sexta-feira, março 31, 2006

CADÊ O HUMOR NACIONAL ?

Assim como fiz um especial sobre o show do U2, tenho que trazer ao blog meu descontentamento pelos programas de humor da TV aberta, sei que o foco principal do CINEMA E PIPOCA são filmes, cinema, bilheterias, etc, mas como posso ficar quieto diante desta decadente comédia nacional?
Tal humor já teve suas épocas áureas, como nos bons tempos de OS TRAPALHÕES, a antiga PRAÇA DA ALEGRIA (atual PRAÇA É NOSSA) onde se apresentavam verdadeiros astros, que faziam a platéia rir de verdade e não precisavam "maquiar" o som com risadas ao fundo de cada piada.
Hoje em dia com o mal gosto dos diretores de programas como ZORRA TOTAL, A PRAÇA É NOSSA, A TURMA DO DIDI, DEDÉ E O COMANDO MALUCO nossas emissoras se infestaram de vergonhosas piadas, personagens com um mal gosto tremendo e grande apelo para as mulheres semi-nuas (deixo claro que sempre vale ver uma beldade feminina, mas a comédia descambou muito para esse lado).

Porém percebo que além do mal gosto dos diretores, NÓS espectadores também nos acostumamos com a falta de criatividade, e hoje em dia rimos de quadros infames com interpretações falsificadas.
Pois vejamos: DIDI não tem a mesma graça já faz tempo (desde a época em que OS TRAPALHÕES acabaram), e coloca em sua "TURMA" astros em decadência.
ZORRA TOTAL traz um amontoado de babaquices durante mais ou menos uma hora com atores de péssimo gosto, se esquecendo do principal... fazer-nos rir.
A PRAÇA É NOSSA: foi um dos primeiros programas a inserir este tipo de programação na TV, porém hoje em dia está bem diferente de seus tempos gloriosos, pois na época os verdadeiros humoristas trabalhavam lá, e com a morte de muitos destes ícones a substituição nem sempre se igualou.
Por último e talvez o mais irritante de todos estes DEDÉ E O COMANDO MALUCO. Falar o que de um humorista sempre mediano, que conseguiu uma vaga no SBT e adicionou cinco palhaços (literalemente). Estes fazem parte do entretenimento apenas para encher os bolsos no fim do mês.

Só depois de uma reformulação completa de diretores e após uma boa acordada dos espectadores é que poderemos voltar com o humor verdadeiramente brasileiro, que hoje em dia passa por uma falta de criatividade tremenda.
Infelizmente se continuarmos assim o futuro do humor continuará indefinido e "mal-humorado".

O EDITOR

A VILA

www.cinepop.com.brO "suspense cabeça" intitulado A VILA, nos deixa extasiados pela fotografia sensacional de ROGER DEAKINS, levando certa claustrofobia no primeiro ato desta patacoada dirigida por M. NIGHT SHYAMALAN, o homem por trás do mega-sucesso O SEXTO SENTIDO.
Indo contra qualquer bom senso, ele diminui propositadamente o ritmo da trama e mescla dramas pessoais e sociais, para justificar o que está ocorrendo nas entranhas da "Terra do Tio Sam".

No elenco com nomes conhecidíssimos, com destaque para ADRIEN BRODY (O PIANISTA), simplesmente soberbo e também JOAQUIM PHOENIX (JOHNNY E JUNE), BRYCE DALLAS HOWARD (HOMEM ARANHA 3), WILLIAN HURT (MARCAS DA VIOLÊNCIA) e SIGOURNEY WEAVER (ALIEN - O 8º PASSAGEIRO).

Numa vila isolada e tranquila, moradores descobrem estranhas e perigosas criaturas, que eles chamam de "Aqueles de quem não Falamos".
Alguns acabam por entrar no bosque onde os tais monstros vivem e revelam segredos jamais imaginados.

Os extras do DVD são melhores que a película propriamente dita, e aqui o "gráfico" na carreira do diretor começava decair drasticamente.
O desfecho infeliz, dá uma pequena mostra do quanto SHYAMALAN errou em mexer nas feridas não cicatrizadas de um povo abalado pelo maior atentado terrorista da história.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares

terça-feira, março 28, 2006

ESPÍRITOS - A MORTE ESTÁ AO SEU LADO

É fato que o terror Oriental já se desgastou, principalmente após as incessantes refilmagens de Hollywood, que americanizam – e, na maior parte das vezes 'idiotizam' – tais produções.
Coisas como cabelos enormes dos fantasmas, o uso de crianças para assustar a platéia e a lentidão dos mesmos, viraram clichê dos piores.

