quarta-feira, junho 28, 2006

JURASSIC PARK 3

Depois de um filme espetacular e outro uma 'quase' refilmagem de KING KONG, fui alugar a terceira parte da "reinvenção" dos dinossauros com uma expectativa, no mínimo boa, pois ainda havia SAM NEIL, SPIELBERG como produtor e um amontoado de efeitos muito melhores que na época do primeiro JURASSIC PARK.

Comecei a assistir, mas quase dormi na metade, pois não há nada, absolutamente nada de inovador, conta-se com o pior roteiro de toda trilogia e NEIL também tem uma interpretação apagada.

Os dinossauros agora tem uma inteligência avançada e esse foi um dos pontos pelo qual fiquei incomodado, porque já não temos aquele instinto selvagem, muito presentes nos anteriores.

Apesar de haver ação, muitos dinossauros e uma pitada de suspense, a produção ficou parada no tempo e acabou sem o brilho que seus antecessores tiveram, porém marcas como a de JURASSIC PARK nunca saem da moda.
Já estão preparando a 4ª parte da obra iniciada (e muito bem por sinal) por SPIELBERG.
Esperamos com ansiedade jurássica, para O PARQUE DOS DINOSSAUROS voltar a ser aquele arrasa-quarteirão.

NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 93 Milhões de Dólares

domingo, junho 25, 2006

A ESPERA DE UM MILAGRE

Por incrível que possa parecer, as obras de suspense e terror transpostas para o cinema de Stephen King, não fazem tanto sucesso, quanto os dramas.
É tirado de um livro dele o ótimo UM SONHO DE LIBERDADE e agora, este sensacional À ESPERA DE UM MILAGRE.

Que FRANK DARABONT é um diretor minimalista, isso todo mundo já sabe, mas ele consegue moldar planos magníficos e tirar interpretações poderosas, principalmente do grandalhão MICHAEL CLARKE DUNCAN (ARMAGEDDON).
Mesmo com a extensa duração de aproximadamente 188 minutos, tocou fundo nos espectadores, que lotaram as salas e se emocionaram.
O bom é que DARABONT não nos trata como idiotas e mesmo alguns clichês que aparecem, são driblados com uma categoria absurda.

O ano é 1935, e Paul, um chefe da guarda de um corredor da morte, nos Estados Unidos, recebe um prisioneiro enorme, chamado John Coffey, acusado de estuprar e matar duas jovens garotas. Com o passar do tempo, Paul ganha a confiança dele e descobre que o prisioneiro tem dons especiais.

Violento, tenso e cruel, você se envolve com a trama e o nó na garganta, principalmente no terço final é inevitável.
Infelizmente foi ignorado no Oscar, e mesmo com as 8 indicações, não faturou nenhuma, mas pode ser considerado, sem sombra de dúvida um dos melhores filmes da década de 90!

NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: --

ESPECIAL - TV E SEU CONTEÚDO PARTE II de IV

PROGRAMAS GLOBAIS

A maior emissora televisiva do Brasil e uma das maiores do mundo, mas será que todo esse porte é passado para os espectadores em forma de conteúdo inteligente?
Sem dúvida não, pois vejamos:

JORNAIS (Jornal Nacional, Jornal da Globo, etc.): adotou a fórmula de sucesso da CNN, que se transformou num padrão mundial. Com pouca opinião do apresentador e informações passadas muitas vezes às pressas.

PROGRAMAS INFANTIS (Sítio do Pica Pau Amarelo, Xuxa): Infelizmente fizeram desta nova versão de SITIO DO PICA PAU AMARELO um verdadeiro amontoado de basteiras infames, que culminou nesta vergonhosa "refilmagem", com atores do nível do programa, péssimos. XUXA tenta voltar a ser a Rainha dos Baixinhos, porém a única coisa que consegue é irritá-los, trazendo quadros vergonhosos e personagens sem a menos intenção de ensiná-los. Além de tudo a GLOBO não respeita a periodicidade de um desenho animado (principalmente os animes), deixando fãs totalmente frustrados com tal medida.

