessoas, bem ao estilo do game Carmaggedon), temos SYLVERSTER STALLONE em início de carreira, dividindo a cena com DAVID CARRADINE.


Depois de algumas décadas sem nada digno de nota neste sub-gênero, eis que em 1990 chega DIAS DE TROVÃO, estrelado pelo astro TOM CRUISE e por NICOLE KIDMAN e sua vasta cabeleira (eles tiveram um caso no set de filmagens e se casaram). As seqüências das corridas são excelentes, pena que a direção de TONY SCOTT e o roteiro não ajudam em nada...

Outra bomba veio em 2001 com ALTA VELOCIDADE, tentativa em vão de STALLONE reerguer sua carreira, que estava no limbo havia anos. Na verdade, o astro queria fazer um filme sobre a vida de Ayrton Senna, mas como o projeto não foi para frente criou essa mistureba indigesta.


E para nos fazer esquecer essa lástima citada acima, VIN DIESEL e companhia saem para as ruas de Los Angeles com carros tunados e muita adrenalina em VELOZES E FURIOSOS. ROB COHEN dirige o filme e a testosterona é tanta, que falta cérebro para o roteiro.

Já em CARROS de 2006, a homenagem à Nascar, a Steve McQueen e a lendária Rota 66 são óbvias e ainda conta com um nível de detalhes impressionantes e com PAUL NEWMAN em seu último trabalho nos cinemas, emprestando a voz para o personagem Doc Hudson.


RICKY BOBBY – A TODA VELOCIDADE (2006) e SPEED RACER (2008) têm defeitos iguais... são completamente dispensáveis. O primeiro traz uma comédia com WILL FERRELL, que é o piloto mais famoso da Nascar, mas vê seu reinado ser destruído com a chegada de um concorrente francês e o segundo é a tentativa dos IRMÃOS WACHOVSKI de transpor o famoso animê para as telonas. Muita cor, muita computação gráfica e atuações canhestras dos protagonistas... os fãs mereciam mais.

Para finalizar nossa lista, o documentário SENNA, que não poderia ficar de fora pois é um deleite a todos os apreciadores do piloto, da Fórmula 1 e do automobilismo em geral. ASIF KAPADIA monta um singelo e emocionante retrato sobre a carreira do brasileiro.

E você, gosta de automobilismo e cinema? Quais seus filmes favoritos deste sub-gênero? Sinta-se a vontade para comentar!

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