Apesar de conter todos estes requisitos ‘fundamentais’, ESPÍRITOS – A MORTE ESTÁ AO SEU LADO, impõe um suspense digno e divertido, editado corretamente, para amedrontar – muito bem, por sinal – os desavisados de plantão.
Os diretores BANJONG PISANTHANAKUN e PARKPOOM WONGPOOM (tentem pronunciar esses nomes!) criam uma atmosfera interessante e encaixam o tema ‘aparições em fotografias’, muito bem no roteiro.

Após acidente de carro no meio de uma rodovia, Tun e Jane, retornam às suas vidas normais, porém, ao passar dos dias, ele – que é fotógrafo – percebe algo como espectros e aparições ao revelar algumas fotos. Intrigado, vai atrás de respostas e, quanto mais aprofunda-se na busca, pior as coisas ficam.

A seqüência das fotos, tiradas com uma Polaroid, dentro de um laboratório deserto ou o bom desfecho, prendem a atenção e fazem deste, um exemplo minimamente relevante aos fãs. Produção tailandesa de respeito!

NOTA: 7,5
ORÇAMENTO: --

REENCARNAÇÃO

www.adorocinema.com.brNICOLE KIDMAN (AS HORAS) está apática durante toda projeção, criando uma personagem sempre pronta para chorar ou desesperar-se. É boba, fútil e usa cerca de 10 % de toda força interpretativa.

REENCARNAÇÃO consegue segurar o espectador nos trinta primeiros minutos, intensificado principalmente pela bela trilha sonora e fotografia. Após este breve instante, cada cena parece ridiculamente exagerada e o péssimo CAMERON BRIGHT (X-MEN - O CONFRONTO FINAL) irrita.

JONATHAN GLAZER (diretor) causou certo furor em duas seqüências que, sinceramente, não valem o ingresso: a primeira quando KIDMAN beija o garoto na boca e a segunda, quando o mesmo entra na banheira com ela.

Dez anos após o falecimento do marido de Anna, surge um menino, dizendo ser a reencarnação dele, revelando segredos que somente o casal sabia e dando sinais evidentes para crerem no pequenino.

São tantos problemas ao decorrer da trama que fica difícil citá-los, porém o pior é nunca decidir-se entre drama e suspense. Descartável e tendo um marketing calcado pelas cenas "polêmicas", REENCARNAÇÃO pode voltar para o túmulo e descansar em paz.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: --

sexta-feira, março 24, 2006

CRUZADA

Comparar GLADIADOR com CRUZADA é até covardia, pois se o primeiro é um épico magistralmente completo, com cenas minimalistas e um diretor competente, o segundo peca em vários sentidos - roteiro, atuação, direção.
Mas, pensando bem, RIDLEY SCOTT dirige os dois certo? Correto, porém são dois momentos distintos em sua carreira.

Se lá em 1999, teve liberdade criativa tremenda e um protagonista perceptível e talentoso, aqui percebe-se que essa falta de cunho criativo fez da película algo realmente decepcionante.
Há também a velha máxima de que ORLANDO BLOOM (PIRATAS DO CARIBE - A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA) tem pouco prestígio para segurar uma produção tão grandiosa sozinho - e comprovamos isso nas seqüências iniciais.

A trilha sonora "choca" nossos tímpanos negativamente, já a fotografia agrada e as batalhas grandiosas são muito reais.
Coadjuvantes como LIAM NEESON (A LISTA DE SCHINDLER), EVA GREEN (007 - CASSINO ROYALE) e JEREMY IRONS (ERAGON) pecam pela inexpressividade, já EDWARD NORTON (CLUBE DA LUTA) dá relevância quando aparece.

Desta vez a preguiça imperou no reino do todo poderoso Sir RIDLEY SCOTT, mas ele tem méritos e vamos citar CRUZADA como um "pequeno" escorregão.

NOTA: 6,0
ORÇAMENTO: 130 Milhões de Dólares

quinta-feira, março 23, 2006

REFÉM

gamashopping.com.brBRUCE WILLIS não consegue desvencilhar-se da imagem de John McClane, também pudera, DURO DE MATAR reinventou o gênero de ação.
Neste REFÉM, ele tenta mudar o tom, e trazer um policial mais sério e falho em sua moral, mas a gente aceita WILLIS do jeito que é!