NOVELAS (Belíssima, Cobras e Lagartos, etc.): provavelmente você, leitor já deve ter visto filmes que se apoiam descaradamente em clichês! As novelas Globais são assim (e tornou-se quase uma regra). Muitas vezes coloca-se pessoas sem a menor inspiração para dirigir (como aconteceu com BANG-BANG) e outras para interpretar, visando unicamente o lucro, esquecendo de respeitar milhões de espectadores.

HUMOR (Zorra Total, A Turma do Didi): tão infame que chega a incomodar. Piadas ridículas, "comediantes" tirados de um manicômio e risadas ao fundo de cada tentativa de humor. Quer exemplos: DIDI com sua turma esdrúxula, ZORRA TOTAL com seus inúmeros e banais personagens que deviam ser banidos da programação.

PROGRAMA ESPORTIVOS (Globo Esporte): assim como no jornalismo, os apresentadores esportivos não expressam opiniões, resumindo-se apenas em ler as informações que lhe são passadas.

Então como a emissora consegue tanto sucesso ?
Por ter os atores, atrizes e diretores mais conhecidos da população, e o maior lucro de toda TV aberta nacional.
Coloque aquele velho ditado futebolístico: "Nem sempre quem joga melhor vence", mude agora para: "Nem sempre quem tem a melhor programação é líder de audiência."
Porém, tirando as devidas proporções, hoje em dia a televisão não vive sem a emissora carioca.

ESPECIAL - TV E SEU CONTEÚDO PARTE I de IV

Resolvi tomar essa iniciativa de fazer uma matéria relacionada à TV aberta brasileira, pois dificilmente o espectador encontrará cultura nelas.
Farei em 4 partes, para não ficar cansativo para o leitor e também deixar mais organizado.

SABADAÇO E BOA NOITE BRASIL

Provavelmente este seja o melhor exemplo para começarmos uma matéria, cuja finalidade é levantar os pontos negativos da TV.
Gilberto Barros é o que podemos chamar de "Maria vai com as outras", pois provavelmente relacionou alguns costumes que se tornaram sucesso (como aquele sinal para a banda parar de tocar alguma música) e descaradamente copia Silvio Santos, em seu jeito de vestir, nas gincanas e até em sua risada.
Quem normalmente acompanha, pode perceber que os "astros e estrelas" convidados, sempre estão em decadência ou esquecidos em algum canto, simplesmente por não terem grande importância em outras emissoras.
Outro ponto irritante são às críticas sociais de Gilberto, fazendo aquilo simplesmente para ser mais um a "defender" o Brasil, dizendo NÃO TER MEDO de políticos, etc, causando sensação de constrangimento para o espectador brasileiro.
Leão é um apresentador que não somou nada à TV, pois tem um programa que é junção de vários outros, vide àquela tentativa de humor com a "Escolinha do Leão" e não tiveram a capacidade nem de mudar a frase final do quadro.

E agora SABADAÇO: mais algumas horas perdidas nas programações da Band. Para quem gosta de funk e daquelas músicas antigas vá lá e deprima-se por si mesmo.
Também há gincanas nas ruas, disputas entre os artistas e piadinhas banais do nosso "ótimo" apresentador.
Fora tudo isso ainda há convidados VIP, estes encontram-se lá todo Sabado, veja alguns deles: LACRAIA E SERGINHO, BANDA CALYPSO, etc, etc, etc.
Junte tudo isso e algumas musicas das Leoas (!?) e tudo vira uma salada de nada com intenção de fazer coisa nenhuma.
Marketing puro e descarado de um dos apresentadores mais irritantes da atualidade.

