quarta-feira, outubro 13, 2010

O MENSAGEIRO

natxy.com

Já precisou falar para alguém que um ente querido havia falecido? Como se preparou para dizer isso? Qual a reação da pessoa ao receber a notícia?
O fato é que, desde o início, O MENSAGEIRO toca num ponto crucial: a perda, e para dificultar ainda mais a situação, o diretor OREN MOVERMAN (que trabalhou no roteiro de NÃO ESTOU LÁ), faz da guerra no Iraque o ponto de apoio para seu roteiro.

Sem usar uma imagem sequer da guerra em si, escapa de boa parte dos clichês que poderiam deixar sua obra igual a tantas outras presentes por aí.
O modo com que é dada a trágica notícia é mecânica e fria, e daí ficamos nos perguntando: ‘Será que quem deveria estar fazendo este trabalho, sendo xingado e tomando cuspidas na cara eram os soldados ou os próprios governantes, que colocam jovens de 20 anos para morrerem em batalha e nem se quer alistam seus filhos?’

Talvez a repetição exagerada de algumas cenas, os cortes abruptos e o pouco uso da personagem interpretada por SAMANTHA MORTON (CONTROL), seja um defeito, mas apesar disso, todos os méritos de O MENSAGEIRO vão para WOODY HARRELSON (2012) e BEN FOSTER (OS INDOMÁVEIS), eternos coadjuvantes de Hollywood, numa química perfeita.

Após ser ferido no Iraque, o soldado Will vai para casa, tendo ainda 3 meses para servir o exército. É convocado então, para a Divisão de Notificação de Falecimento dos Militares e trabalha com Tony, Capitão experiente com quem cria grande amizade. Porém, numa dessas ‘visitas’ Will apaixonando-se por uma das viúvas e vê-se num complexo dilema moral.

No fim, expande-se a linha de visão vista em GUERRA AO TERROR, por exemplo, pois a degradação psicológica vai desde o oficial, até suas famílias, que apoiam-se em suas próprias crenças e nos parentes próximos, para encontrarem forças em episódios que poderiam nunca existir!

Título Original: The Messenger
Ano Lançamento: 2009 (EUA)
Dir: Oren Moverman
Elenco: Ben Foster, Jena Malone, Eamonn Walker, Woody Harrelson, Lisa Joyce, Steve Buscemi, Samantha Morton


ORÇAMENTO: --

1 comentários:

Cenários Imaginários disse...

Este filme também me chamou atenção, mas pelo que você fala do filme, prefiro o roteiro de ENTRE IRMÃOS. Tratando-se de filmes norte-americanos, podemos esperar que pelo menos 2 terços dos filmes citem o patriotismo norte-americano, e a melhor maneira de citar tal patriotismo é se referindo as histórias de guerras e seus dramas vividos no front. No caso de ENTRE IRMÃOS, o drama é mais consistente, pois a noticia que deve ser dada para a mulher de um dos oficiais sobre seu falecimento, fica ao encargo do próprio cunhado (irmão do oficial)que acaba se envolvendo com a mulher do irmão e quando todo o terror da perda que a guerra lhes causou está prestes a ser "esquecida", o irmão bate à porta.

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