O diretor FLORENT EMILIO SIRI, traz uma câmera vertiginosa e uma fotografia opaca, que combinou perfeitamente com o clima de suspense.
É bem verdade que os seqüestradores e suas motivações são bastante idiotas e o final premeditado, nada soma à trama, mas como produto escapista, vale a pena.

Jeff Talley era um negociador de reféns, até passar por uma tragédia pessoal. Resolve então, deixar tudo para trás – a profissão também – e mudar-se para um local pacato, encontra uma cidade chamada Bristo Camino e vai para lá. Mas, três adolescentes, fazem sua família refém e Talley, terá que trabalhar, novamente como negociador, para salvar as pessoas lá dentro.

Requer paciência, pois há muitas frases manjadas, situações que tiram risadas do espectador e algumas seqüências de ação, completamente desconexas, mas na falta do que fazer, num fim de semana chuvoso, REFÉM pode ser um caminho!

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: --

O PIANISTA

ocaradalocadora.com.brObras sobre a 2ª Guerra Mundial já estão defasadas e, cair nas armadilhas deste gênero é fácil – vide O RESGATE DO SOLDADO RYAN, por exemplo.
Mas, ao contrário do que muitos imaginavam, ROMAN POLANSKI – dono de pelo menos duas películas inesquecíveis: O BEBÊ DE ROSEMARY e CHINATOWN – conseguiu fluência e um diálogo claro com o público.

O PIANISTA mostrou ao mundo o talento de ADRIEN BRODY (que mais tarde faria KING KONG), e pode ser considerado o trabalho mais pessoal do diretor – já que esteve preso num campo de concentração nazista e sofreu na pele, todo tipo de humilhação.
A fotografia perfeita, deixa claro o tamanho do perfeccionismo da equipe de produção e a edição cautelosa, dá a entender o conhecimento de causa de POLANSKI.

A história é baseada em Wladyslaw Szpilman, e sua luta para sobreviver ao Holocausto. O espectador vê tudo, com ‘os olhos’ de Szpilman, desde a luta por um pedaço de pão, a moradia e o tratamento humilhante, até a degradação física e os corpos jogados como lixo.
Ao separar-se da família, ele começa a viver em esconderijos e é ajudado por alguns amigos, até o esperadíssimo final (calma... não colocarei spoilers aqui!)

O Oscar de melhor ator, não podia cair em mãos mais certas e, apesar de levemente cansativo em seu segundo ato, O PIANISTA torna-se um drama espetacular e quase imbatível.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --

quinta-feira, março 16, 2006

A INTERPRETE

www.adorocinema.com.brA possibildade de ver NICOLE KIDMAN (AS HORAS) e SEAN PENN (SOBRE MENINOS E LOBOS) contracenarem juntos, deixaria qualquer fã do cinema com olhos arregalados, por isso, A INTÉRPRETE poderia ser um programão ótimo.
Realmente poderia, pois SIDNEY POLLACK (TOOTSIE) está mais perdido que os próprios atores, numa direção óbvia e lotada de cacoetes.
A única salvação é PENN, que apesar de alguns deslizes, constrói um personagem sucinto e sem uma carga dramática exagerada, já KIDMAN vai para o mesmo caminho de outros "amaldiçoados pelo Oscar", como Hally Berry, Cuba Gooding Jr. e etc, pois parece ter perdido seu talento de outrora num set de filmagens por aí, estando apática em 90 % das seqüências.

Silvia Broome é a tal interprete do título e sem querer acaba ouvindo uma conversa (num idioma pouquíssimo falado) dentro da ONU, sobre um suposto plano para matar um chefe de estado da africano.
Tobin Keller começa a investigá-la como a principal suspeita, mas descobre uma trama de traição e corrupção.

É um forte remédio contra insônia - bocejante e dispensável. Tanto "auê" antes da estréia, para presenciarmos isso? Só não é pior que a novela das oito na Rede Globo.