DOM

Infelizmente os diretores brasileiros, parecem ter medo de tentar diversificar os gêneros por aqui, pois cansamos de ver dramas, comédias passadas no nordeste, ou filmes da Xuxa e do Didi.
Outra coisa ruim, definitiva para qualidade da obra é a interpretação dos protagonistas (principalmente envolvendo a química entre eles) e em DOM, MARCOS PALMEIRA está robótico e poderia sim, ter uma interpretação mais séria e adulta.
MARIA FERNANDA CÂNDIDO não está 100 %, pois também tem momentos que mais parece um fantoche, porém, vez ou outra ela se desvencilha desta péssima mania e dá toques interessantes neste longa nacional tão ruim.

A trama tenta criar uma teia envolvente e madura, mas daí acontece o óbvio: DOM sai cheio de falhas, tem um desfecho previsível, os espectadores desprendem-se do enredo facilmente e a tentativa de uma filmagem mais seca e direta no final, só o torna mais patético.

Nunca fui fã de MARCOS PALMEIRA, mas aqui ele não se incomoda em mostrar a todos o quanto está desconfortável em frente às câmeras.
Infelizmente há diretores que insistem numa narrativa mais teatral, deixando suas obras com tons exagerados e pouco naturais.
DOM é outra deficiente película brasileira com sérios erros interpretativos e de direção.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: --

quarta-feira, junho 21, 2006

NO PIQUE DE NY

Quando você acha que tudo já está ruim e nada pode piorar, eis que surge NO PIQUE DE NOVA YORK e te traz de volta a realidade.
Já faz um bom tempo que as gêmeas ASHLEY e MARY-KATE OLSEN não brilham, e na tentativa mórbida de recuperar os fãs de outrora e ‘fisgar’ outros, dessa nova geração, protagonizam esse desastre.

DENNIE GORDON (TUDO QUE UMA GAROTA QUER) tem a missão ingrata de levar para as telonas algo chinfrim, enganatório e lotado de furos.
Se queriam fazer uma comédia jovem, não conseguiram, mas se queriam fazer uma comédia voltada para a criançada... também não conseguiram – pois a vontade de pegar o DVD e quebrar em mil pedaços, me passou pela cabeça inúmeras vezes.

Jane e Roxy são irmãs gêmeas que terão que viajar juntas para Nova York, mesmo sem se gostarem. Mas ao serem acusadas de seqüestrar o cachorro de um importante político, a aventura começa e elas terão que provar inocência a todo custo.

Se toda rebeldia do mundo fosse igual a de Roxy, o rock’n roll já estaria morto e enterrado havia décadas e, por essa visão, muito superficial e medíocre das coisas, é que NO PIQUE DE NOVA YORK se torna ainda mais irritante.
É mais fácil as gêmeas voltarem a vender seus cosméticos e deixar o cinema, para quem entende do assunto.

NOTA: 2,0
ORÇAMENTO: --

AGENTE BIOLÓGICO

submarino.com.brQuantas tentativas para reerguer a carreira do ex-quase-astro e dublê de ator JEAN CLAUDE VAN-DAMME (O GRANDE DRAGÃO BRANCO) presenciaremos ?
Quem, em sã consciência pode bancar projetos do cidadão que encabeçou o elenco de bombas como STREET FIGTHER, INFERNO, A COLÔNIA, para citar alguns (a lista facilmente encheria esta página !) ?

Como tortura pouca é bobagem, os espectadores são massacrados, dilacerados e arrebentados por frases feitas difíceis de engolir, momentos “dramáticos” que tiram risos, cenas de ação sonolentas e efeitos especiais (apesar de poucos) terríveis.

Na premissa “mamão com açúcar”, trem desgovernado carregando produtos químicos altamente tóxicos é seqüestrado pelos vilões e o mocinho tenta salvar o dia, espalhando sopapos e chutes nas faces alheias, ajudado (ou atrapalhado) por coadjuvantes tão fracos quanto ele.

AGENTE BIOLÓGICO requer de você paciência a um nível extremo, insônia em estado avançado (pois só assim verá a película até o final) ou desespero e falta de ter o que fazer.
Mês que vem, outra pérola de VAN DAMME nas locadoras, aguardem com ansiedade.

