terça-feira, julho 13, 2010

ENCONTRO EXPLOSIVO

cinemacomrapadura.com.br

Tudo bem que o cinema é fantasioso e inúmeras vezes não condiz com a realidade, mas existe um grau de tolerância para isso e existem também diretores que sabem dosá-la com perfeição.
JAMES MANGOLD, em sua primeira incursão nos blockbusters americanos, cai num efusivo emaranhado de clichês, a começar pelos protagonistas, passando pelas coreografias de ação, até chegar ao desfecho, panfletário e banal (comigo, sem mim, comigo, sem mim... – terrível, quem viu, sabe do que estou falando!).

Burocrático e tendencioso, TOM CRUISE (OPERAÇÃO VALQUÍRIA) e CAMERON DIAZ (AS PANTERAS), são uma cópia descarada de Brad Pitt e Angelina Jolie em SR. E SRA. SMITH, com menos carisma e química.
Em inúmeros momentos, existem cortes severos na edição, que acabam deixando o espectador sem saber ao certo o que aconteceu.

Há uma seqüência em que, os protagonistas fazem um balé ao atirarem juntos nos inimigos e a sensação foi a de que MANGOLD queria gritar para o mundo: “Eu queria ser Doug Liman, porra!”.
Apesar disso, as locações ao redor do mundo, são de tirar o chapéu e, provavelmente ENCONTRO EXPLOSIVO safa-se do desastre total por causa deste detalhe.

O agente secreto Roy Miller, esconde consigo uma bateria que nunca descarrega e está sendo procurado pelo governo norte-americano e por um contrabandista de armas.
Aparece então, June Havens em seu caminho e ele a usa para passar com o material pela alfândega e, mesmo sem perceber, vai entrar nesta caçada ao lado do veterano agente!

Com visíveis influências da produtora, a película é um misto de comédia, aventura e romance que não engrena nunca.
Esperamos não termos que ‘apreciar’ uma indigesta continuação... JAMES MANGOLD, volte aos filmes mais independentes, pelo amor dos Lumiere.

Título Original: Knight & Day
Ano Lançamento:
2010 (EUA)

Dir.:
James Mangold

Elenco:
Tom Cruise, Cameron Diaz, Peter Sarsgaard, Jordi Mollà, Viola Davis, Falk Hentschel, Paul Dano


ORÇAMENTO: 117 Milhões de Dólares

1 comentários:

Silvia Freitas disse...

A cena da motocicleta, onde a atriz se vira para atirar nos agentes que os perseguem, é de uma marmelada tão grande que nos faz achar qe tá assistindo a um desenho animado. O filme tem lá sua graça, mas é totalmente dispensável.

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