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 80 Milhões de Dólares

PROCURA-SE UM AMOR QUE GOSTE DE CACHORROS

www.adorocinema.com.brO cinema atual necessitava de comédias que funcionassem, pois estamos cheios de patacoadas juvenis como TODO MUNDO EM PÂNICO.
Investiu-se então, numa parcela pouco aproveitada até o momento: o humor para adultos (HITCH, O VIRGEM DE 40 ANOS e PENETRAS BONS DE BICO, são claros exemplos deste "novo" filão) e as bilheterias falaram por si só.

PROCURA-SE UM AMOR QUE GOSTE DE CACHORROS também aderiu ao movimento e colocou frente à frente JOHN CUSACK (IDENTIDADE) e DIANE LANE (INFIDELIDADE), que instantaneamente tomam conta da película, deixando-a ainda mais prazerosa.
A falha visível fica por conta dos coadjuvantes, que parecem perdidos e fora de sintonia e do ato inicial, bem morno.

Sarah quer encontrar o homem ideal, o príncipe encantado, desejado por 10 entre 10 mulhere do universo.
Porém antes de conhecer Jake, algumas gafes acontecem (não vale ser citado, para deixá-los melhores) e clichês básicos aparecem - sem comprometer o andamento.

Serve como um programa de fim de semana, tanto para os casais apaixonados, quanto para os cinéfilos divertirem-se sem compromisso.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --

segunda-feira, março 13, 2006

ACERTO DOS ACHISMOS

Depois de mais de uma semana do Oscar, irei postar meus acertos, que ao todo foram 14 (belo começo).
Espero que ano que vem ultrapasse esta marca e acerte todos (hehe!! que sonho hein)
Os acertos foram:


CURTA METRAGEM: Six Shooter
CURTA ANIMAÇÃO: The Moon and the Son: an Imagined Conversation
EFEITOS VISUAIS: King Kong
TRILHA SONORA: O Segredo de Bockeback Mountain
MAQUIAGEM: As Crônicas de Nárnia
DOCUMENTÁRIO: A Marcha dos Pingüins
FIGURINO: Memórias de uma Gueixa
DIREÇÃO DE ARTE: Memórias de uma Gueixa
ATRIZ COADJUVANTE: Rachel Weisz (O JARDINEIRO FIEL)
ATRIZ: Reese Whiterspoon (JONNHY E JUNE)
ATOR COADJUVANTE: George Clooney (SYRIANA)
ATOR: Philip Seymour Hoffman (CAPOTE)
ROTEIRO ADAPTADO: O Segredo de Brockeback Mountain
DIRETOR: Ang Lee (O SEGREDO DE BROCKEBACK MOUNTAIN)

Agradeço a torcida do meu mano Danilo falou que eu iria acertar 15 (realmente quase!). Obrigado a todos pelo respeito e pelas postagens no blog. Até ano que vem com mais Achismos.

O EDITOR

DOOM - A PORTA DO INFERNO

www.adorocinema.com.brPara quem não sabe, DOOM revolucionou os jogos de ação com a câmera em primeira pessoa (Counter Strike é "parente" próximo dele), marcou a adolescência de muitos marmanjos e de certa forma, a minha também.
A premissa básica de um ambiente lotado de portas, labirintos e criaturas abissais para você vasculhar e mandar bala ainda faz sucesso e por isso, A PORTA DO INFERNO pulou nos cinemas.

Provavelmente por causa do orçamento baixo, usa-se pouca iluminação, escondendo os monstros nessa escuridão que não tem metade do impacto necessário.
DWAYNE "THE ROCK" JOHNSON (BEM VINDO À SELVA) entrega um personagem sem grandes motivações, numa péssima interpretação e KARL URBAN (O SENHOS DOS ANÉIS - AS DUAS TORRES), parte pelo mesmo caminho.

No roteiro monstruoso (trocadilho horrível, eu concordo!), cientistas descobrem um portal onde pode-se ir ao planeta Marte. Montam então um laboratório por lá, mas como a cartilha hollywoodiana manda, algo de errado tem que acontecer e as mortes borbulham na tela.
JOHNSON, URBAN e companhia vão verificar qual problema e a ação, propriamente dita inicia-se.

A violência estilizada, deixa DOOM - A PORTA PARA O INFERNO num meio termo. O único ponto realmente digno de nota, são os 5 minutos de filmagem em 1ª pessoa, de resto é um Resident Evil sem 90 % da badalação do exemplo citado acima.