NOTA: 2,0
ORÇAMENTO: --

domingo, junho 18, 2006

TODO MUNDO EM PANICO 4

Depois de tantos vexames no gênero humor, DAVID ZUCKER (que deu cara nova a TODO MUNDO EM PANICO 3) adapta neste 4º episódio sátiras de JOGOS MORTAIS, GUERRA DOS MUNDOS, O GRITO, A VILA dentre outras obras, transformando novamente a série num amontoado de banalidades ridículas e humor raso.

Usa-se SHAQUILLE O'NEIL para tentar nos fazer rir, sem contar a cena final, mostrando o quanto ZUCKER estava perdido, levando sua produção a niveis quase iguais ao segundo episódio.
LESLIE NIELSEN retorna como presidente que só fala besteiras (bem no estilo LOUCADEMIA DE POLICIA) e salva SCARY MOVIE 4 de ser mais deprimente ainda.

O uso de tantas conotações sexuais gratuitas, cria uma certa vergonha alheia nos espectadores e, a não ser os jovens facilmente enganáveis, não há sequer um mínimo de possibilidade de sair satisfeito da sessão.

A série é uma das mais lucrativas de todos os tempos no gênero, arrecadando nos 4 quase 800 milhões e infelizmente teremos que nos contentar com novas continuações para TODO MUNDO EM PANICO (desespero dos verdadeiros fãs de boas comédias).
ZUCKER perde toda graça imposta no terceiro filme, tornando-se apenas uma 'ponte' para os produtores encherem os bolsos, numa franquia difícil de engolir.

NOTA: 3,0
ORÇAMENTO: 45 Milhões de Dólares

sábado, junho 17, 2006

O ULTIMO SAMURAI

www.adorocinema.com.brVocê pode enxergar O ÚLTIMO SAMURAI de duas formas: ou como uma produção homenageando a cultura Oriental ou apenas outro longa épico, lotado de coadjuvantes e cenas magistrais para arrecadar grana e abocanhar prêmios técnicos.

Porém nada disso tem significado quando a película inicia-se, pois ficamos estarrecidos com as fotografias esplendorosas, as ambientações perfeitamente criadas, as batalhas ferozes, o figurino arrebatador, o final tipicamente heróico e astro do quilate de TOM CRUISE (MINORITY REPORT – A NOVA LEI) encabeçando elenco, que conta ainda com KEN WATANABE (AS CARTAS DE IWO JIMA).
A duração de 144 minutos poderia ser encurtada, deixando o roteiro coeso e menos cansativo e caso EDWARD ZWICK (LENDAS DA PAIXÃO) fosse menos vislumbrado, driblaria vários momentos desnecessários.

O Coronel Algren vai ao outro lado do mundo - à convite da aristocracia japonesa - disposto a treinar o exército daquele país com armas de fogo, para substituir os samurais.
Katsumoto – um destes lendários guerreiros – não aceita tal mudança, partindo para “medidas extremas”. Os despreparados soldados, são derrotados na primeira batalha, Algren capturado e vagarosamente ele vai criando vínculos e aprendendo a respeitar os ideais neste novo universo.

Após tantas produções do gênero de pouco ou nenhum valor, O ÚLTIMO SAMURAI acende uma luz no fim do túnel, mesmo não sendo nenhuma obra prima.
Aos fascinados pela arte e história do Japão (como eu) é um prato cheio, principalmente com pipoca e refrigerante ao lado.

NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: 100 Milhões de Dólares

quinta-feira, junho 15, 2006

UNDERWORLD - ANJOS DA NOITE

É ótimo quando você é surpreendido, por um filme que ninguém botava muita fé. O fato é que LEN WISEMAN, pegou dois temas batidos e ultrapassados (vampiros e lobisomens) e criou um universo muito interessante, lotado de ação, tiroteios, sensualidade e um roteiro que, se não é inédito, ao menos é divertidíssimo.