NOTA: 4,5
ORÇAMENTO: 70 Milhões de Dólares

MATADORES DE VELHINHAS

adorocinema.com.brMATADORES DE VELHINHAS é o típico produto desnecessário, feito para tentarem arrecadar uma boa grana, em cima do midas chamado TOM HANKS (O RESGATE DO SOLDADO RYAN).
Mas o bacana aqui, é perceber que os talentosos diretores ETAN e JOEL COHEN, nos trazem algo simpático, sem ofender a ‘inteligência alheia’.

MARLON WAYANS (TODO MUNDO EM PÂNICO), participa do elenco de apoio, com suas caras e bocas ridículas, mas o contraponto perfeito deste péssimo ‘ator’ é IRMA P. HALL (COLATERAL), atriz com excelente tempo cômico, que faz da personagem, muito mais que uma ‘senhora indefesa’.

O professor G. H. Dorr e seu bando, alugam o porão de Marva Munson – com a desculpa de que são um grupo de música evangélica, e estão procurando um local para ensaiar. O buraco é, obviamente mais embaixo, e os salafrários querem cavar um túnel que sai da casa da senhora e chega até um banco.

No fim, o humor negro toma conta do roteiro e apesar das seqüências manjadas, vale sempre a experiência de ver os irmãos dirigindo algo. Inofensivo e simpático!

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --

segunda-feira, março 06, 2006

NOTA DO EDITOR


Ontem a maior festa do mundo do cinema ocorreu. Com todo seu glamour a premiação teve de tudo, emoção forte no momento em que homenagearam os falecidos em 2005 (tanto atores, atrizes, como diretores, sonoplastas etc.), um belo "tropeção" de JENNIFER GARNER (depois ela se recompos e apresentou com estilo mais uma categoria), o caloroso e espirituoso JON STEWART, fantástico comediante americano, apresentando com humor brilhante a noite "Oscariana".

Porém, como simples mortais tivemos a paciência "mortal" para esperar Mr. Pedro Bial determinar o paredão, e com isso começar a exibir o Oscar depois de meia-hora. Não preciso falar mais nada sobre minha constante irritação com a Rede Globo.
Outra coisa negativa (não do Oscar, mas da emissora) foram os comentários sonolentos (pelo 2° ano consecutivo) e indispostos de José Wilker (infelizmente não tenho TNT para ver Edward Filho).

Saindo da Globo e voltando para as premiações, era inimaginável ver CRASH como Melhor Filme, porém foi o que aconteceu, mas ANG LEE foi (com justiça) o Melhor Diretor.
Agora é esperar o ano que vem e mostrar o quanto acertei nos meus "achismos".

O EDITOR

DOZE HOMENS E OUTRO SEGREDO

www.adorocinema.com.brONZE HOMENS E UM SEGREDO foi divertido, leve e digno da alcunha de um dos blockbusters mais inteligentes do verão norte-americano.
Quando fiquei sabendo da seqüência, esperei com ansiedade sua estréia. Nomes consagrados da indústria cinematográfica voltariam a se reencontrar, agora com a adição da estonteante CATHERINE ZETA JONES (ARMADILHA).

Mas como alegria dura pouco, DOZE HOMENS E OUTRO SEGREDO me decepcionou por ser raso e cansativo. Em vários momentos o roteirista GEORGE NOLFI não encontra o tom certo do humor (ponto chave do episódio anterior) que chega ao final a duras penas.

STEVEN SODERBERGH (TRAFFIC) parece esquecer os coadjuvantes em certa altura do longa e quando percebe isso, já é tarde (nem CLOONEY segura a história tão enfadonha e boboca).
A seqüência do roubo mantém-se interessante e salva o longa da mediocridade completa.

Sair de Las Vegas e colocar os ladrões de bom coração em Roma foi uma escolha preciptada, já que o charme do anterior era, de certa forma por causa dela.
Até as cópias como UMA SAÍDA DE MESTRE são mais dignas de nota. Infelizmente DOZE HOMENS E OUTRO SEGREDO é decepcionante.

NOTA: 4,5
ORÇAMENTO: 110 Milhões de Dólares

ONZE HOMENS E UM SEGREDO

www.adorocinema.com.brAmizade é algo interessante, por causa dela tivemos o privilégio de preseciar o timaço que encabeça o elenco deste entretenimento (no mais puro sentido da palavra).
ONZE HOMENS E UM SEGREDO é a refilmagem da produção de mesmo nome lançada em 1960, estrelando Humphrey Bogard, Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davies e Peter Lawford.

GEORGE CLOONEY (CONDUTA DE RISCO), BRAD PITT (SR. E SRA. SMITH), JULIA ROBERTS (UMA LINDA MULHER), MATT DAMON (O RESGATE DO SOLDADO RYAN), ANDY GARCIA (O PODEROSO CHEFÃO 3), DON CHEADLE (HOTEL HUANDA), BERNIE MAC (A FAMÍLIA DA NOIVA) e CASEY AFFLECK (MEDO DA VERDADE) distribuem charme, leveza e certo ar de naturalidade, nesta reunião dos "bam-bam-bans" de Hollywood.

Após sair da prisão, Danny Ocean resolve planejar um assalto extremamente audacioso e mirabolante a um cassino pertencente a Terrence Benedict.
A procura pelo "time perfeito" começa quando o velho amigo Dusty Ryan aceita tal proposta e logo mais, nove membros são selecionados.

O personagem construído por CLOONEY ganha afeição do público rapidamente, e seus diálogos com PITT tiram gargalhadas fáceis.
Assista sem medo! Um blockbuster inteligente, homenageando com louvor o original e tendo STEVEN SODERBERGH (TRAFFIC) como comandante desta seleção.

NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: 110 Milhões de Dólares

domingo, março 05, 2006

A LISTA DE SCHINDLER

www.adorocinema.comA 2ª Guerra Mundial já foi cenário de muitas obras primas do cinema e normalmente os americanos se vêem como os “mocinhos” que sofrem, gritam, choram e rezam todas as noites, deixando a penosa missão de vilões para os alemães.
Porém, STEVEN SPIELBERG (O RESGATE DO SOLDADO RYAN), não só desvencilhou-se deste cacoete irritante, como também mostrou ao mundo que havia amadurecido.

A esplêndida fotografia de JANUSZ KAMINSKI, dá uma coesão tão sincera ao roteiro que a sensação de estarmos participando ativamente do longa é impressionante.
Apesar da violência, por vezes chocante, SPIELBERG foca sua câmera quase documental no drama pessoal de Oskar Schindler, nazista e dono de uma fábrica que ajuda judeus a livrarem-se da morte certa.

LIAM NEESON (BATMAN BEGINS) demonstra toda experiência e genialidade, na interpretação da carreira e BEN KINGSLEY (A CASA DE AREIA E NÉVOA) está corretíssimo como sempre. Outros coadjuvantes como: RALPH FIENNES (O JARDINEIRO FIEL), elevam a dramaticidade a níveis inigualáveis.

Vencedor de 7 Oscar, 2 Globos de Ouro e 1 Emmy, A LISTA DE SCHINDLER é um grito pela paz e renova-se a cada vez que revejo.
O DVD Duplo lançado por aqui está caprichadíssimo, com bons extras e documentário sobre o episódio.

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: 25 Milhões de Dólares

sábado, março 04, 2006

A IRMANDADE DA GUERRA

https://ssl173.websiteseguro.comSe a meia hora inicial de O RESGATE DO SOLDADO RYAN foi um marco para o cinema moderno, com visão documental e aterradora do mestre Spielberg, em A IRMANDADE DA GUERRA encontramos certa inspiração no uso da câmera e na tensão imposta por JE-GYU KANG (diretor), que molda a trama com perspicácia impecável, deixando as irritantes "patriotadas" de lado.

A dose cavalar de seqüências dramáticas ajuda os espectadores a simpatizar-se com os protagonistas (mesmo que às vezes o exagero nas atuações fique evidentes).
As fotografias são bem utilizadas, usando métodos bastante diferentes das vistas em Hollywood, assim como os planos, focado sempre nas expressões dos atores.

A guerra entre Coréia do Sul e Coréia do Norte atinge a vida de dois irmãos, que acabam indo lutar nos campos de batalha, mesmo contra a própria vontade. Porém uma reviravolta surpreendente acontecerá e mudará o rumo dessa relação familiar.

Apesar de apresentar vários coadjuvantes, o diretor apoia-se completamente na trama central e o faz com tremendo louvor, deixando DONG-KUN JANG e BIN WON passearam frente às câmeras. Vemos as guerras particulares de cada ser humano, elevada à décima potencial... obra imperdível.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: --
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