O trio principal, formado pela estonteante KATE BECKINSALE (PEARL HARBOR), SCOTT SPEEDMAN (DUETS – VEM CANTAR COMIGO) e MICHAEL SHEEN (LINHA DO TEMPO), estão muito bem, fazendo-nos, pelo menos por alguns instantes esquecer de fiascos como DRÁCULA 2000, A RAINHA DOS CONDENADOS e tantas outras produções B por aí.

Numa noite qualquer, Michael Corvin entra no metrô e se depara com um violento tiroteio entre os Lycans (lobisomens) e os Mercadores da Morte (vampiros). No meio disso tudo ele é salvo por Selene, mas ela não entende o motivo dos Lycans irem atrás de Corvin – os lobisomens preferem distância de seres humano.

As roupas e algumas coreografias lembram MATRIX – sem 90% da complexidade do mesmo – e o final, descaradamente aberto para uma continuação, deixa os espectadores ansiosos pelo próximo episódio.
Vá com o cérebro desligado e prepare-se para se divertir muito.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 23 Milhões de Dólares

PEARL HARBOR

www.adorocinema.com.brTroque Leonardo Di Caprio por BEN AFFLECK (ARMAGGEDON), Kate Winslet por KATE BACKINSALE (ANJOS DA NOITE), James Cameron por MICHAEL BAY (A ILHA) e temos o TITANIC do novo século, passado na 2ª Guerra Mundial e massageando os egos norte-americanos com seus jovens soldados, lutando e morrendo por uma causa nobre.

Contendo mais de duas horas, espectadores cansam de tanta balela e frases de efeito, apesar dos efeitos especiais criarem deleite visual impressionante, assisti-lo sem bocejar é missão ingrata a qualquer ser humano.
Pontos desnecessários – mas obrigatórios a diretores sem personalidade como BAY – são os planos abertos, com pôr do sol sempre à vista e trilhas sonoras chochas, incomodando nossos ouvidos sem dó.

As intervenções de JERRY BUCKHEIMER (produtor) são facilmente vistas dentro da película e os astros criam personagens tão irreais e robóticos, deixando claro que diretores e produtores lidam mais fácil com efeitos do que com atores.

PEARL HARBOR é produto raso, vindo num momento tão errado que tende a ser esquecido rapidamente. E AFFLECK encabeçando elenco... só poderia dar no que deu!

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 135 Milhões de Dólares

domingo, junho 11, 2006

O JARDINEIRO FIEL


Cada vez que assisto um filme de FERNANDO MEIRELLES fico feliz, pois posso dizer: "Ele é brasileiro!"
O diretor tem algo encantador em seus trabalhos, então por causa dele aluguei O JARDINEIRO FIEL, sem arrependimento e com mais alegria de saber que FERNANDO nasceu aqui.
CIDADE DE DEUS e esta nova obra tem algo em comum?
As reviravoltas, os flashbacks e algumas narrações em off são iguais, mas neste roteiro MEIRELLES foi muito delicado, criando clima cativante e menos pesado.
Outro ponto foi a escolha dos atorres, pois o par principal conseguiu bela química e interpretações fabulosas, principalmente RALPH FIENNES (não preciso falar sobre a talentosíssima e Oscarizada RACHEL WEISZ).
As locações são belíssimas e apesar da maioria das filmagens se passarem no Quênia, esse desinteresse governamental citado, vale para qualquer lugar no mundo, principalmente na nossa terra.
Há muitos personagens e nomes, por isso o espectador tem que estar atento a tudo.
E não foi só a dupla principal que interagiu-se bem, pois os coadjuvantes fizeram tudo para MEIRELLES, aliás na minha opinião a Academia poderia ter colocado o diretor na disputa pelo Oscar, pois essa obra é tão poderosa e séria quanto qualquer SEGREDO DE BROCKBACK MOUNTAIN ou CRASH, mas enfim não sou eu quem decidi.
Um resumo básico só para variar: RACHEL é uma mulher de fibra que descobre empresas "usando" africanos como cobaia para remédios experimentais, estes muitas vezes causam reações irreversíveis, levando-os à morte.
Porém ela vai tão longe atrás de respostas, que acaba sendo morta, para não arruinar as indústrias farmacêuticas e diminuir seus lucros. FIENNES vai atrás de respostas para a morte da esposa e também envolve-se.
No decorrer da trama se transforma numa pessoa tão forte e bondosa quento era WEISZ.
Outra brilhante direção de nosso compatriota e interpretações dignas de aplausos, nova obra prima de MEIRELLES.

NO CAIR DA NOITE

Clichê, clichê, clichê... quem gosta de cinema e lê críticas está enjoado de ouvir esta palavra que acabou tornando-se... clichê!?
Mas não temos como negar, alguns filmes merecem recebê-la pois muitas vezes o diretor e o roteiro são tão picaretas que é difícil deixar de citá-la.

É o caso de NO CAIR DA NOITE, o suspense tem enredo de fazer rir: Uma vez, Kyle Walsh conseguiu ver a Fada do Dente e quase foi morto por ela e apenas sua namorada e o irmão dela acreditam na história. Agora, muito tempo depois, ele começa a ter visões sobre um 'apocalipse' que está perto e acabará com todos aki.

Atores e atrizes tem interpretações lamentáveis e há apenas um ou dois bons momentos, que não valem a locação e nem a perda de tempo de assisti-lo numa Tela Quenta qualquer.

Fazer algo realmente assustador com um roteiro desses é muito difícil, simplesmente pelo tema ser um tanto inacreditável, junta-se isso com efeitos especiais ridículos e teremos clichês dos piores!
Um sinônimo de vergonha alheia é assistir à cena final, tremendamente mal feita, mostrando que muitas vezes Hollywood também pode filmar algumas inutilidades.

NOTA: 1,0
ORÇAMENTO: --

quarta-feira, junho 07, 2006

O EXORCISMO DE EMILY ROSE

Baseado na história da alemã Annelise Michel, que faleceu após inúmeros exorcismos mal sucedidos, em meados de 1970, O EXORCISMO DE EMILY ROSE é outro, dos tantos ‘irmãos menores’ de O EXORCISTA, mas para quem pensava que seria apenas mais um, está redondamente enganado, pois o diretor SCOTT DERICKSON, pontua bem a discussão entre o sobrenatural e a ciência.

Os atores em cena, são competentes e seguram a obra, que tem diversas locações dentro de um tribunal, e é aí que a força de LAURA LINNEY (SOBRE MENINOS E LOBOS) e COLM FEORE (O INFORMANTE) se fortalecem e TOM WILSINSON (CONDUTA DE RISCO), mesmo tendo um personagem clichê não prejudica.

Na década de 70, num dos poucos casos reconhecidos pela Igreja Católica como exorcismo, um padre é acusado da morte de uma garota de 23 anos. Entra então no caso, a advogada Erin Bruner para defendê-lo, mesmo sem acreditar em possessões demoníacas ou coisas similares.

O cuidado de DERICKSON em pontuar tanto os momentos dramáticos, quanto a tensão nos momentos de exorcismo, fazem deste um trabalho sucinto e que, debate o tema sem entrar no campo da pieguice.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 20 Milhões de Dólares

O VIRGEM DE 40 ANOS

Li tantas matérias positivas sobre O VIRGEM DE 40 ANOS que esperava uma comédia inteligente, fora dos padrões apelativos atuais, mas de certa forma me decepcionei.

O filme tem seus pontos positivos, porém infelizmente não encontrei nenhuma novidade e STEVE CARRELL (TODO PODEROSO), continua sendo um ator ótimo, quando usado como coadjuvante.

Espectadores encontrarão alguns diálogos inspirados, que tiram boas gargalhadas, mas talvez o maior pecado tenha sido na maneira como escreveram o roteiro.
O VIRGEM DE 40 ANOS torna-se um exemplo de AMERICAN PIE para "quarentões", com humor escrachado e apelativo, interpretações espalhafatosas e muitas vezes constrangedoras.

A idéia foi genial e tudo realmente conspirava a favor do longa, mas a mão pesada do diretor JUDD APATOW e o desfecho tipicamente hollywoodiano, causam certo desconforto para quem está assistindo.

Apesar disso, CARRELL constrói bem seu personagem, e os coadjuvantes, como PAUL RUDD (O ÂNCORA), SETH ROGEN (LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS) e CATHERINE KINNER (CAPOTE), dão conta do recado. Fica na média das comédias atuais!

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 25 Milhões de Dólares

domingo, junho 04, 2006

O CÓDIGO DA VINCI

Depois de tanto burburinho da Igreja Católica, dizendo para os fiéis não lerem e não assistirem O CÓDIGO DA VINCI e um monte de gente indo contra essa imposição tosca, fui ao cinema empolgadíssimo para acompanhar as aventuras de Robert Langdon e companhia. O time envolvido era sensacional: TOM HANKS (O NÁUFRAGO), AUDREY TAUTOU (O FABULOSO DESTINO DE AMELIE POULAIN), IAN MCKELLEN (X-MEN), JEAN RENO (GODZILLA), PAUL BETTANY (CORAÇÃO DE CAVALEIRO) e ALFRED MOLINA (HOMEM ARANHA 2), sem contar RON HOWARD (UMA MENTE BRILHANTE) na direção.

Se o livro conta em detalhes minimalistas toda essa correria desenfreada de Langdon por Paris, o filme embaralha tudo, traz explicações que deixam os ‘espectadores de primeira viagem’ perdidos e parece ter uns 5 clímax durante os arrastados 150 minutos de projeção. Sem contar que AUDREY TAUTOU está deslocada e sua Sophie Neveu é uma mala sem alça.

Após a morte misteriosa do curador do Museu do Louvre, que pertencia ao Priorado de Sião, e continha um segredo guardado a sete chaves, Robert Langdon, um simbologista americano, terá que desvendar uma série de enigmas e códigos, para que este conhecimento, não caia em mãos erradas.

A fotografia e a locação são deslumbrantes, mas a essa falta de timming e de direção mais, digamos, corajosa, acabou por jogar a ação, os momentos tensos e outros quesitos, para o ralo - o longa fica melhor com a presença imponente de IAN MCKELLEN (X-MEN). Que Deus perdoe RON HOWARD.

NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 125 Milhões de Dólares

A NOIVA CADÁVER

Não é muito difícil perceber quando um filme é dirigido por TIM BURTON, pois ele usa sempre os mesmos artifícios técnicos e um tom meio dark, foi assim em EDWARD – MÃOS DE TESOURA, A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA e até em A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATES.

O uso de pequenas sutilezas, na criação de BURTON para diferenciar o mundo dos vivos – triste e cinzento – e o dos mortos – alegre, com cores mais vivas e intensas e uma agitação contagiante –, pega o espectador de surpresa e é potencializado pelo uso muito interessante do stop-motion.

Tirado do folclore russo, o roteiro conta a história de Victor Van Dort e Victoria Everglot, que são tímidos e de poucas palavras. O casamento, na realidade, é arranjado, pois uma família pensa que a outra pode solucionar os problemas financeiros, sem saber que ambas estão decadentes. A situação sai do controle, quando o rapaz, sem querer, evoca uma noiva que fora assassinada no dia do seu casamento e ele terá que decidir-se entre ambas.

Quinta parceria entre o diretor e JOHNNY DEPP (ED WODD), A NOIVA CADÁVER diverte e entretém, mas tem um final seco e repentino, por isso, deixa um gostinho de ‘poderia ter sido melhor’ no espectador.

NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: --
Related Posts with Thumbnails